XLII - Você é teimosa demais

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— Lucas! Ei, está me ouvindo?

— Eu.. . – pisquei os olhos com força – agora sim, estou.

— Graças a Deus. O que aconteceu?

— Lúcifer me mandou um recado. – Me levantei do chão e puxei Diana junto.

— Que tipo?

— Ele quer você e o Livro ou ele dizima a vida na Terra.

Conjurei Mortalha e comecei a andar em direção a porta.

— Você está indo aonde? – Perguntou Diana com um tom de desespero na voz.

— Atrás dele.

— O que? – Ela se pôs entre mim e a porta. – Mas não vai mesmo.

— Ele está destruindo São Francisco por minha causa.

— É uma armadilha, Lucas. Você não pode ir.

— Eu sei, mas não posso deixá-lo destruir essa cidade e machucar pessoas inocentes.

— É tudo um plano dele para pegar o Livro. Lucas, isso é suicídio.

— Eu tenho que ir, Diana. É a minha missão. – Tirei uma mecha de cabelo da frente do rosto dela.

— Você é burro? – Disse ela com lágrimas nos olhos. – Ele pode matar você.

— Preciso correr esse risco. Não posso deixá-lo destruir a cidade.

Olhei nos olho dela e voltei a me movimentar na direção da porta.

— Espera!

Me virei para atrás e vi Diana correndo na minha direção. Ela me deu um abraço apertado e logo em seguida um beijo.

— Ah cara, que nojo! – Disse Dyllan ao telefone. – Você está pegando a minha irmã! – Fui obrigado a sorrir enquanto beijava Diana.

— Se você quer se suicidar? Ok, mas você não vai sozinho. Sua missão é me proteger, então você não pode me deixar sozinha. Eu vou com você.

— É perigoso demais Diana. Ele quer exatamente isso.

— Você não vai sair desta casa sozinho. Ou você vai comigo ou não vai.

Fitei Diana por um momento. Era incrível o quanto ela conseguia ser tão teimosa e irritante ao mesmo tempo. Eu simplesmente adorava isso.

— No que esta pensando? – Diana levantou uma sombrancelha. – Nem pense em me deixar aqui.

— Estou pensando que você não aprendeu a lutar.

— Hããã...

— Vou ter que dar um jeito nisso.

Fechei os olhos e coloquei a mão sob a testa de Diana. Fiz uma cópia dos meus movimentos e conhecimentos de lutas com armas para ela. Só o suficiente para ela poder se defender e matar alguns demônios.

— O que você fez? – Pergunto-me olhando para a mão que eu havia acabado de tirar da testa dela.

— Ensinei você a lutar.

— O que? Tão rápido?

— Apenas copiei alguns dos meus movimentos de lutas com qualquer tipo de arma ou sem.

— Você não podia ter feito isso antes?

— Podia mas eu queria ensinar você.

— Eu também vou. – Dyllan falou ao telefone.

— Não! – Disse Diana. – Fique com os nossos pais. Eles estarão seguros com você por causa do símbolo de proteção que você tem.

— Ela tem razão,  Dyllan. Se você estiver perto deles eles estarão seguros.

— Eu sempre fico fora da diversão. – Choramingou.

— Dyllan, por favor. Isso não é divertido. Fique com eles e se acontecer algo...

— Não termine. – Disse Dyllan com pesar na voz. – Você mesma vai dizer o que quer que seja a eles.

Nos despedimos de Dyllan e Diana desligou o celular. Estávamos quase prontos para chutar o traseiro de Lúcifer. Só faltava uma coisa.

Anjo MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora