Mores, tô demorando postar por culpa da Universidade. Mas e vocês, o que fazem da vida? Trabalham, estudam? Com o quê? Quanto anos vocês têm, como se chamam, o que comem, onde vivem?
Eu: Meu nome é Mayara, tenho 17 anos, faço faculdade de música, moro em Minas, como uma maçã no momento e visto uma brusa véia do Mickey.
Não me deixem no vácuo, por favor.
Mordidas 😏
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---Droga, Kira! Deve ter outro jeito! Nunca precisamos de ajuda para procurar ninguém, estou me sentindo burro! Meu orgulho está sangrando, não quero pedir ajuda para Victor! -- ele passava a mão no cabelo agoniado.
--- Dá para a donzela deixar de birra? Que eu saiba, nunca lidamos com um foragido manicomial, ninguém nasce sabendo tudo, porra! -- Kira não aguentava mais ouvir Doby reclamar, ele não calou a boca um instante enquanto estavam na estrada.
Estacionaram no hospital e nunca odiaram tanto aquele lugar. Kira preparava-se para lidar com o chilique que Victor provavelmente daria. Respirou fundo e bateu na porta, entrando em seguida.
--- Finalmente! -- Victor soltou -- Então, o que houve? -- sua urgência chegava a ser cômica. Ah, o grande Victor Sangrino.
--- Ainda bem que você está deitado. --Doby resmungou na porta.
Kira contou tudo. Victor se segurava para não surtar. Haviam a levado, haviam sequestrado a única que lhe despertou sentimentos após a morte de Fielle, sua ex-noiva. Novamente, ia perder quem ama, e dessa vez nem teve a chance de se declarar. No final das contas, julgou-se fraco. Sua vida amorosa não passava de um grande clichê.
--- Vou sair desse hospital agora.
Ele se levantou, mesmo sentido a dor dos ferimentos. Pegou suas coisas que estavam no quarto e saiu, com Kira e Doby logo atrás estranhando a falta de reclamações e raiva. A única coisa explícita era a dor em seus olhos. Foram direto para a delegacia, quando chegaram, Doby chamou Pietra e Soldado João, indo todos para a sala de Victor.
--- Me contem, de onde conhecem o suspeito? -- Sangrino respirava pesadamente.
--- Bom, -- Doby começou -- o perseguimos há algum tempo. Não estava sob nossa responsabilidade, mas como ele fugiu de um manicômio, até nós fomos chamados para ajudar. No final das contas, ele conseguiu escapar, só o vimos já com a máscara. Na época, as autoridades foram descuidadas o bastante para não tirar sequer uma foto dele. Ele ficava em uma área isolada, somente um guarda e dois médicos o viam, eles não souberam descrevê-lo, pois sempre ficava deitado com o rosto no travesseiro e encolhido ou cobria o rosto de alguma outra forma, não saia do quarto em hipótese alguma. Além disso, sempre quebrava as lâmpadas e nunca falava com ninguém, seus hábitos eram completamente noturnos. Observando tudo isso, não era o pior paciente dali, apenas era, digamos, considerado peculiar, mas então ele fugiu e o que mais impressionou foi sua minuciosidade, bem não vem ao caso dizer mais sobre ele agora.
--- E Labella, o que sabem sobre ela?
--- Bem, posso? -- Pietra olhou para Doby que assentiu -- Fiz uma varredura completa em todos os bancos de dados possíveis dessa cidade. Labella Jazin é órfã, passou sua infância no antigo Orfanato de Logóva, isso foi muito difícil de descobrir, conseguiram eliminar quase todos os arquivos quando aquele lugar foi fechado após o escândalo da venda de Ecstasy ali, e corrupção de menor. A data do fechamento coincidiu com o aniversário de dezoito anos dela.
--- Isso quer dizer que ela pode ter algo a ver com isso?! -- Kira soltou.
--- Ou talvez seja apenas coincidência. -- Doby respondeu.
--- Antes de tudo acontecer, Labella estava sendo praticamente perseguida. Agora sabemos quem estava fazendo isso. Só não sabemos por quê. Mas supondo que Labella teve algo alguma relação com o escândalo do orfanato, seria esse o motivo do mascarado sequestrá-la? -- Kira não respirava entre as frases -- A não ser que ele também tenha alguma relação com o caso!
--- Mas ele não tem, digamos, uma origem. Na clínica não sabiam seu nome, idade ou nada do tipo, mas alguém pagava para que ele permanecesse por lá. -- Pietra interviu.
--- Isso apenas reforça minha tese. Há ainda mais chances de eu estar certa se pensar por esse lado. Okay, okay. O que vamos fazer agora? Victor?
--- Me tragam um mapa da floresta.
Pietra providenciou com rapidez.
--- Onde fica a casa? -- Victor perguntou e Doby mostrou a ele -- Se eu estivesse na mesma condição que eles, com certeza não me esconderia na mata fechada, é óbvio demais, poderíamos apenas isolar o perímetro e rastreá-los. Também não iria pelo leste, tem muitas fazendas e sítios depois da reserva, seria fácil para alguém denunciá-los. Sendo assim, devem ter ido em direção ao sul, e bingo! O Orfanato de Logóva está na rota.
Doby se sentiu burro. A resposta era mesmo tão simples?
--- Bem, -- Victor continuou -- pode ser que estejam lá. Kira e Doby, vão até o local e levem uma equipe com vocês. Agora.
Doby ainda estava indignado, mas apenas acatou a ordem juntamente com Kira. Ela, por sua vez, estava aparentemente avoada, aparentemente. Já era madrugada, mas o cansaço resolveu não atrapalhar. Soldado João foi com os irmãos Oliveira e Pietra retornou para a sala.
O Orfanato ficava à cerca de uma hora e meia da cidade, Kira voltou a dirigir, dessa vez, distraída demais. Distraída a ponto de bater com o carro em uma árvore e nem sequer ouvir seu irmão. A pancada foi violenta. Os planos foram interrompidos. O acaso maroto já escolheu de qual lado vai ficar.
Victor quase surtou quando soube, e resolveu dar um pouco de descanso aos seus subordinados para evitar que algo do tipo voltasse a acontecer.

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Psicopata: Desespero
Mystery / ThrillerUm vizinho estranho. Uma mente perturbada, obsessiva, insana. E Labella? Ah, meu caro, ela é a razão de tudo isso. "Seu coração frio virou brasa quando a viu." ********************************************************** ATENÇÃO!!! ⚠⚠⚠ Se você estiver...