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No outro dia acordei cedo com o rádio tocando, levantei tomei um banho e me ajeitei, acendi um baseado pra ficar suave, dei um beijo na testa de Juliana, peguei minha arma e saí. Passei em uma lanchonete, tomei café e guiei pra boca, cheia de cara sem fazer porra nenhuma, o foda é isso, fica bolado mermo.

Marquinho: Colfoi po, bagulho tá de verdade na favela e vcs aí de mironga. -falei mesmo, já tava cheio de ódio na parada.

Fiz o que tinha pra fazer, quando deu a hora certa fui pra casa, tomei um banho, Juliana tinha feito janta, comi com elas, fiquei assistindo Narcos com Ayla, ela se amarra em assistir essas paradas comigo. Juliana fica maluca querendo proibir a garota mas ela nem tchum. Levantei pra beber água, o rádio tocou passaram a visão que tavam subindo, porra. Avisei a Ju que ia sair, ela querendo que eu ficasse, mas fazer o que? É meu corre po. Vesti uma camisa peguei meu fuzil, fui pra boca tava geral lá.

Saí com Kauã entrando pelos beco, era tiro pra caralho mermo, quando eu falo... Os cana começou a jogar tiro pra cima tbm, tavam forte pra caralho. Me escondi atrás de um murinho, mandei bala neles, ouvi um tiro próximo, olhei pra trás Kauã tava com o braço sangrando, tirei minha camisa amarrei no braço dele, um meno veio pro nosso lado avisou que ia correr pros mato pq o bagulho tava sinistro mesmo, tive vontade de ir mas vou não, mato e morro pela favela se for preciso e é isso aí.

Ele saiu correndo pelos beco, marquei um pouco ali e fui correndo pra outro local, em um momento de distração me abaixei pq torci o pé, só senti o bico da arma nas minhas costas, tentei correr mas ouvi um barulho de tiro, em seguida outro e mais outro. Senti meu corpo ficar fraco, caí no chão e minha visão foi escurecendo.

REALIDADE NA FAVELA 🎭 (F!)Onde histórias criam vida. Descubra agora