- Cala-te - responde Ryan olhando para a Sabrina.
- Ryan eu juro que levas uma chapada se não a largares - ela volta a ameaçar e ele larga-me - Vocês acabam a conversa amanhã, agora estão muito irritados !.
- Como queiras ! - responde Ryan e começa a andar para longe de nós.
- Mas afinal o que se estava a passar ? - questiona um pouco irritada.
- Estávamos a discutir - suspiro - só isso !.
- Só isso Laura ?! - exclama.
- Sabrina... podemos falar amanhã, eu vou ir para casa tentar acalmar-me.
- Não te preocupes, eu digo à professora que não te estavas a sentir bem.
- Obrigada - abraço-a.
- De nada - diz retribuindo o abraço.
[ casa - 12:55 ]
Abro aporta de casa e vou para o meu quarto, quando lá chego, jogo-me para cima da cama acabando por adormecer.
[ 15:45 ]
Acordo, e mal abro os olhos começo a pensar naquela coisa loura, mas o que se passa comigo ?, Eu não gosto dele... não gosto, acho que é por o Ryan ter me perguntado se eu gosto dele, agora estou paranóica.
Mas tenho que admitir que ele pode ser simpático quando quer e ...
- E nada Laura ! - exclamo para mim mesma - Tu não gostas dele, nem nunca vais gostar;
Tento lembrar-me do que eu estava a sonhar porque eu sei que foi muito estranho, mas o mais estranho é que a única coisa de que me consigo lembrar é um numero 2307.
[ Ross POV ]
- Tu fizeste o quê ? - questiona Jay a rir.
- Eu disse-lhe que... que sou louco por ela - acabo e ele começa a rir-se novamente, e tenho que admitir que por fora estou calmo mas na minha mente já o matei de muitas maneiras diferentes.
- E quem é ela ? – pergunta.
- Não tens nada a ver com isso ! – exclamo.
- Está bem, calma Shor ! - diz jogando os braços para o ar.
- Para de dizer a merda desse nome !.
- Porquê ?, eu as vezes chamo-te assim, e que me lembre nunca reclamas-te.
- A rapariga a quem eu disse isso é ela, Jay ela está cá é por isso !.
- Ela quem ?, estás a falar do quê ? - questiona confuso.
- A Lary ! - digo e os seus olhos arregalaram-se, não faz mal eu lhe dizer que é a "Lary", pois eu nunca lhe cheguei a contar o verdadeiro nome dela.
- O quê ?!, onde a viste ? - pergunta, o Jay sabe de toda a história pois quando eu voltei para a Califórnia foi a primeira coisa que lhe contei, e ele sabe o quão importante ela é... era para mim.
[ Jay POV ]
- O quê?!, onde a viste ? – pergunto.
- Por ai ! - responde, e senhoras e senhores apresento-vos o meu melhor amigo... com respostas sempre muito vagas.
- Por ai, onde ? - pressiono-o.
- Ai Jay, não importa - responde já irritado, o problema é que ele sabe que eu não vou descansar até saber quem ela é, pois quando ele voltou de Londres, a primeira coisa que ele disse quando me viu foi "Conheci uma rapariga, e acho que gosto dela", e pode parecer muito estranho mas eu e ele passamos horas a falar sobre ela, e que em pouco tempo ele iria voltar a vê-la, nesse tempo eu vi uma coisa que já não via nele a muito tempo, felicidade, esperança...um sorriso. Mas depois o alcoólico do pai dele disse que nunca mais iria voltar a Londres e que o Ross nunca mais poderia ir visitar a sua tia, a partir daí ele mudou completamente, tornou-se uma pessoa má, rude, fria e às vezes parece mesmo que ele não tem coração.
- Como queiras - respondo, pois por enquanto vou tentar procura-la mesmo sem a ajuda do meu best.
Bem se eu me lembro, ela tinha olhos castanhos escuros e grandes e cabelo liso e castanho também, e sei que ela se chama Lary.
Eu vou descobrir quem é esta rapariga, nem que eu tenho de ir ao sétimo dos infernos.
[ Ross POV ]
[ ... ]
- Adeus ! - digo ao Jay enquanto nós fazíamos o nosso aperto de mão.
- Adeus mano ! - responde e sai porta fora.
Olho à minha volta e sinto-me mal, de que adianta ter uma casa enorme se não temos ninguém para a compartilhar.
Subo e vou para um dos meu sítios favoritos nesta casa, o estúdio, quando lá chego, olho para o piano e começo a sorrir, este piano tem 12 anos pois a minha mãe comprou-o quando eu tinha 6 anos, ainda me lembro das horas que passávamos aqui a ensaiar os dois, às vezes o meu pai aparecia e ficava sentado numa cadeira que havia no canto a sorrir, tanto eu como o meu pai mudamos com a partida da minha mãe.
Começo a aproximar-me do piano e quando lá chego sento-me e em seguida agarro num caderno que esta sempre em cima do piano onde eu escrevo músicas, sentimentos, etc... e começo a escrever.
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Se eu pudesse voltar atrás, eu faria tudo diferente, e talvez eu não estivesse agora nesta posição, encontrei-te depois perdi-te, olhar para trás é como tortura, e dói saber que te magoei intencionalmente, e agora estás aqui tão perto. Olho à minha volta e penso como é que foi possível eu ter estragado isto tudo, eu gostava de saber o segredo de como é possível duas pessoas se amarem sem se magoarem. A perfeição não existe, e eu ainda estou aprendendo essa lição. Perdoar pode ser a chave, mas o problema é que esquecer não é comigo e quando me olho ao espelho a única coisa que vejo é um rapaz que perdeu muita coisa. Mas se eu soubesse antes as coisas que eu sei agora, eu não te magoaria, se eu soubesse as coisas que eu sei agora, nós estaríamos bem, se eu soubesse as coisas que sei agora eu poderia ter tudo, pois amor verdadeiro, eu sei que o tinha. Amor verdadeiro, é tão difícil de encontrar, amor verdadeiro, é uma inspiração. Amor verdadeiro, que era meu e só meu, se eu o pudesse ter de volta eu desta vez não o deixaria ir.
Amor verdadeiro...
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Inspiração para o que Ross escreveu: True Love - Dove Cameron.
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Different Worlds
Fanfiction[CONCLUÍDA] A história de Laura Dawn e de Ross Moon, duas pessoas diferentes , duas personalidades diferentes , duas vidas diferentes. Mundos Diferentes. "O mais triste era que eles se amavam, mas eram jovens demais para saber amar." - Pequeno Prín...