Capítulo 3

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Acordo com os olhos pesados, cheguei em casa ontem umas meia noite e meia, a Bliana me deixou aqui, Stella tinha ficado lá com seu "peguete".
Levanto com dificuldade e pego meu celular do carregador, tem umas vinte mensagens da Stella, depois abro.
Vou ao banheiro e tiro minha roupa.
Saio enrolada na toalha e vou em direção ao meu celular que está tocando em cima da cama, olho no visor:numero desconhecido.
Ligação on:
Eu:—Oi?Ouço uma respiração do outro lado da linha.
Xxx:—Nina?Sua voz sai suave.
Eu:—Ben?
Ben:—Oi, te acordei?
Eu:—Não, a luz do sol me acordou.Falo e ele rir suavemente.
Ben:—O nosso passeio está de pé?
Eu:—Sim.Falo animada.
Ben:—Me fala o seu endereço.
Dou o meu endereço e ele fala que passará aqui as dez e meia, diz ele que não é para tomar café, o mesmo me apresentará um lugar bem bacana.
Ligação off:
Por um momento tinha esquecido do nosso passeio hoje, olho as horas em meu celular e já são dez e cinco, corro em direção ao meu quarda roupa, o que usar?
Decido por um macaquinho florido acima do joelho e uma sapatilha nude, coloco um par de argolas e solto meu cabelo, passo uma maquiagem bem leve.
Termino de me arrumar e pego uma bolsinha preta, coloco minha carteira e meu celular dentro.
Desço as escadas indo em direção a sala, Felipe está deitado vendo algo na tv.
Felipe:—Vai sair? Ele fala assim que me vê.
Eu:—Sim, cadê mamãe?
Felipe:—Ela saiu com o papai e falou que era para você cuidar de mim.Ele fala revirando os olhos.
Eu:—Mas eu vou sair!
Me sento ao seu lado.
Felipe:—Você não pode sair e me deixar aqui sozinho.Ele fala olhando para televisão.
Eu:—E agora?Ele dá de ombros.
Não posso realmente sair e deixar meu irmão de onze anos, sozinho em casa.
Felipe:—Onde vai?Ele me olha e volta a olhar o desenho.
Eu:—Sair com um amigo pela cidade.
Felipe:—Vão comer?Ele fala animado.
Concordo rindo.Me leva por favor, eu vou me comportar.
Ele junta as mãos na boca, sabia que ele ia pedir.
Eu:—Vou ter que te levar, promete se comportar?Ele assente rápido.
Ligo para mamãe e falo que vou sair com um amigo, ela fez um monte de perguntas, falei que Felipe ia também, claro, ela recomendou mil e uma coisas.
As dez e meia, ouvimos alguém tocar a campanhia.
Eu:—Uau, que pontual!
Falo me levantando, Felipe levanta também e corre para calçar o sapato.
Felipe:—Está levando a carteira?
Eu:—Nem vem que não vou comprar brinquedo para você.Falo indo em direção a porta.
Felipe:—Não é brinquedo, só um joguinho!
Ele fala vindo atrás de mim, faço um não com a cabeça e o mesmo resmunga.
Abro a porta e tomo um susto, Ben está literalmente segurando um buquê de flores.
Ben:—Bom dia.Ele fala beijando minha mão.
Felipe:—É seu amigo ou seu namorado?Ele fala olhando para mim, olho feio para ele.
Eu:—Bom dia Ben.Falo pegando as flores.—Obrigada, não precisava.
Ben:—Faço questão, quem é esse mocinho?Ele fala levantando a mão para Felipe bater.
Felipe:—Irmão da sua namorada.
Eu:—Felipe!—Ben é meu amigo.
Falo corando, vou matar esse menino.—Vou quardar as flores lá dentro.
Quando volto os meninos já estão no carro de Ben me esperando, entro no banco da frente.
Ben:—Ele se parece com você.Ele fala se referindo a Felipe.Olho para trás e o mesmo está no celular.
Eu:—Felipe não tinha com quem ficar em casa hoje.
Ben:—Tudo bem, ele gosta de praia? Ben fala olhando para meu irmão.
Felipe:—Demorou.
Depois de uns vinte minutos ouvindo músicas chegamos em uma praia um tanto deserta.
Eu:—Você não vai nós matar não né? Olho para ele e o mesmo arregala os olhos.—Estou brincando.Começo a rir e o loiro fica confuso e por fim rir.
Descemos do carro, tomo o celular de Felipe e coloco na minha bolsa, ele fecha a cara.
Caminhamos em direção a areia, olho para o Ben que agora está com um boné e ocúlos de sol.
De longe vejo uma toalha estendida no chão, cheio de guloseimas em cima.
Ben corre em direção a toalha e senta.
Felipe:—Caraca é o paraízo!
Ele fala soltando a minha mão e indo mais rápido.
Eu:—Felipe!Me aproximo e olho para Ben confusa.—Por que tudo isso?
Falo meio boba, ele é um tanto cavalheiro, preciso ter medo?
Flores e piquinique?
Ben:—Eu disse para não tomar café.Me sento meia em dúvida, por fim sorrio.
Depois de comer Felipe tira a blusa e corre para o mar.
Nina:—Me fale mais sobre você.Ele me olha e depois olha para o lado.
Ben:—Não tem muito o que falar de mim.—Vamos falar de você.
Eu:—Não sei dançar.Ele rir.
Ben:—Sei dançar valsa.Olho para ele surpresa.
Eu:—O que é do Jonh?
Ben:—Somos velhos amigos.
Eu:—Não estuda com ele não né, nunca te vi lá na escola.
Ben:—Não, já concluir os estudos.
Felipe está na borda brincando com uns meninos.
Ben:—Ele faz amizade bem rápido.
Nina:—Verdade.Falo olhando para o mar.
Já são doze e vinte, Ben está no mar com o Felipe, eles estão brincando, olho para o Ben por um momento, ele é um tanto misterioso.
Os dois vem andando pela areia, meu irmão senta ao meu lado e o loiro pega seu celular, logo faz uma ligação.
Felipe:—Ele é muito legal.
Eu:—Verdade, mas é misterioso.
Felipe:—Por que ele não tira o óculos nem o boné para entrar no mar?
Eu:—Vai ver ele não gosta.Dou de ombros.
Ben:—Vamos almoçar?
Eu:—Não precisa, vamos comer em casa.Falo sorrindo.
Felipe:—Nina, quero comer na rua.
Olho para ele de cara feia.
Ben:—Vamos, por favor, já fiz a reserva.
Eu:—Ben, não queremos incomodar.
Ben:—Eu lhe chamei para sair.
Ele fala estendendo a mão para Felipe e o puxa.
Felipe:—Nina por favor.
Eu:—Ok, mas depois vamos para casa.
Felipe comemora e Ben concorda sorrindo.
Chegamos no restautante, o garçom nós leva até a mesa que Ben reservou, olho em volta e tem poucas pessoas, o lugar é um tanto chique, espero ter dinheiro no cartão.
Colocamos nossa comida no prato e sentamos na mesa.
Felipe come com modos, graças a Deus.
Tenho que concordar com o pequeno, o garoto misterioso a minha frente não tira seu boné nem seus óculos, ele deve gostar bastante, por que seus olhos são tão lindos.
Durante o almoço conversamos bastante coisas, Ben falou bem pouco sobre ele, apenas sei que ele tem dezoito anos e mora a pouco tempo na cidade com os pais e a irmã mais nova.
Ele não me deixou pagar o meu almoço e o do Felipe!

Eitaaaa
Oii amorzinhos

Eu não sou princesa: Quando tudo começou Onde histórias criam vida. Descubra agora