Cap.38: Getting Rid Of Evil

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Point of view Justin Bieber

Uma semana havia se passado e eu não tive mais nenhuma da Claire. Nenhuma notícia que me fizesse acreditar na pequena possibilidade dela está viva e que as palavras doentes vindo do Bruce não passasse de conversa de bêbado.

Eu estava acabado, emocionalmente e fisicamente, pois independente de tudo tinha um dedo de culpa minha em toda essa barbárie.

Me condenei inúmeras vezes quando lembrei das vezes em que ela me pediu pra lhe deixar em paz antes de sequer sermos amigos, pois se eu a tivesse deixado em paz, não tivesse me aproximado dela, com certeza nada disso estaria acontecendo.

Não estaria acontecendo.

Obviamente, mas o seu sofrimento em silêncio estaria tendo continuidade. Ela trancada, isolada do mundo, isolada de ter contato com as pessoas. Nunca iriam saber o que se passava com aquela pobre menina rica que tinha de tudo. Roupas caras, uma educação e respeito por todos admirável, um bom coração, uma alma pura e doce, mas o principal ela não tinha: amor e liberdade.

Estaria sendo prisioneira do seu pai doente. Um homem possessivo, amargurado, feito de ódio e de tudo que há de ruim em um ser humano.

Poderia já ter sido abusada sexualmente inúmeras vezes.

Continuaria sendo agredida toda vez que ela não fizesse a sua vontade.

E ninguém iria saber disso.

Por um lado enorme, eu agradeço a mim mesmo por ter entrado na vida dela. Porque de certa maneira eu a libertei disso. Lhe salvei algumas vezes, assim como ela me salvou. Crescemos juntos no pouco tempo que nos conhecemos e nos apaixonamos. Pena que acabou tudo muito rápido.

Rápido demais.

O tempo passava muito rápido quando eu estava com ela. E eu odiava isso.

Agora, sem ela, será tudo uma eternidade sem fim. Uma dor profunda rasgando sem dó nem piedade o meu peito. Rasgando com o lado cego da faca o meu coração.

A Claire iria me fazer uma falta absurda e só Deus irá ser capaz de entender isso. Ele sabe das maravilhas que ela trouxe pra minha vida quando começou a fazer parte dela.

Por isso, em meio a tantos pensamentos tristes naquela tarde de quinta feira, sequei as primeiras lágrimas que já preenchiam os meus olhos cor de mel. Os mesmos que estavam avermelhados. Era inevitável não chorar, sabendo que a melhor coisa que te aconteceu em toda a sua vida não iria voltar e alegrar todos os seus dias.

Respirei fundo, recuperando o foco e abri a porta do carro do meu pai, descendo e esperei alguns carros passarem em frente ao hotel onde a minha mãe estava ficando na sua estadia aqui em Nova York.

Sei que iria me doer muito fazer isso, mas nessa cidade não tinha mais nada pra mim.

Pedi autorização na recepção e a moça que gerenciava lá permitiu a minha subida. Fui pelas escadas, não era muito fã de elevadores. Cheguei em alguns minutos no sexto andar daquele enorme e luxuoso hotel, indo diretamente pro quarto da minha mãe e bati na porta três vezes antes dela ser aberta.

— Ah... — meu semblante mudou quando vi o John ali. — Oi.

— Oi, Justin. — falou, educado e abri um sorriso amarelo. — A Patricia está se preparando, já vem. Entre, fique a vontade. — concordei, passando por ele e vi malas na sala. Ela já ia voltar pro Canadá.

— John, você viu a minha clutc... — ouvi a voz dela e a surpresa estampada em seu rosto quando me viu ali. — Justin? Filho. — fui até ela e a abracei fortemente. — O que aconteceu? Estava chorando? — certamente ela havia notado o avermelhado e inchaços dos meus olhos. Que ótimo.

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