51.Eu sei que tu fizeste muito pelo meu filho...

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[ Narrador POV ]

Ross está a começar a perder todas as forças do seu corpo, a este momento ele já nem consegue falar está ali a olhar para o teto, quase já sem vida, mas algo lhe chama à atenção, uma luz, muito brilhante e branca.

- Ross, querido ?! – diz a mulher que apareceu entre a luz.

- M... – diz com dificuldade.

- Shhh... – agarra na sua mão que já está gelada – Já mandei um sinal ao Jay para o avisar que ele precisa de vir para aqui, mas tenho medo que ele não entenda, por isso quero que mandes uma mensagem a ele a dizer que precisas de ajuda. – Ross apenas abanou negativamente com a cabeça pois ele já esta muito fraco.

- É... Eu não – pausa para respirar – preciso de a...ajuda, eu quero... isto, agora vamos poder ... estar juntos – diz com muita dificuldade sorrindo.

- Ross, por favor filho – diz a quase chorando.

- Não mãe... eu quero...isto.

- E o Jay ? – questiona.

- Ele fica... bem sem mim !.

- E a Laura ? – pergunta a sua mãe.

- O que tem ? – questiona o louro confuso.

- Tu gostas dela, nem vai lutar por ela ?.

- Ela está... com o Ryan. – diz já de olhos fechados, e segundos depois ouve um barulho vindo da porta.

- Filho por favor chama alguém ! – implora.

- Não ! – e foi a última coisa que o louro disse antes de ficar inconsciente.

[ Jay POV ]

- Yha - rio - vá adeus – digo despedindo me de um amigo meu, começo a andar para o meu carro quando olho para o chão e vejo um papel com duas letras escritas "R.M."mas que estranho, mal eu olhei para aquelas duas letras senti um aperto no coração e lembrei me do Ross, ele deve estar triste por alguma coisa, é melhor eu ir lá à casa dele.Entro no carro e vou o mais rápido que posso para lá.

[ ... ]

Entro dentro de casa e deparo-me com o pai dele estendido no sofá a dormir com uma garrafa de whisky ao pé.

- Odeio-te – digo olhando para ele, as vezes a única coisa que me apetece fazer é matar este homem de uma vez por todas, apenas para o Ross não sofrer mais chego perto do quarto do meu louro favorito e bato à porta, e ninguém responde.

- Ross?, sou eu, o Jay ! – grito do lado de fora, e mais uma vez ninguém responde por isso decido entrar, e quando o faço vejo o Ross deitado na sua cama cheio de sangue à volta e corro até lá. – Ross ?! – grito enquanto o tento acordar e ele já esta um pouco frio e começo logo a pensar no pior – Ross por favor acorda ! – grito mais uma vez já começando a chorar, agarro no meu telemóvel e marco o numero de emergência, dou a morada e explico a situação.

[ ... ]

- Vamos ?! – questiona rápidamente o médico antes de entrar na ambulância.

- Sim – respondo e entro com ele, mas antes de fechar a porta ouço alguém a gritar.

- Mas que raio é que se está a passar aqui – grita Thomas a sair da sua casa com uma garrafa na mão.

- Talvez se não estivesses bêbado o tempo todo soubesses que o teu filho está a sofrer.

- Vê como falas comigo seu pirralho – grita.

- Vai te foder seu ótario do caralho ! – digo, fecho a porta, e ambulância arranca.

- Quem era aquele homem ?, tem alguma relação de parentesco com o seu amigo? – questiona o médico.

- Irmão – corrijo, porque para mim o Ross não é apenas um amigo... ele é o irmão que eu nunca tive - Não, ele não é nada ao meu irmão – acabo e o médico apenas assinte.

[ Já no hospital ]

- Desculpe não consegue dar-me nenhuma informação sobre o rapaz do quarto 2307.

- Não – diz a funcionaria antipática pois eu já devo ter perguntado uma 20 vezes, eu a este ponto já estou em desespero.

Estou aqui à uma hora e meia e ninguém me consegue dizer nada, a única coisa foi "O seu irmão está numa situação muito complicada, ele perdeu muito sangue e... é melhor estar preparado para se acontecer algo" .

- Onde é que ele está ? - entra Thomas a gritar no hospital e uma enfermeira aproxima-se.

- O senhor vai ter que se acalmar, ou vou ter que chamar um segurança para o levar para a rua – diz uma funcionária.

- Não, eu não me vou acalmar, por acaso você sabe quem eu sou ? - grita e a mulher apenas agarra numa espécie de comando e segundos depois aparecem dois seguranças que lhe levaram para a rua, levantei-me e fui até là para tentar encontra-lo.

- Tu ! - exclama e vem quase a correr para perto de mim – obrigado por o teres ajudado ! - diz, abraça-me e eu automaticamente o empurro.

- É por tua causa que ele está aqui ! - grito e ele abaixa a cabeça.

- Não! - exclama - ele fez isto porque é um fraco - responde com raiva, e eu lanço-lhe um soco a cara o que fez com que ele caísse no chão e todas as pessoas que estavam a nossa volta estavam de boca aberta.

- Sabes o que o médico disse ?! - digo cheio de raiva começando a chorar - que é melhor começarmos-nos a preparar caso algo aconteça. - acabo e ele esta a olhar para mim e vi que os seus olhos começam a ficar vermelhos o que significa que ele ia começar a chorar, agacho me, agarro na gola da sua camisa e puxo-a - Nem te atrevas a chorar, não tens esse direito, se não te preocupaste no tempo em que ele chorava todos os dias antes de dormir, nos dias em que ele começou a tornar-se na pessoa fria que é hoje, ou nos dias em que a única coisa que ele precisava era ouvir o seu pai dizer que tudo iria ficar bem e que estava lá para tudo o que ele precisasse, nem te atrevas a preocupar-te agora, e se começares a chorar eu vou te dar uma verdadeira razão para o fazeres - ameaço - agora vai te embora - digo, ele apenas levanta-se e fica a encarar-me.

- Eu sei que tu fizeste muito pelo meu filho...

- Não lhe chames isso - grito interrompendo-o e ele abaixa a cabeça e volta a olhar para mim.

- Pelo... Ross, e queria pedir-te que me deixasses passar pois eu vou ficar cá - ele diz pois estou à frente da porta.

- Para quê ?! - exclamo - para poderes dizer que és um bom pai ?!, ou é para que se as revistas vierem cá te verem chorar pelo teu filho que tentou suicidar-se ?! - cerro os punhos - isto vai ser muita publicidade gratuita para a tua empresa, não é ?, já estou a ver em letras grandes na primeira página, "Dono da maior empresa da Califórnia "Dark Moon" a sofrer no hospital, pois filho tenta suicidar-se" – digo ironicamente.

- Jay sai-me da frente - diz já com raiva - E só para que saibas eu vou fazer o que for preciso para que ninguém saiba disto, não posso ter este tipo de noticias a sair sobre a minha empresa a dois dias da festa de 20 anos.

- Vai te embora ! - empurro-o - Tu só te importas mesmo com a porcaria da tua empresa. - digo e como ele percebe que eu não vou mudar de ideia dá-se por vencido.

- Eu vou voltar ! - diz - e isto não vai ficar assim ! – exclama.

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