Cap.13: Flatline [Part I]

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Point of view Claire Gonzalez

Às mãos carinhosas da Jenna pegavam várias mechas de meus cabelos, enquanto me fazia uma trança. Apenas encarava a mim mesma no enorme espelho à minha frente e ela logo atrás de mim, já que me mantinha sentada, apenas a sentindo mexer em meus cabelos e me fazendo lesar aquela hora da manhã.

Suspirei, olhando pra cravina no mesmo lugar de sempre e um pequeno sorriso se abriu automaticamente em meus lábios, por lembrar dele e de tudo que aconteceu ontem.

Ontem. Ontem foi um dos momentos mais divertidos de toda a minha vida, fazia muito tempo, bastante mesmo, que eu não sentia os poros do meu corpo todos dilatados de tanta felicidade transbordando de dentro de mim.

A gente pode fazer isso novamente, é só você falar;

Me peguei, sorrindo, por ter a certeza de que se eu quisesse entrar em mais uma diversão como a de ontem, ele seria o primeiro e único a ir comigo.

— Pronto, Claire. — falou, a Jenna, finalizando enfim o penteado.

Abrir e fechei a boca, apaixonada pelo meu próprio cabelo. Ela havia feito uma trança raiz linda, a qual deixou o meu cabelo partido ao lado direito e levou o entraçado da trança pro esquerdo.

— Ficou linda, Jenna. — elogiei, e fiquei de pé, me olhando de ambos lados em frente ao espelho. — Eu amei, muito obrigada.

— Imagina. Eu adoro fazer tranças, se eu tivesse uma filha eu faria nela todos os dias. — falou, e a vi baixar o olhar, triste. A filha dela morreu em um acidente de carro quando vinha com o seu falecido marido de um passeio, bem, foi isso que ela me contou, quando uma vez ficamos sozinhas à tarde aqui em casa, sem a presença do meu pai.

Forcei um sorriso, pegando a minha bolsa e a olhei.

— Eu amo você. — falei, e ela sorriu. A abracei forte, como se tivesse abraçando a minha própria mãe, pois ela agia como uma. Se preocupava comigo muito, só não enfrentava o meu pai, pois isso eu falei pra ela que não valia a pena.

— Eu também te amo, agora vai, seu motorista está te esperando lá embaixo. — franzi as sobrancelhas, rindo, confusa, em seguida.

— Ah... ele já concertou o pneu furado? — questionei, prendendo um sorriso que se ameaçou em nascer no meu rosto.

— Acho que sim, pois está te esperando. — umedeci os lábios e saí do quarto, rindo do meu próprio papel de criança que eu fui obrigada a fazer ontem.

Sim, eu furei o pneu do carro da Limousine do meu pai. Eu precisava fazer aquilo, pois eu pretendia levar o Justin comigo a festa da Penelope e se fôssemos com o motorista que o meu pai fez o péssimo favor de contratar as coisas não iriam dá certo e nada do que aconteceu ontem teria acontecido.

Desci as escadas e me aproximei da porta, ouvindo um assobio da Jenna atrás de mim, me fazendo olhá-la.

— Eu sei bem o que você fez, Claire. — falou, rindo e arregalei os olhos, fingindo inocência em seguida.

— Do que tá falando?

— Do pneu furado... — engoli em seco, e ela riu da minha expressão. — Mas dou total razão... eu teria feito exatamente o mesmo. — sorri, amigavelmente e soltei um beijinho pra ela.

Saí pra fora e vi o motorista já com a porta aberta pra mim, o que me fez rolar os olhos, pois não precisava daquilo de maneira alguma.

— Olha, moço, eu tenho mãos, então...

— Entra e coloque o cinto. — me cortou. — Está atrasada para às primeiras aulas. — falou, de forma fria e bufei, entrando na parte traseira da Limousine.

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