31.Bem que podias ter morrido pelo caminho.

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[ 5 minutos depois ]

Eu ainda estou aqui à espera e para ser sincera já estou farta.

De repente ouço o meu telefone tocar e vejo que é a minha mãe mas porque ela está a ligar-me agora ?... porcaria esqueci-me de avisa-la que tenho um trabalho para fazer.

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Mãe: Laura onde estás ?.

Laura: Mãe desculpa, esqueci-me de te dizer que eu tenho um trabalho para fazer, e tem de ser hoje pois o prazo de entrega está quase a acabar.

Mãe: Laura para a próxima avisa-me, já estava preocupada !.

Laura: Desculpa.

Mãe: Está bem... vá diverte-te, beijos.

Laura: beijos, até logo.

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Mal desligo a chamada ouço um carro a aproximar-se e quando olho para a frente... Jesus Cristo me ajude, é o Ross, eu para ser sincera já estava a mentalizar-me que ele não ia aparecer, quando ele parou o carro aproximei-me, abri a porta e sentei-me no lado de passageiro. Ele esta a ouvir a musica "Talking to the Moon" do Bruno Mars, eu ainda olhei para ele para o tentar cumprimentar mas ele limitou-se a focar-se na estrada e segundos depois arrancou.

Chegamos ao pé de um semáforo que estava vermelho por isso ele apenas encostou a cabeça para trás deixando apenas a sua mão direita no volante e fechou os olhos parecia que ele estava a deixar levar-se pela música, mas quando chegou uma parte que diz"At night when the stars light up my room I sit by myself talking to the moon trying to get to you in hopes you're on the other side talking to me too" que em português significa "À noite, quando as estrelas iluminam o meu quarto eu sento me sozinho conversando com a lua, tentando chegar até ti na esperança que estejas no outro lado conversando comigo também." ele agarrou no volante com tanta força que dava para ver os seus dedos ficarem vermelhos pois o sangue não estava a circular, será que esta canção o faz lembrar de alguma ex namorada ?, mas se é isso, não posso culpa-la por eles terem terminado, porque vamos ser sinceros, o Ross é insuportável.

[ Casa do Ross ]

Saímos do carro e quando chegamos perto da porta ele tirou umas chaves do bolso, está parte da cidade é tão linda e chique, eu não imagino a felicidade que ele não deve sentir ao sair por esta porta todos os dias e ver esta paisagem, e o tamanho da casa, Meu Deus parece que estou a sonhar.

- Vais entrar ou não - questiona já dentro de casa olhando para mim, fiquei tão pasmada que nem reparei que ele já tinha entrado... e se eu já fiquei maravilhada com a parte de fora, com a de dentro fiquei ainda mais.

Nunca pensei que existisse uma casa assim tão bonita ela é toda decorada em preto e branco e é super moderna, tenho de admitir que o que me mais chamou a atenção foi uma porta de vidro enorme que parece que vai ter ao quintal.

- A tua casa é muito bonita - digo tentando criar assunto para não ficar este silêncio desconfortável e irritante.

- Não te perguntei nada - responde rude e sim percebi que é melhor calar-me - Vá anda ! - diz e logo depois começou a andar, segui-o e segundos depois chegamos ao pé de uma mesa retangular que tem seis lugares ou seja dois de cada lado e uma única cadeira em cada ponta da mesa, quando ele sentou-se fiquei feita parva a olhar para ele pois ele sentou-se numa cadeira da ponta.

- Laura juro que estás a irritar-me rapariga, senta-te - ordena, eu até pensei em dizer "e se eu não quiser" porque odeio que ele pense que manda em mim, mas é melhor não, temos que acabar este trabalho hoje.

- Sim - respondo e sento-me à seu lado ele ficou a olhar para mim e sim, foi super desconfortável e não, não sei porque ele o fez - Vamos começar ? – questiono.

- Sim - responde baixo - Queres fazer o trabalho sobre que filme ?.

- E que tal sobre o filme "Everything everything".

- Esse filme fala sobre o quê ? – questiona.

- Fala sobre dois adolescentes que gostam um do outro, mas, por uns motivos, não podem estar juntos - digo e ele fica a olhar para mim sem reação.

- Esta bem pode ser - diz como se não se importasse.

[ 10 Minutos depois ]

Nós praticamente não falamos um com o outro, foi super estranho, ele estava ali mas ao mesmo tempo não estava, era como se fisícamente ele estivesse mas psicologicamente não, o que será que se está a passar com ele ?.

- Ross ? - questiono e ele olha me nós olhos e meu Deus, o seu olhar transmitia tanta tristeza, angustia e sofrimento ... Credo.

- Sim - responde baixo.

- Já estamos aqui à uns 10 minutos e ainda não fizemos nada – digo.

- Desculpa - o quê ? ele esta a pedir me desculpa - é que eu não estou bem porque .... - de repente um homem entra e começa a gritar.

- Olha o meu querido filho, então voltaste ? – questiona.

- Deixa me em paz ! - exclama e os seus olhos começaram a ficar vermelhos.

- Pensava que ias embora para nunca mais voltar - disse aproximando se do Ross - Bem que podias ter morrido pelo caminho.

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