— Isso é completamente imbecíl, Dyllan. Lucas, diz para ele. – Diana gesticulava com um potinho de sal nas mãos.
— Eu concordo. É outra ideia idiota.
— Outra ideia? Do que você está falando?
— Não importa. – Disse Diana me lançando um olhar que dizia que não íamos discutir sobre aquilo. – O que importa é que isso é impossível.
— Gente presta atenção, é o único jeito já que vocês querem tanto a espada.
— Queremos a espada irmãozinho, mas isso é imbecíl demais. Até mesmo para você.
— Vai ser fácil gente. – Dyllan pegou uma batata e comeu.
— Claro que vai. Qual é a chance de roubarmos o cara mais rico de São Francisco e isso acabar mal? Claro que nenhuma. – Diana revirou os olhos e voltou sua atenção para o potinho de sal balançando a cabeça negativamente.
— Bom, ou é isso ou a gente bate na porta do cara e pede na maior educação. Vocês decidem.
Olhei para Diana fixamente. Ela sabia que eu estava começando a considerar o plano.
— Ah não. Lucas, não! Não podemos fazer isso.
— Ah sim. Diana, sim! Podemos sim.
— Você é mais idiota do que eu imaginava. Você é um... – ela se interrompeu – como pode cogitar essa idiotice?
— O garoto tem razão. É o único jeito.
Dyllan seguia nossa discurssão com os olhos, tentando achar uma brecha para opinar.
— Você é um imbecíl. Alías, os dois são. Dois imbecis. – Ela se encostou na cadeira e cruzou os braços.
— Posso falar com você um momento? Lá fora?
Diana se levantou pegando o celular e enfiando no bolso e eu a segui. Dois segundos depois ela se voltou para o irmão.
— Eu sei quantas batatas tem ai. Se você comer a minha...
— Já sei, você mesma se encarrega do meu funeral. Pode ir.
Ela virou de costas e foi para a porta do estabelecimento onde eu estava esperando.
— Você sabe que esse é o único jeito, não sabe?
— Lucas, isso não vai dar certo.
— Tudo bem, então a gente desiste e Lúcifer dizima toda a vida na Terra com seus Cavaleiros, evento esse do qual você fará parte e sendo assim, vamos ser obrigados a lutar até a morte. E comigo sem a espada e a graça, você me mata e Lúcifer vence. Fim da história.
— Não quero virar um Cavaleiro Infernal. – Ela abaixou o tom de voz. – E nem matar você...
— Então...?
— Tudo bem, vamos fazer isso. Mas se der errado – ela chegou um pouco perto e colocou seu dedo na altura do nariz – você vai me ouvir dizendo “eu avisei” até você voltar para o Céu.
— Por mim tudo bem.
— Idiota.
— Irritante.
Diana revirou os olhos e seguiu o caminho para dentro do restaurante novamente se sentando a mesa mais uma vez.
— Quero deixar avisado que se algo der errado e nos pegarem, mato vocês dois antes de ser presa.
— Qual é o plano, Dyllan? – Perguntei.
Me sentei a mesa pronto para ouvir a ideia mais idiota da minha vida tendo certeza que isso daria muito errado.
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Anjo Meu
Fantasy🔹TRILOGIA ANJO MEU - LIVRO I🔹 "[...] ela estava concentradíssima em limpar meu ferimento. Seus olhos castanhos escuros estavam focados e sua expressão mesmo séria, não conseguia esconder a garota alegre e divertida que ela era; seus lábios, os qua...