XV - Camicase

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— Isso é completamente imbecíl, Dyllan. Lucas, diz para ele. – Diana gesticulava com um potinho de sal nas mãos.

— Eu concordo. É outra ideia idiota.

— Outra ideia? Do que você está falando?

— Não importa. – Disse Diana me lançando um olhar que dizia que não íamos discutir sobre aquilo. – O que importa é que isso é impossível.

— Gente presta atenção, é o único jeito já que vocês querem tanto a espada.

— Queremos a espada irmãozinho, mas isso é imbecíl demais. Até mesmo para você.

— Vai ser fácil gente. – Dyllan pegou uma batata e comeu.

— Claro que vai. Qual é a chance de roubarmos o cara mais rico de São Francisco e isso acabar mal? Claro que nenhuma. – Diana revirou os olhos e voltou sua atenção para o potinho de sal balançando a cabeça negativamente.

— Bom, ou é isso ou a gente bate na porta do cara e pede na maior educação. Vocês decidem.

Olhei para Diana fixamente. Ela sabia que eu estava começando a considerar o plano.

— Ah não. Lucas, não! Não podemos fazer isso.

— Ah sim. Diana, sim! Podemos sim.

— Você é mais idiota do que eu imaginava. Você é um... – ela se interrompeu – como pode cogitar essa idiotice?

— O garoto tem razão. É o único jeito.

Dyllan seguia nossa discurssão com os olhos, tentando achar uma brecha para opinar.

— Você é um imbecíl. Alías, os dois são. Dois imbecis. – Ela se encostou na cadeira e cruzou os braços.

— Posso falar com você um momento? Lá fora?

Diana se levantou pegando o celular e enfiando no bolso e eu a segui. Dois segundos depois ela se voltou para o irmão.

— Eu sei quantas batatas tem ai. Se você comer a minha...

— Já sei, você mesma se encarrega do meu funeral. Pode ir.

Ela virou de costas e foi para a porta do estabelecimento onde eu estava esperando.

— Você sabe que esse é o único jeito, não sabe?

— Lucas, isso não vai dar certo.

— Tudo bem, então a gente desiste e Lúcifer dizima toda a vida na Terra com seus Cavaleiros, evento esse do qual você fará parte e sendo assim, vamos ser obrigados a lutar até a morte. E comigo sem a espada e a graça, você me mata e Lúcifer vence. Fim da história.

— Não quero virar um Cavaleiro Infernal. – Ela abaixou o tom de voz. – E nem matar você...

— Então...?

— Tudo bem, vamos fazer isso. Mas se der errado – ela chegou um pouco perto e colocou seu dedo na altura do nariz – você vai me ouvir dizendo “eu avisei” até você voltar para o Céu.

— Por mim tudo bem.

— Idiota.

— Irritante.

Diana revirou os olhos e seguiu o caminho para dentro do restaurante novamente se sentando a mesa mais uma vez.

— Quero deixar avisado que se algo der errado e nos pegarem, mato vocês dois antes de ser presa.

— Qual é o plano, Dyllan? – Perguntei.

Me sentei a mesa pronto para ouvir a ideia mais idiota da minha vida tendo certeza que isso daria muito errado.

Anjo MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora