O Apartamento-Limantha.

Cap 86. Sorvete a luz de velas.

*Lica*

  Eu cheguei em casa e todas as luzes estavam apagadas, estávamos mesmo sem eletricidade, provavelmente por culpa da tempestade que caía lá fora, aliviando o calor daquele clima abafado que tomava São Paulo nesses últimos dias.

  Eu segui para a cozinha, onde encontrei uma única luz fraca acesa em uma vela e me deparei com a imagem de Samantha sentada no balcão de mármore tomando sorvete direto do pote. Ela estava tão linda banhada pela luz da pequena chama alaranjada da vela que mal iluminava o local que eu me perdi por alguns segundos observando-a encantada.

  - Oi Baby. – Falei.

  - Oi. Acabou a luz e se eu não tomasse o sorvete, ele iria derreter.

  - Também quero.

  - Só pegar uma colher.

  Eu lavei as mãos e peguei uma colher limpa para mim, depois segui em direção a Samantha, me encaixando por entre suas pernas, para poder lhe beijar.

  - Baby, você está super molhada! – Ela constatou depois que eu a abracei.

  - Chuva, eu tava de moto hoje e desisti da roupa de proteção.

  - Você precisa tirar isso, antes que fique doente.

  - Então tira para mim, Baby.

  - Aqui?!

  - E por que não?! – Falei beijando-a com vontade.

  Eu agarrei Sammy pela cintura e a puxei mais para mim, intensificando nosso beijo. Ela levantava minha blusa, arranhando minha pele sensível ao seu toque.

  Aos poucos nós fomos nos desnudando ali mesmo naquela cozinha, naquele balcão de mármore... Samantha era linda e o sabor de sua pele mesclado ao sabor do sorvete de flocos fazia minha boca encher de água.

  Os dias passavam e eu só a desejava mais, meu corpo pedia pelo dela, meus dedos sempre inquietos, ansiosos por tocá-la... Meu corpo e o dela se moviam no mesmo ritmo, em um compasso perfeito de nós.

  Nossos gemidos nos provocavam sem parar, nos fazendo ansiar por mais, muito mais, o gozo líquido com gosto de mel... Éramos somente nós quando estávamos juntas, o mundo parecia desaparecer a nossa volta... Quando estávamos juntas, estávamos protegidas em nosso universo particular e eu aos poucos estava aprendendo que esse era o lugar onde eu mais me encontrava e era também, exatamente o lugar onde eu queria estar.