Olá, pessoas lindas
Antes de começar o capítulo, queria agradecer a todos que estão acompanhando a história e queria também justificar a demora na atualização: passei por uns probleminhas (incluindo um acidente de carro), que me deixaram impossibilitado de escrever por um tempinho, mas já estou de volta. Quero agradecer de coração a todos que leem e comentam o meu texto e continuem reportando qualquer erro que encontrarem nele, isso me ajuda muito. Mais uma vez: OBRIGADO.
E vamos ao capítulo novo:
"És precária e veloz, Felicidade", Renato leu certa vez em um poema de Cecília Meireles e ele nunca tinha levado aquele verso a sério, pelo menos não até aquele momento, e também porque ele nunca havia parado para pensar seriamente no conceito de felicidade. Vendo Juliano plantado ali na sua frente, tudo fez sentido. O estado de felicidade, além de inebriante, era uma grande armadilha, pois fazia as pessoas baixarem a guarda, ele ponderou.
No início, Renato pensou em ignorar a presença de Juliano. Quem sabe assim, ele virasse fumaça e desaparecesse diante de seus olhos. Não deu certo. Antes que ele ou Wesley pudessem dizer qualquer coisa, Juliano puxou uma das cadeiras vazias e se sentou junto deles.
- Caramba, mas que coisa, hein? Agora a gente vive se esbarrando pelas ruas de Rio das Pedras. E aí, tudo bem com vocês?
Wesley e Renato se encararam incrédulos. Em seguida, olharam para Juliano e ficaram paralisados sem saber o que dizer. Depois de um momento de silêncio incômodo, o cowboy foi o primeiro a se manifestar.
- Estamos muito bem, obrigado...
- O que foi, gente? Que caras são essas? – perguntou Juliano – Parece que vocês fantasma?
- Mais ou menos isso.
- E você, Renato? Não vai dizer nada? – provocou Juliano.
Juliano decidiu entrar na dança. Não era hora de parecer incomodado. Deixar o inimigo perceber que você está acuado é a pior opção.
- Olá, Juliano. É um prazer te ver também... aliás, sinta-se a vontade para se sentar com gente – disse Renato, com ironia. – E respondendo à sua outra pergunta: eu estou ótimo!
- Eu estava melhor... até agora há pouco... – emendou Wesley.
Juliano fez uma careta desgostosa com a provocação de Wesley. Achou melhor ignorar o cowboy e se concentrar no que parecia ser o alvo mais fácil daquela mesa: Renato. Ele já conhecia Wesley muito bem e sabia que seria muito difícil desestruturar o rapaz. Talvez Renato fosse mais "frágil".
Juliano desviou o olhar de Wesley e se voltou para Renato.
- Adoro suas roupas – disse apontando a camiseta do rapaz. – Elas são tão... exóticas...
Renato soltou um muxoxo e fingiu rir para Juliano.
- Obrigado... combina comigo... eu sou exótico.
- Será que eu percebi uma pintada de ironia nessa sua fala, Renato? – brincou Juliano.
- Imagina. Eu não faria isso.
- Mais é sério! – Juliano ajeitou-se na cadeira, mudando o tom de voz – Eu amo coisas exóticas. Odeio gente óbvia, entende?
- Entendo... Bom saber que você me ama – provocou Renato.
Juliano apenas sorriu e ficou olhando para ele, enquanto batia com o dedo indicador direito na mesa, produzindo um barulhinho irritante.
Milena se aproximou da mesa, quebrando o clima tenso entre os três. Ela estacou-se de pé perto dos rapazes, retirou seu bloco de notas e se posicionou para anotar o pedido.
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Entre Meninos (Romance gay) - Concluído
Teen FictionQuando a mãe de Renato o avisa de que eles passarão o mês de férias na fazenda da avó, o rapaz fica indignado. Amante de roque, cinema, séries e literatura; Renato é um típico menino da cidade. Passar um período entre vacas e cavalos, no meio do mat...