Cap.43: "Your Place Is By My Side..."

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Point of view Claire Gonzalez

Aquele momento havia sido tudo o que eu sonhei no último mês. Repleto de sensações incríveis como amor, paixão e proteção. Tudo isso estava incluso no seu abraço, que continuava o mesmo. Caloroso e apertado. E era incrível que após meses ele era o mesmo que me tocou profundamente pela primeira vez em que nossos corpos se tocaram.

O cheiro por incrível que pareça continuava o mesmo, o doce natural.

— Se isso for um sonho, por favor não me acordem... — ouvi ele falar abafado e dei um sorrisinho pequeno, acariciando suas costas. — Meu Deus. — e voltou a me encarar, colocando ambas mãos em meu rosto e novamente pressionou os seus lábios nos meus, devagar e sem pressa.

Fechei os olhos, sentindo a textura macia dos seus lábios em contato com os meus e levei minhas mãos até sua nuca, trazendo ele mais para mim. Eu não queria soltá-lo nunca mais.

Por último ele deu alguns beijinhos em minha boca enquanto sorria e nem eu mesma era capaz de explicar o quanto era lindo o jeito que ele sorria.

— Ainda tô nervoso. — falou, rindo e passei uma mão na cabeça, olhando profundamente nos seus olhos. — Não acredito. Não me entra na cabeça que tudo isso foi um mal entendido. — sorri amarelo e segurei na sua mão.

— Me desculpa por ter te deixado passar pelo o que passou... Eu fiz o que fiz pensando na minha liberdade. — me expliquei e ele concordou com o olhar fixado em mim, mas ainda via muita tristeza. — Me desculpa. Por favor. — o abracei novamente em volta do pescoço, me afogando nos seus braços.

— Ei, tá tudo bem. — suas mãos acariciaram meus cabelos. — Olha pra mim... — encarei seus olhos cor de mel e ele pôs suas mãos em meu rosto novamente. — O que importa é você está bem e aqui comigo. Nada e nem ninguém irá separar a gente. — falou, sério e tive uma breve noção de quem ele estaria falando.

— Claro, até porque a única pessoa que poderia até tentar felizmente não está mais aqui. — me afastei dele e fui em direção ao sofá, vendo ele com a testa enrugada. — Preciso te falar uma coisa. — ele concordou, se aproximando e sentou do meu lado.

— Fala.

— É sobre o Bruce. — o vi arquear as sobrancelhas e respirei fundo. — Justin, ele... Ele foi assassinado. — falei, e não vi nenhum pingo de reação na sua face, ele apenas continuou me olhando sério e ainda sim consegui enxergar um pouquinho de tristeza. — Faz uns dias que eu descobri. Eu fui intimada a depor. — acrescentei e ele umedeceu os lábios. Porém não havia entendido o porquê de sua reação ser essa. Eu achava que ele iria ficar surpreso e iria se vangloriar assim como eu.

— Ah... Eu também quero te contar uma coisa.

— Fala.

— Eu já sabia. — arregalei os olhos e ele prosseguiu. — Inclusive... Eu estive no local. — pus uma mão na boca, chocada e ele continuou. — Após ouvi da boca dele que você estava morta, eu tomei a decisão de ir embora de Nova York, mas antes disso eu lembrei do Tob e não podia deixá-lo com aquele monstro. Então, foi na mesma noite de sua morte, eu havia ido buscar ele e logo após vários carros chegaram... — ele se explicava e um frio na minha espinha subia a cada palavra. — Ouvi gritos, xingamentos e barulho de pancadas. Ainda me pegaram, achando que eu era cúmplice dele, quase me ferrei, mas antes disso contei toda a minha versão da... da história... — falou, e meu olhar caiu por saber o que ele tinha dito. — Acreditaram em mim e eu só queria sair dali, mas me obrigaram a ver com os próprios olhos a morte do Bruce. — pus ambas mãos na boca e meus olhos se umedeceram com rapidez.

— Meu Deus.

— Fiquei mal por dias com a cena gravada em minha mente. — murmurou, cabisbaixo e respirei fundo.

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