Cap.25: No Pressure

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Point of view Claire Gonzalez

Assim que terminei de ajeitar o meu cabelo em frente ao espelho, respirei fundo antes de abrir os olhos e lá estava eu, pronta para cometer a maior loucura da minha vida.

Não sei se realmente deveria fazer isso. Meu pai já mostrou inúmeras vezes do que é capaz toda vez em que eu não sigo suas ordens e eu deveria temer a tudo isso, mas na verdade eu temo, temo bastante... Mas não por mim e sim do que ele possa fazer com o Justin se descobrir algo sobre a gente.

Por isso ouso em tirar a minha jaqueta de couro preto, mas em frações  de segundos lembro do que aconteceu hoje na escola; na sua confissão. E era isso que estava incendiando dentro de mim, era disso que eu precisava; ele.

Me aproximei da porta corrediça de vidro que havia no meu quarto e respirei fundo, a empurrando pro lado direito e logo a abrir, tendo a visão da minha pequena varanda e das flores logo abaixo. Não era tão alta, mas um deslize poderia me machucar bastante. Por isso desço com cuidado, passando uma perna para fora da varanda e me seguro nas grades de proteção feitas com concreto, me agachando antes de pular para o chão e finalmente saltei.

Fiquei de pé, em postura reta, e olhei em volta, vendo os carros dos meus tios ao redor do chafariz e fechei a minha jaqueta na frente, antes de caminhar em direção ao enorme portão.

Dei passos apressados, olhando de vez em quando para trás e quando me dei conta, já havia passo do portão e agora caminhava pela rua com o enorme muro com flores.

Enquanto pensava sem parar na loucura que estava cometendo, sinto meu celular vibrar e a minha próxima ação é retirá-lo do bolso, checando em seguida e vejo uma mensagem do Justin. O que me fez abrir um sorriso enorme.

  
  — Estou te esperando. Cadê você? —

Sorri, chegando próxima a rua e o vi escorado no capô do seu carro, de cabeça baixa enquanto média no celular. Comecei a teclar, o respondendo.

   
              — Na sua frente. —

O vejo enrugar a testa quando me olhou e em seguida deu um sorriso amigável de orelha a orelha, fazendo meus batimentos cardíacos dispararem e um enorme frio na barriga me consumir.

Segurei em ambas mãos, enquanto me aproximava dele e ele fez o mesmo, pois se aproximou de mim e paramos, um de frente para o outro, mantendo assim o olhar fixo nos olhos de cada um.

— Você veio. — falou, e dei um sorriso pequeno dessa vez, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, pensando inevitavelmente no que estava fazendo.

— É... Eu vim. — respondi com timidez e ele umedeceu os lábios, segurando na minha mão.

— Nada... Vai dá errado. Ele nem vai perceber. — suspirei, olhando em seus olhos cor de mel em seguida e o vi nervoso. — Vem. — ele me levou pro seu carro, abrindo a porta para mim se fingindo de mordomo e foi impossível de não rir. Acabei rindo, enquanto tirava a minha jaqueta e ocupei o banco de carona.

Ele entrou ocupando o do motorista e ligou a ignição, saindo em seguida daquele lugar.

— Onde vamos? — perguntei, o olhando de lado e ele me olhou.

— Primeiro vamos jantar, depois vamos dá uma volta e por último... Irei te mostrar. — apenas concordei e ele sorriu, continuando com a atenção no volante.

Desci o vidro da porta ao meu lado e apoiei meus braços, aconchegando a minha cabeça sobre eles enquanto ia admirando cada ponto que passávamos por Nova York.

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