9.Não foi um pedido

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- Eu não sei desenhar muito bem... mas posso tentar - respondo, vou para onde o Tyler estava a desenhar, agarro no seu lápis e ele vem para o meu lado, depois de um minuto acabei o desenho e estava horrível.

- Obrigada Laura - diz o Tyler.

- Desculpa se o carro não está como tu querias - respondo amavelmente.

- Não faz mal, tentaste... pelo menos é isso que a minha mana costuma dizer - diz sorrindo e olha para ela que está de pé ao nosso lado.

- Exatamente - diz a Sabrina sorridente - Tyler, eu e a Laura agora temos que ir fazer os trabalhos de casa, se precisares de alguma coisa chama nos, está bem ?.

- Está bem - responde.

Depois eu e a Sabrina fomos para a sala e quando acabamos de fazer os TPC's ficamos um "pouco" a falar.

- Sabrina deixa ma dizer te que eu não quero mesmo nada ir para a escola amanhã - digo rindo.

- Não te preocupes, eu vou estar lá para o que precisares - responde meiga.

- Eu sei... - olho para o relógio do meu telefone - Meu Deus, já são 20:00, tenho de ir embora !.

- Se a minha mãe já estivesse em casa podia levar te, mas ela hoje vai chegar super tarde... desculpa.

- Não precisas de te desculpar - sorrio - Já agora ela trabalha em que ? - pergunto.

- Ela é Medica - responde triste.

- O que se passa ? - questiono e ela suspira.

- É que ela passa tanto tempo a trabalhar que nós nunca estamos os quatro juntos - responde.

- Mas sabes que ela só faz isso para não vos faltar nada, não sabes - digo.

- Eu sei, mas para que serve eu ter todos os bens materiais que quero, e quando mais preciso, ela não estar cá ? - questiona triste.

- Sabrina vai tudo correr bem - digo tentando anima-lá.

- Esperemos que sim, mas vendo bem agora que estás aqui não vou estar tão sozinha - olha para mim e sorri - Bem... acabamos de falar disto noutro dia, é melhor ires andando antes que fique mais escuro.

- Sim tens razão - sorrio e ela retribuiu - Tyler - chama.

- Sim ?! - grita do seu quarto.

- A Laura já vai embora, anda cá despedir te.

- Está bem - diz e começamos logo a ouvir passos a descer as escadas - Adeus Laura - diz chegando a sala e logo depois abraçou me.

- Adeus Tyler - digo abraçando o de volta - Até manhã Sabrina - digo e vou ao seu pé.

- Ate manhã Laurinha - Abraça me com força e sorri - Anda eu acompanho te a porta... Haaa e não te esqueças de me ligar quando chegares a casa para eu saber que estas bem.

- Está bem - reviro os olhos sorrindo - eu ligo - abraçámo-nos uma ultima vez e saí.

[ 4 Minutos depois ]

Quando eu já estou praticamente a meio do caminho, começa a chover muito e por isso vesti o meu casaco e para azar o meu ele não tem capuz.
Estava tão contente por ir a casa da Sabrina que agarrei num casaco qualquer sem refletir se iria estar frio ou calor.
Comecei a correr que nem uma louca e quando cheguei a passadeira a minha pressa era tanta para molhar me o menos possível que passei sem olhar, logo depois ouço o barulho de um carro a travar bruscamente, viro a minha cabeça para ver o que era e deparo me com um "lamborghini aventador" preto (Imagem na multimédia), e simplesmente fiquei paralisada na passadeira por causa do susto, e acho que me assustei ainda mais quando vi a pessoa que saiu do carro.

- Desculpa lá mas tu és parva, só pode - diz o Ross já com um guarda chuva aberto e aproximando se de mim ficando eu e ele debaixo do mesmo - responde - grita com raiva.

- Desculpe é que eu estou com pressa pois está a chover muito e quero chegar a casa - digo sem tirar os olhos do chão.

- Desculpe ?! - questiona indignado - se eu te atropela se queria ver como era, sua irresponsável, os teu pais nunca te ensinaram a olhar para os dois lados - diz rude - e olha para mim, se há coisa que eu odeio é falar com alguém que não me olha nos olhos - diz e pela primeira vez olho para ele - espera, tu és a aluna nova - faz um sorriso falso e abana a cabeça negativamente.

- Sim sou, mais uma vez desculpa pelo susto que te dei - digo e começo a andar.

- Laura ou lá qual seja o teu nome, disseste que querias ir para casa, não foi ?! - questiona rude e eu viro me para ele que já está a vir na minha direção para eu ficar outra vez debaixo do guarda chuva.

- Sim - digo baixando a cabeça.

- Vá anda !, entra no carro eu vou lá por te - diz rude e dá-me um arrepio pelo corpo inteiro.

- Não é preciso ! - respondo.

- Não foi um pedido - diz frio, puxa me para o pé da porta de passageiro sempre debaixo do guarda chuva espera que eu entre, depois vai para a porta do lado do condutor, entra, liga o carro e arranca.

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