Cap 25. Sobre pizza e casamento.

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*Samantha.*

  Exausta, eu cheguei em casa e me joguei no sofá querendo apenas sossego! Fazia duas semanas desde a balada do galpão, eu e Heloísa estávamos conseguindo conviver, mas nessas duas semanas, minha vida parecia estar de cabeça para baixo... Meu casamento que deveria acontecer daqui um ano e pouco agora tinha sido adiantado para daqui três meses e tudo estava uma loucura!

  Quando o padre da Paróquia Nossa Senhora do Brasil ligou para o Felipe dizendo que tinha acabado de surgir uma vaga para o nosso casamento ser celebrado daqui três meses, o meu noivo simplesmente aceitou a oferta sem nem me consultar, uma vez que essa igreja era extremamente requisitada e quase nunca tinha vagas disponíveis, além é claro, do casamento dos meus pais ter sido realizado ali e o Fê ter acreditado que seria uma linda homenagem se nos casássemos lá também.

  Por um lado era loucura eu me casar daqui três meses, nada estava pronto, além do mais, daqui três meses, eu ainda estaria presa a esse apartamento e nem o Felipe e nem a Lica gostariam de viver sob o mesmo teto... Por outro lado, seria a única chance de eu me casar na mesma igreja onde meus pais se casaram e na qual eu havia sido batizada.

  Para evitar confusão, eu decidi que eu me casaria com o Felipe daqui três meses, mas que só moraríamos juntos depois que o prazo estipulado pelo testamento estivesse se esgotado, assim, nem o meu noivo e nem minha irmã postiça entrariam em conflito.

  A verdade era que eu estava muito cansada e muito nervosa com os preparativos, porque mesmo com a ajuda de Clara que seria uma das minhas madrinhas de casamento para preparar tudo, ainda faltava muita coisa.

  Eu estava com dor de cabeça e não tinha coragem de me mover do sofá para preparar o jantar... Eu só queria piscar e ter tudo pronto ao meu redor... Enquanto eu estava jogada no sofá, Heloísa entrou em casa e me olhando destruída ela resolveu perguntar:

  - Boa noite, irmãzinha postiça. Tá tudo bem?

  - Defina bem. – Respondi preguiçosa.

  - Ok... O que é que tá pegando?

   - Eu não sei se você vai querer saber de fato e sinceramente eu não tenho nem pique para brigar.

   - Deixe-me adivinhar...

   - Boa sorte com isso.

   - É sobre o casamento?

  - Uhum. – Eu grunhi.

  - Tá de boa, nós não vamos brigar... Cada um se mata como pode, no meu caso, bebidas e cigarro e no seu, casamento em três meses.

  - Hahaha engraçadinha. – Falei meio rabugenta.

  - Se quiser pode falar qual é o problema, sou toda ouvidos.

  - Promete não me julgar?

  - Não. – Ela falou divertida.

  - Sério, promete?

  - Ok, eu prometo não te julgar muito.

  - Tá bom, não julgar muito é melhor do que nada.

  - Fala.

  - Eu sou uma noiva horrível.

  - Como assim?

  - Eu não tenho nada pronto e eu descobri que eu devo ser a única noiva nesse mundo que não sabe a diferença entre salmão suave, champanhe, creme e pêssego, assim como eu também não vejo diferença entre branco, leite e gelo... Sério, eu sou uma negação para escolher o papel para o convite de casamento. E sabe o que é pior?

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