LXVIII - Enfim em casa

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Procurei Gabriel pelo Céu inteiro quando sai do escritório de meu pai e o encontrei fazendo sua atividade favorita: observando os humanos.

— E então? – Perguntou-me ele sem tirar os olhos dos humanos.

— Ele me designou para uma missão permanente.

— Aonde?

— Na Terra. – Sorri.

— Então você conseguiu!  – Ele voltou sua atenção para mim.

— Finalmente! Vim me despedir de você, irmão e agradecer por tudo.

— Você faria o mesmo por mim e eu estou feliz por você, Lucas. – Ele sorriu.

— Credo! – Levei uma mão a boca.

— O que? – Ele ainda estava sorrindo, rindo na verdade.

— Você ri! Cacete, você ri!

— Uma vez a cada milênio, caçula. Agora vá! – Ele fez um aceno de mão e um portal apareceu. – Receio que tenha alguém esperando você.

— Vou sentir sua falta. – Abracei Gabriel.

— Ah, você sobrevive.

Olhei para Gabriel e para o Céu uma última vez e atravessei o portal.

***

Era fim de tarde em São Francisco. O céu tinha assumido tons alaranjados enquanto o sol se punha no horizonte. Caminhei pelas ruas maravilhado com tudo que via, como se fosse a primeira vez que estivesse vendo tudo aquilo.

 Algumas quadras adiante, cheguei em frente a casa de Diana. Parei em frente a porta e respirei fundo, então bati na porta. Diana estava segurando uma xícara de café quando atendeu a porta. Seus olhos castanhos escuros brilharam quando me viram parado diante dela e um sorriso largo surgiu em seus lábios. Sorri para ela e tudo que eu consegui dizer foi:


— Não disse que ia voltar antes de você sentir minha falta?

Anjo MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora