— O que você acha? – Perguntou Diana aparecendo do meu lado.
— Eu gostei. Ficou muito bom.
— Que bom que gostou, eu fiz para me lembrar de....
— Lucas! – Disse Dyllan. – Cara, como é bom te ver. Achei que você tivesse voltado para... você sabe, para lá. – Ele apontou para o céu.
— É bom te ver também. – Sorri.
— Então, você não voltou?
— Voltei mas...
— Então como você está aqui? – Perguntou claramente confuso.
— Dyllan, vai atender o caixa. – Diana apontou na direção da porta da loja. – Você disse que queria um salário, mas só vai receber um se trabalhar. Vai!
— Cara, achei que você fosse chata sendo irmã mais velha, mas como chefe você se supera.
— Que gracinha, – ela sorriu ironicamente – agora vai.
Dyllan apertou minha mão e foi para dentro da floricultura resmungando algo sobre ele querer ser o irmão mais velho por apenas um dia.— Você pega pesado demais com ele. – Sorri.
— O que? Lucas preocupado com o bem estar de um humano? Ai meu Deus, o inferno congelou! – Ela riu.
— Besta.
— Babaca.
— Ei, babaca não! – Protestei.
— Vem anjinho, vamos dar uma volta.
***
Eu e Diana resolvemos ir para o parque em que nos conhecemos. O Sutro Heights Park. O lugar era lindo a luz do dia. Era bem arborizado e tinha uma parte que tinha um daqueles binóculos que você põe ¢50 cents e consegue ver qualquer lugar por uma hora. Esse tinha visão para a baía de São Francisco.
Eu e Diana nos sentamos no muro perto do binóculo e olhamos o mar lá em baixo.— Como está lá?
— Não sei dizer. Mas lá não é mais o meu lugar.
O mar refletia a luz do sol e quebrava nas pedras abaixo de nós.
— E onde é seu lugar então?
— Você acreditaria se eu dissesse?
— Hum... me convença. – Disse ela sorrindo.
— Na Terra, com os humanos. Com você.
— Só não entendo o porque não podemos ficar juntos. – Diana olhou para o mar em busca de respostas.
— Por causa do nosso futuro.
— Perdão? – Seus olhos castanhos se voltaram para mim.
Contei a ela minhas brigas e conversas com meu pai, Gabriel, as visões de Lauriel e sobre o futuro Nefilim que poderia destruir o Inferno ou soltá-lo sobre a terra.
Diana colocou a mão sobre a barriga e respirou fundo.— Nós... nós vamos ter um filho?
— Se a visão de Lauriel estiver certa, sim.
— Puta...
— Merda. É, também pensei isso.
— O que vamos fazer?
— Criá-lo e torcer para que esteja do lado certo. Caso contrário teremos que...
— Por Deus, não termine.
— Obrigá-lo a estar do lado certo. – Sorri. – Era isso que eu ia dizer.
— Achei que você tinha perdido o juízo por um momento. –Ela respirou aliviada.
— Nunca tive juízo.
— Lucas! – Ela riu.
— O que? – Ri junto com ela.
Me aproximei de Diana e a beijei. A sensação era tão boa, era tão bom estar com ela nos meus braços mais uma vez que só me afastei dela minutos depois para recuperar o fôlego.
Segurei a mão dela.— Vamos resolver isso, ta bom? Eu prometo.
— Ta bom. Mas tenho que dizer uma coisa para você.
— O que?
Diana colocou a mão sobre a barriga e olhou para mim. Por um momento me passou pela cabeça que ela estava grávida e só de pensar na hipótese, meu coração quis saltar do peito.
— Você está...?
— Com fome? Muita. – Ela riu. – Mas não era isso que eu ia dizer.
— Quase me fez ter um infarto e anjos nem tem isso. – Sorri, embora devo admitir que me senti um vazio, porque queria que fosse verdade. – O que você ia dizer?
— Você está atrasado.
— É agora que você me mata? – Me levantei e puxei Diana junto.
— Está duvidando?
Olhei para trás de mim como se ela estivesse falando com outra pessoa.
— Está falando comigo? – Perguntei rindo.
— O que você acha?
— Acho que você poderia me beijar ao invés de me matar.
— Hum... é uma proposta tentadora, General. – Ela riu.
— Que tal se eu fizer... – um feixe de luz azul rompeu o céu atrás de Diana. – Merda!
— Se você fizer merda? Que espécie de proposta é essa? – Ela olhou por cima do ombro e fechou os olhos por um segundo. – Merda!
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Anjo Meu
Fantasy🔹TRILOGIA ANJO MEU - LIVRO I🔹 "[...] ela estava concentradíssima em limpar meu ferimento. Seus olhos castanhos escuros estavam focados e sua expressão mesmo séria, não conseguia esconder a garota alegre e divertida que ela era; seus lábios, os qua...