Cap. 23 - Energia ruim

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Olá, pessoas lindas

Antes de começar o capítulo, queria agradecer a todos que estão acompanhando a história e queria também justificar a demora na atualização: passei por uns probleminhas (incluindo um acidente de carro), que me deixaram impossibilitado de escrever por um tempinho, mas já estou de volta. Quero agradecer de coração a todos que leem e comentam o meu texto e continuem reportando qualquer erro que encontrarem nele, isso me ajuda muito. Mais uma vez: OBRIGADO.

E vamos ao capítulo novo:

"És precária e veloz, Felicidade", Renato leu certa vez em um poema de Cecília Meireles e ele nunca tinha levado aquele verso a sério, pelo menos não até aquele momento, e também porque ele nunca havia parado para pensar seriamente no conceito de felicidade. Vendo Juliano plantado ali na sua frente, tudo fez sentido. O estado de felicidade, além de inebriante, era uma grande armadilha, pois fazia as pessoas baixarem a guarda, ele ponderou.

No início, Renato pensou em ignorar a presença de Juliano. Quem sabe assim, ele virasse fumaça e desaparecesse diante de seus olhos. Não deu certo. Antes que ele ou Wesley pudessem dizer qualquer coisa, Juliano puxou uma das cadeiras vazias e se sentou junto deles.

- Caramba, mas que coisa, hein? Agora a gente vive se esbarrando pelas ruas de Rio das Pedras. E aí, tudo bem com vocês?

Wesley e Renato se encararam incrédulos. Em seguida, olharam para Juliano e ficaram paralisados sem saber o que dizer. Depois de um momento de silêncio incômodo, o cowboy foi o primeiro a se manifestar.

- Estamos muito bem, obrigado...

- O que foi, gente? Que caras são essas? – perguntou Juliano – Parece que vocês fantasma?

- Mais ou menos isso.

- E você, Renato? Não vai dizer nada? – provocou Juliano.

Juliano decidiu entrar na dança. Não era hora de parecer incomodado. Deixar o inimigo perceber que você está acuado é a pior opção.

- Olá, Juliano. É um prazer te ver também... aliás, sinta-se a vontade para se sentar com gente – disse Renato, com ironia. – E respondendo à sua outra pergunta: eu estou ótimo!

- Eu estava melhor... até agora há pouco... – emendou Wesley.

Juliano fez uma careta desgostosa com a provocação de Wesley. Achou melhor ignorar o cowboy e se concentrar no que parecia ser o alvo mais fácil daquela mesa: Renato. Ele já conhecia Wesley muito bem e sabia que seria muito difícil desestruturar o rapaz. Talvez Renato fosse mais "frágil".

Juliano desviou o olhar de Wesley e se voltou para Renato.

- Adoro suas roupas – disse apontando a camiseta do rapaz. – Elas são tão... exóticas...

Renato soltou um muxoxo e fingiu rir para Juliano.

- Obrigado... combina comigo... eu sou exótico.

- Será que eu percebi uma pintada de ironia nessa sua fala, Renato? – brincou Juliano.

- Imagina. Eu não faria isso.

- Mais é sério! – Juliano ajeitou-se na cadeira, mudando o tom de voz – Eu amo coisas exóticas. Odeio gente óbvia, entende?

- Entendo... Bom saber que você me ama – provocou Renato.

Juliano apenas sorriu e ficou olhando para ele, enquanto batia com o dedo indicador direito na mesa, produzindo um barulhinho irritante.

Milena se aproximou da mesa, quebrando o clima tenso entre os três. Ela estacou-se de pé perto dos rapazes, retirou seu bloco de notas e se posicionou para anotar o pedido.

Entre Meninos (Romance gay) - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora