Psicopata: Desespero

XIV

    morceguinhoS2, prontinho :)

     Labella chegou em casa se sentindo a pior pessoa do mundo.

---Poxa, acho que peguei pesado com ele. --disse ela se jogando de qualquer maneira no sofá-- Não deveria ter me demitido, agora consegui deixar o Fred sem coração e sem garçonete... Mas droga! Ele não devia ter se declarado para mim, não daquele jeito, droga!

"Ah, quer dizer que o estúpido cometeu uma estupidez? Parabéns, meu caro, continue assim."

---Ai, deu até sono. Melhor me deitar um pouco.

"Durma bem, meu amor. Prometo fazer essa noite ser inesquecível."

     Aqueles sussurros seriam perturbadores se pudessem ser ouvidos. Labella se dirigiu ao quarto e sem nem ao menos tirar os sapatos, se deitou e logo dormiu. Porém, era para ser só um cochilo, mas o cansaço e o estresse daquele dia pesaram, tornando o sono profundo, embora perturbado.

     Cerca de 3 horas mais tarde,  naquele quarto não havia só uma pessoa. E o intruso olhava fixamente para jovem adormecida, sentado no chão, escorado no criado mudo. Ele ficou ouvir a respiração de Labella, que dormia profundamente. O som do inspirar e respirar da moça o trazia uma inconstante paz, que oscilava entre calmaria e felicidade. Ela estava deitada de uma forma desengonçada, o que causou um sorriso sincero e involuntário no invasor que tão pouco percebeu esse ato de sua parte.

---Queria tanto abraçá-la! --sussurrou-- Mas sei que qualquer movimento em falso pode te tornar ainda mais impossível para mim. O que me diz de um encontro? O  que me diz?  --continuava em meio a lágrimas que teimavam em brotar sem que ele notasse-- Por favor, diga que sim. Por favor, meu amor!

     Pronunciou essas palavras enquanto afagava os cabelos da jovem. Ela abriu os olhos e tentou focar o olhar nele, que sorriu. Mas ele estava de costas para a luz da lua que invadia a janela de forma intensa, e isso a impossibilitou de vê-lo. E com o carinho que recebia, voltou a tranquilizar-se e dormir.

---Durma bem...