Diana não tinha nenhuma arma e mesmo que soubesse lutar (muito bem por sinal), sem algo pontiagudo o suficiente para furar as carcaças putrefas dos demônios ela seria um alvo fácil. Precisava resolver isso, então abri a palma da minha mão esquerda e um brilho branco surgiu dela. O brilho se dissipou um pouco revelando dois objetos, duas adagas gêmeas. A lâmina dupla de prata celestial tinha um risco brilhando em azul, dos lados direito e esquerdo que iam até o cabo da adaga. No começo do cabo de bronze, logo depois da lâmina, um entalhe redondo com uma jóia transparente que dentro tinha uma névoa em azul celeste semelhante a graça, ligava o conjunto cabo e lâmina. Nas laterais do cabo, um detalhe pontiagudo deixava as adagas gêmeas ainda mais imponentes.
— Minhas primeiras armas. – Falei com orgulho.
— São... lindas! – Disse Diana maravilhada.
— São suas agora.
Antes que ela sequer pudesse responder, segurei as adagas e as entreguei nas mãos dela.
— Nunca dei um nome a elas. Talvez você possa fazer isso por mim.
Diana pensou por um momento. Quase pude ver as engrenagens girando no alto de sua cabeça e fumaça saindo dos ouvidos. Então, ela simplesmente olhou para as gêmeas e disse:
— Caríbds.
— Quem?
— Caríbds.
— Como o monstro mitológico grego?
— Exatamente. O nome delas vai ser Caríbds.
Ao redor da jóia com névoa brilhando dentro, letras em enoqueano brilhando em azul – o mesmo azul da névoa e das linhas nas laterais da lâmina – surgiram escrevendo um nome: Caríbds.
— Isso tudo foi mágico mas... temos que ir.
***
O centro de São Francisco estava um caos. Pessoas desesperadas para salvar suas vidas derrubavam umas as outras, afim de correm dos carros voadores sendo arremessados aos montes como se fossem bolas de boliche.
Diana segurava as adagas gêmeas, Caríbds, com tanta força que os nós de seus dedos estavam começando a ficar brancos. Ela estava apavorada e com toda a razão. E eu estava me sentido mal por isso. Comecei a pensar que trazê-la talvez não tenha sido uma boa ideia. Eramos os únicos correndo em direção a confusão. Todas as outras pessoas eram muito mais sensatas e corriam contra.— Diana! – Chamei por cima do barulho dos gritos e carros explodindo. – Talvez não seja uma boa ideia manter você e a Chave tão próximos. Lúcifer pode...
Não consegui terminar. Uma BMW veio voando na nossa direção. Só tive tempo de abraçar Diana, como se meu abraço pudesse protegê-la, e levantar o braço livre na direção do carro.
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Anjo Meu
Fantasía🔹TRILOGIA ANJO MEU - LIVRO I🔹 "[...] ela estava concentradíssima em limpar meu ferimento. Seus olhos castanhos escuros estavam focados e sua expressão mesmo séria, não conseguia esconder a garota alegre e divertida que ela era; seus lábios, os qua...