Cap 22. Direto do túnel do tempo. - Parte 2.

1K 51 25
                                    



*Lica.*

  Samantha subiu ao palco acompanhada por sua banda e eu me espantei ao vê-la... Ela estava tão diferente da garota de pijama e cabelo preso que eu vi mais cedo na cozinha do apartamento na hora do café da manhã, também não se parecia em nada com a mulher de vestido rosa que entrou no galpão mais cedo que foi abraçada pelo meu afilhado que a chamava de Capitã Rubi e sinceramente, ela também não se parecia com a garota do colégio, apesar de estar usando seu antigo uniforme tradicional.

  Samantha estava vestida de menina, mas seu corpo era de mulher, suas curvas estavam mais aparentes, seu cabelo solto era mais longo do que na época de colégio e dava a ela um ar mais maduro e ao mesmo tempo mais selvagem.

  A melodia começou a tocar e foi no momento em que eu ouvia a voz de minha meia irmã preencher os espaços que eu pude notar em seus olhos castanhos um brilho diferente, na verdade, um brilho que há muito tempo eu não via... Ela estava lá, a garota do colégio, aquela com a qual eu costumava implicar... A garota que me respondia sem se reprimir, sem se controlar... A garota ousada, aquela que passava e causava nos garotos falta de ar.

"Você não vive o agora só pensa em depois e

Ainda acha que amor só rola entre dois

Se prepara, te trago uma nova visão

Cada pequeno momento é como um

Presente que, a gente abre como a gente

Se sente e quem escolhe o medo, não colhe paixão

Eu sei que eu te quero, eu sei que você vê

Você já é meu crush, desde o oitavo b

Eu sei que eu te quero, eu sei que você vê

Você já é meu crush, desde o oitavo b

Você só não se aproxima porque tem medinho

Sei que não sou parte nesse seu mundinho

Porque não transformo o amor em prisão

O amor não tem limite, não tem corrente

Quem te prende é só sua mente,e, que te faz

Viver na escravidão

Eu sei que eu te quero, eu sei que você vê

Você já é meu crush, desde o oitavo b

Eu sei que eu te quero, eu sei que você vê

Você já é meu crush, desde o oitavo b"

  Samantha tomava o palco para si, ofuscado seus companheiros de banda que pareciam fazer apenas figuração ali. Minha meia irmã prendia o olhar de cada um daquela plateia, seus movimentos eram seguros, precisos, fortes... Uma garota de atitude, muito diferente da mulher comedida que morava comigo, diferente da esposa perfeita, da boneca impecável. Aquela mulher no palco parecia tudo, menos artificial... Ela parecia real.

  Enquanto cantava e dançava, Samantha desafiava o público com o olhar, parecendo sentir que olhos de todos estavam vidrados nela e ela gostava de provocar, desafiando e intimidando seu público por puro prazer... E com voz de anjo, ela cantava as últimas palavras:

"Então, para de dizer, quero você só pra mim

Que eu te deixo também livre pra viver

O Apartamento-Limantha.Onde histórias criam vida. Descubra agora