Oie! Muito obrigada por estarem acompanhando, votando em comentando (amo ler e responder os comentários de vocês❤). Esse capítulo é um pouco grande, preciso que vocês me digam se ficou confuso demais, okay?
Mordidas 😏
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---Belinha? --sua voz sempre a tirava da concentração de brincar de guerra com soldadinhos da caixa de brinquedo.
---Que foi, Tál?
---Vamos jogar bola? --ele sorriu-- Por favor?
Era aniversário de Tales e ela não tinha como dar um presente a ele.
---Tá, mas só se você brincar de guerra comigo.
Ele bateu o pé.
---Mas você sempre ganha, não tem graça!
---Só uma vezinha, Tál!
Como sempre aceitou. Mas daquele dia era diferente, ele estava fazendo doze anos, o que significa vai ser transferido para o prédio dos meninos grandes. O Orfanato de Logóva era o maior da região, com seis prédios em seu terreno: dois na ala infantil, dois na ala juvenil e dois na ala escolar. Os dois primeiros, as aulas infantil e juvenil, eram separadas por sexo, mas as crianças podiam brincar no pátio juntas durante o dia e os adolescentes também podiam frequentar o pátio de sua ala. A ala escolar era dividida por idade, cada qual estudava durante um turno. Resumindo tudo, Tales iria ficar dois anos longe de Labella. Eles só tinham aquele dia para brincar e nunca mais, pois a partir dali ela tentaria ser mais madura e faria tudo o que fosse possível para se tornar mais velha e encontrar seu apoio naquele lugar.
Mas essa escolha foi aqui traçou o seu futuro. Labella deixou o Tales ganhar, ele sabia o que ela fez mas fingiu comemorar e ela sabia que ele estava fingindo mas apenas sorriu. No futebol, Tales deixou que ela ganhasse e novamente a cena em que ambos fingiam felicidade aconteceu.
Ao fim do dia, depois de aproveitarem o máximo que conseguiram, se sentaram na grama, calados.
---Eu não quero ir, Belinha. Eu não quero ir. Eu não quero ficar sem você. --Tales soltou com voz embargada.
---Então não vá.
Ele olhou a curioso.
---Mas eu não tenho escolha.
---Talvez tenha.
---Qual?
---Vamos fugir.
---Você é doida? Para onde vamos? Somos órfãos, Belinha, não temos ninguém. É como o Aprendiz diz, ninguém nos quer.
---Eu odeio esse Aprendiz.
---Você odeia muitas coisas, principalmente a mim.
O rosto de Labella ganhou a mesma forma de sua mente: confusa, assustada.
---Não te odeio, Tál. Você não. Odeio que você vai embora.
Tales abraçou Labella.
---Vou te esperar Belinha, por favor não me esquece, amo você.
---Pode deixar, daqui dois anos nos vemos, te amo.
O abraço foi interrompido pela voz de Jeanjane, a mulher de rosto frio que acabava com o aniversário de todas as crianças que completavam doze anos.
---Vamos. Está na hora de ir.
---Mas eu não quero ir.
A mulher inchou, como se a qualquer momento pudesse explodir e levar os dois com ela.
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Psicopata: Desespero
Mystery / ThrillerUm vizinho estranho. Uma mente perturbada, obsessiva, insana. E Labella? Ah, meu caro, ela é a razão de tudo isso. "Seu coração frio virou brasa quando a viu." ********************************************************** ATENÇÃO!!! ⚠⚠⚠ Se você estiver...