Primeiro de tudo, desculpem-me pela demora. O caos dos trabalhos e provas da escola está me engolindo, mas enfim.
E segundo, o que vocês estão achando? O que vocês acham que vem a seguir? Sério, estou super curiosa para saber a opinião de vocês. Deixe seu voto☆ se estiver gostando;)
Desde sempre, obrigada.Mordidas 😏
***************Acordei me sentindo de uma forma estranhamente tranquila. Tudo isso isso me fez repensar, acho que peguei mesmo muito pesado com Fred, afinal, ele sempre esteve comigo. Tenho que relevar e reverter essa situação, e já sei como.
Me levantei, troquei de roupas e não tomei café pois a ansiedade me possuiu, e saí do Braviou's em direção a Milan. Hoje é sábado e não tem aula, o que tem com certeza ajudou muito a minha vida. Fui praticamente correndo, confiando na minha inabilidade de velocista para chegar o mais rápido possível e para minha surpresa total, a lanchonete estava completamente fechada. O que torna a situação pavorosa. Em todos esses anos que eu conheço Fred, ele nunca deixou de abri-la por um único dia mesmo que estivesse doente. Sem pensar duas vezes me dirigir para casa do meu amigo que fica ao lado, mas mesmo que eu tenha batido insistentemente, nenhum sinal de vida foi detectado por mim. Voltei então para lanchonete, afinal tenho as chaves, e nos fundos dela tem uma porta que dá para casa do Fred. Só me esqueci de um pequeno detalhe: dessa porta eu não tenho chave. Legal, serei obrigada a arrombar. "Um close na vândalo", pensei olhando para a câmera. Entrei na lanchonete e fechei a porta, depois e fui direto para outra porta. Maravilha, maçaneta simples. Não queria reviver esse tempo de verdadeiros crimes, mas é necessário. Consegui abrir com total êxito e fui procurar Fred. A porta da sala estava destrancada, me dando acesso a toda a vida da casa, que não está mais arrumada do que o meu apartamento, se eu sou desorganizada ele é bem mais.Se eu quase acabei com o portão e nenhum sinal de vida me foi dado, vou direto aos cômodos improváveis. Fui para o banheiro, quando cheguei a porta estava aberta e a luz apagada. Chamei, mas nenhum sinal dele vivo ou morto. Engoli em seco.
---Não... Fred... --sussurrei.
E fui a sua procura no quarto, e não foi muito difícil de encontrar. No mesmo corredor do banheiro no sentido oposto, único lugar da casa que eu nunca havia entrado. A porta estava fechada e eu então bati, afinal não deixa de ser o quarto de um homem. Sem resposta e muito menos paciência, abri a porta e me deparei com Fred dormindo. Me aproximei dele e percebi que chorava, quebrou meu coração.
---Fred? --chamei baixinho enquanto tentava-o fazer despertar com pequenos empurrões. Me ajoelhei perto dele e observei que ele abraçava o próprio corpo, não me contive e acabei abraçando-o.
---Acorda... --sussurrei perto da sua orelha e ele começou a se mover até que abriu os olhos, eu o soltei e ele focou olhar em mim.
---Me perdoa Bella. --disse e pôs-se a chorar soluçando como uma criança.
---Está tudo bem, eu te perdoo. Mesmo sendo eu quem deva pedir desculpa pela minha reação. Eu devia ter te entendido, ou pelo menos tentado entender. Não é todo dia que o seu melhor amigo tem uma explosão de ciúme te chamo de pessoa que eu quero como esposa essa última frase do tentei soar o mais descontraída que podia-- Acho que o que me fez ter aquela reação foi o modo como você disse tudo. Mas bem, tudo isso já ficou pra trás.
---Como você consegue? Juro, pensei que nunca mais te veria na minha vida. --olhou para mim-- E agora você está sentada no chão do meu quarto conversando comigo como se não tivesse acontecido nada de mais. Por quê? --tocou meu rosto.
Pensei um pouco. Realmente devo mexer nesse ponto o meu passado? É inevitável.
---Bom, --comecei-- nunca tive ninguém que parasse para entender o porquê das coisas que eu fazia quando era criança e adolescente. Eu errava como todas as pessoas dessa idade fazem, só que nunca tive ninguém que me dissesse "Olha você errou, o que importa agora é o que você vai fazer para reparar o erro e mudar.", então prometi a mim mesma que sempre que fosse necessário, seria compreensiva e tentaria ajudar, afinal, quando ninguém te ensina as lições cruciais, a vida se incumbe dessa função. Não existe professora mais dura que ela, nem melhor. É impossível esquecer o que ela ensina.
Quando terminei, ele me olhava atentamente, ainda deitado, e sua mão que estava em minha bochecha deslizou até o meu queixo e apertou-o de leve.
Não consigo entender o que está acontecendo agora. Ele sorriu.
---Eu te amo, Bella. --olhou no fundo dos meus olhos. Droga! Minha fraqueza. Desviei o olhar.
--Você... Você... Você está namorando com aquele cara? --perguntou pronunciando as últimas palavras de forma seca.
---Não. --observei um suspiro de alívio escapar dos seus lábios-- Mas realmente nos encontramos com certa frequência nos últimos dias. Ele se chama Victor. Victor Sangrino. --ele ia interromper mas o impedi-- Deixa eu te explicar até o final, depois você diz o que achou, okay? --ele assentiu-- Certo, lá vai. Lembra do vizinho que ficou a noite inteira colocando aquela música irritante? --voltou a assentir-- Pois é, encontrei ele morto na porta do apartamento dele. --Fred arregalou os olhos-- Então fui levada à delegacia para prestar depoimento. Quem me interrogou foi ele, Victor Sangrino. Fred você não imagina como eu estava entediada, sabe, passar por tudo isso, todos os procedimentos me cansou, por isso não atendi suas chamada e nem respondi as mensagens. No dia seguinte tive que ir na delegacia de novo e ele me fez mais perguntas. O único problema desse dia foi encontrar o caminho para cá e Victor se oferecer para me trazer, aceitei, afinal era hora de almoço dele, cliente nunca é demais. Quando chegamos aqui, fui descer da moto tropecei e ele me segurou de qualquer jeito. Tudo bem que nessa hora eu fiquei meio perdida, mas depois durante o almoço só conversamos sobre o andamento das investigações, e foi isso. E sei que você deve estar se perguntando como eu fiz para voltar para casa no primeiro dia, não é? --ele acenou com a cabeça de forma positiva-- Voltei no carro da polícia. Foi até legal. Realizei um sonho de infância, agora só falta o dos Bombeiros.
A essa altura ele me olhava perplexo. Tudo bem que eu omiti algumas coisas, mas são coisas sem importância.
---Então eu fiz tudo aquilo por nada? Sou um estúpido mesmo! --ele deu um soco em sua própria testa-- Um estúpido! --segurei a mão dele ainda a tempo de impedi-lo de continuar a se bater.
---Calma, cara. Também não é pra tanto. Olha, e foi até bom isso ter acontecido. --ele olhou para mim indignado-- Senão eu não iria saber que você gosta tanto de mim e você não iria saber que eu sou ótima para arrombar portas.
---Eu não gosto, eu te amo e... Arrombar portas? Me olhou um pouco assustado.
---Ah, qual é? O que importa é que eu estou aqui, não é? E licença. --disse me levantando-- O que pensariam de mim se soubessem que estou sozinha com homem em um quarto? Quero nem pensar o que a sua vizinha, a Dona Edna iria espalhar por aí. Deus me livre! Estou te esperando na sala.
Saí do quarto, fechei a porta e me sentei no sofá, minutos depois Fred saiu do quarto e se sentou ao meu lado.
---obrigado --ele disse-- por não desistir de mim. Bom, tem como a senhorita me abraçar de novo?
---Deixa eu pensar... Posso sim, só não abusa! Meu estoque de abraços é limitado, okay?
*,*,*,*,*,*,*,*,*,*,*,*,*
Tudo muito calmo, não acham?

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Psicopata: Desespero
Mystère / ThrillerUm vizinho estranho. Uma mente perturbada, obsessiva, insana. E Labella? Ah, meu caro, ela é a razão de tudo isso. "Seu coração frio virou brasa quando a viu." ********************************************************** ATENÇÃO!!! ⚠⚠⚠ Se você estiver...