XXX - Los Angeles

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— Diana, não só porque ela diz que me conhece que você vai simplesmente deixá-la entrar em casa. – Falei fechando a porta.

— Ela me mostrou que era um anjo.

Diana começou a ficar brava. Sei disso porque ela estava batendo o pé repetidamente no chão.

— Uriel também era um anjo e te sequestrou. Acho que esqueci de mencionar que ele quase chamou Lúcifer para vir te buscar. – Comecei a gesticular com Mortalha como se fosse um lápis.

— Uriel claramente tinha problemas psicológicos e você quer abaixar isso?

Embainhei Mortalha e Diana ligou a Tv sentando-se na cama.
Não falamos nada por alguns segundos, até de eu começar a falar novamente.

— Vocês humanos são todos iguais.

— Você também é humano agora. – Ela surfava pelos canais de TV despreocupadamente.

— Meio humano. – Corrigi.

— Continua tendo humano na frase.

— Você é irritante, sabia?

— E você é um meio humano muito chato, sabia?

Ela era impossível, mas quer saber? Eu realmente gostava da companhia dela. Diana não era uma das pessoas mais calmas e serenas do mundo muito pelo contrário, ela se irritava fácil e isso basicamente que dava vida das nossas "discussões" diárias.

— Eu sei que estou parecendo controlador, mas odiaria ver você ser sequestrada por outro anjo psicótico ou pior, por um demônio.

— Você ainda se sente culpado por ontem, não é?

— Tem como não me sentir assim?! Foi meu descuido, minha culpa.

— Quantas vezes vou ter que repetir que não tinha como você saber, hein?!

— Mesmo assim eu já deveria ter imaginado.

— Eu estou aqui não estou? Não estou bem, viva e inteira?

— Sim, está mas...

— E quem foi que garantiu que eu continuasse assim? Quem foi que salvou a "donzela indefesa" do perigo? – Ela começou a rir.

— Diana...

— Não, eu quero ouvir você dizendo. Quem foi?

— Foi eu. – Sorri.

— Exatamente! Então por favor, esqueça Uriel e o que aconteceu ontem. O único culpado disso tudo foi ele mesmo.

— Promete para mim que vai tomar mais cuidado? – Me sentei ao lado dela.

— Você vai esquecer essa história?

— Huuum... talvez.

— Mas ta muito abusado esse menino... – Diana riu e eu fiz o mesmo.

Ficamos rindo por um momento até que lentamente, voltamos a ficar sérios novamente. O quarto ficou em silêncio e eu me senti nervoso. Como sempre acontecia quando ela estava perto. Me levantei meio sem jeito e sai do quarto.  Raquel estava sentada na sala me esperando.

 — General.

—  Raquel. Por que está aqui, Major?

— Como sabe General, toda missão tem sua equipe tática e a equipe de apoio. Faço parte da sua equipe de apoio.

— Ok, calma. Eu tenho uma equipe de apoio?

— Sim senhor.

— E onde vocês estavam esse tempo todo?

— Com o senhor. Gabriel faz parte da equipe, General. Ele que vem a campo quando o senhor precisa.

— Isso explica muita coisa. O que quer Major?

— O Marechal acha que encontrou a Chave, senhor.

— Acha? E pare de se dirigir a mim como "senhor". Não sou mais seu superior.

— Na verdade, Deus o fez cair e...

— Derrubado em combate. – Eu e Diana falamos em uníssono.

— Desculpe?

— Deus não fez ele cair. – Corrigiu Diana.

— E sim ser derrubado em combate. – Completei.

— Como quiser, nosso pai o fez ser derrubado em combate mas não o destituiu do cargo. O senhor ainda é General.

— Não sei se comemoro ou me jogo da ponte. Onde está a chave?

— Em um museu em Los Angeles.

— Ah, claro que está lá. Parece que o senso de humor é de família. – Diana revirou os olhos.

O senso de humor do meu pai era inacreditável. Esconder a Chave em Los Angeles, a cidade dos anjos. Só podia ser brincadeira.

Anjo MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora