43.Durante 6 anos Laura voltou a esse parque.

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[ Narrador POV ] - [ 6 anos atrás / Londres ]

- Querido espera - grita Carol, a tia de Ross de parte materna, pois tinham ido visitar a sepultura da sua mãe e como ele não aguentou desatou a correr.

- Ross, já te disse para não seres um fraco - grita Thomas o seu pai, mas segundos depois ele desapareceu do seu campo de visão.

- Não fales assim com ele - diz Carol cheia de raiva pela maneira como Thomas tratava Ross - e já agora, ele já te avisou para lhe tratares por "Shor", sabes que o nome Ross faz-lhe pensar muito na Luana.

- O quê ?, ele é homem, por isso ele não pode ter estas atitudes - responde, o que a deixava com nojo dele pois ela sabia que ele estava a ser totalmente sincero com as suas palavras.

- Ele é só uma criança Thomas , ele tem 12 anos ! - exclama indignada.

- É desde pequeno que ele tem de aprender a ser forte - diz fazendo uma pausa - ai dele que algum dia eu o apanhe a chorar !.

- Podes ter a certeza que eu vou lutar pela guarda dele, não perdes pela demora ! - ameaça Carol.

- Estou cheio de medo - responde a rir - Carol vamos ser honestos, tu até podes ama-lo, mas és pobre e neste mundo de hoje em dia o quê que tu achas que vale mais, amor ou dinheiro ?.

- O amor vai sempre ganhar - responde confiante.

- Diz isso ao juiz - responde-lhe.

Ross correu até chegar a um parque que ficava perto do cemitério, ele era muito pequeno e não percebia o porquê de a sua mãe ter morrido.

Quando ele chegou perto de um banco ao pé do lago sentou-se ajustando o seu gorro pois ele não queria que as pessoas vissem o seu cabelo, magoava-lhe quando as pessoas elogiavam a sua cor pois era igual ao da sua mãe, por isso ele certificava-se que cada fio de cabelo dourado ficava dentro daquele gorro. E lá ficou ele a pensar, desde muito cedo Ross era um pensador profundo, enquanto as outras crianças brincavam ele sentava-se a pensar, nunca ninguém soube sobre o quê que ele pensava, e quando as pessoas lhe perguntavam ele mudava de assunto.

- Para ! - diz uma rapariga enquanto um rapaz a empurrava fazendo com que ela caísse - Magoaste-me - diz ela enquanto tenta levantar-se.

- E vou te magoar mais - diz o rapaz que a tinha empurrado, Ross levantou-se do banco e foi até eles.

- Deixa-a em paz - diz Ross aproximando-se da menina - Estás bem ? - estende a sua mão para a ajudar a levantar.

- Sim obrigado - responde e agarra na sua mão.

- Eu só estou a brincar com ela - diz o rapaz - Por isso sai daqui parvo.

- Não é assim que se brinca com uma rapariga , aliás não é assim que se brinca com ninguém, estúpido - responde Ross pondo-se à frente da pequena.

- Como queiras ! - responde o rapaz começando a afastar-se deles.

- Rapazes ! - diz a pequena suspirando.

- Ei - diz Ross - eu sou rapaz e não sou assim.

- Tens razão, desculpa - responde - ... e obrigado.

- Conheces ele ?.

- Sim é da minha turma... é um estúpido - diz a pequena fazendo com que ele se ria - o quê?.

- Nada - responde - Vou ir sentar-me para aquele banco, queres vir ?.

- Pode ser - e assim foi, os dois foram para o banco e sentaram se.

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