L - Por Diana!

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— Não! – Disse por fim.

Diana deu um suspiro aliviada embora estivesse com lágrimas nos olhos.

— O que foi? – Sorriu. – Achou outra vagabunda para satisfazê-lo? Esta aqui não serve mais? – Ele puxou o cabelo dela.

— O que disse? – Cerrei os punhos.

— Perguntei se achou outra vagabunda para satisfazê-lo? – Sorriu em deboche.

Avancei contra ele com o olhar fumegando de raiva, mas Lúcifer me advertiu.

— Ainda posso matá-la, General. Fique onde está.

— Escute bem – falei rangendo os dentes – vou matá-lo. Jurou por Deus que vou.

— Huuum, uma promessa. Estou morrendo de medo.

— Pergunte a seu irmão. Uriel lhe diria como são as promessas para mim se... bem, se ele não estivesse morto.

— Não brinque comigo, garoto. Não sou chamado de Diabo à toa. Agora o Livro ou...

— Ou o que? Está se escondendo atrás de uma garota? Olhe em volta, Lúcifer. Seu exército está sendo derrotado. Solte-a e talvez sua morte seja rápida.

— Eu ainda tenho o receptáculo. Vou achar um jeito de libertar meus Cavaleiros Infernais sobre a Terra. Enquanto eu tiver ela, terei uma chance.

— Você não vai me ter para sempre. – Disse Diana enojada.

— Ah não? Como sabe, criança?

— Porque você é um imbecíl.

Diana deu uma cotovelada em Lúcifer e puxou uma das adagas gêmeas, da bainha presa em sua perna.

— Lucas? – Chamou-me – Você é um idiota.

E então, com lágrimas nos olhos, ela enfiou uma das adagas contra o abdômen. Seu corpo pendeu para os lados e então ela caiu. Foi tudo tão rápido que paralisei por um segundo. Corri até ela e a tomei nos braços. Lúcifer voltou a forma infernal e fugiu em direção a Golden Gate. As nuvens se formaram ainda mais densas e os primeiros pingos de uma chuva fraca começaram a cair.

— O que você fez? – Coloquei a mão sob o ferimento para estancar o sangramento.

— Ele não tem mais o receptáculo. Ele... não tem mais nada.

— Shhhi... eu vou curar você, relaxe.

— Não! Mate-o primeiro. Não quero estar viva se ele vencer. Não quero virar um Cavaleiro Elemental.

— Elementar. – Sorri com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— Essa coisa ai mesmo. – Ela fechou os olhos por uns segundos e sorriu os abrindo novamente.

— Eu não...

— Lucas, vá. Não o deixe fugir. Não deixe minha morte ser em vão.

— Você não vai morrer.

— Então é melhor se apressar.

Peguei Diana no colo e voei até meu irmão que comemorava a batalha vencida sob os demônios. Mas assim que os anjos viram Diana nos meus braços, a comemoração cessou.

— Ela está... – Gabriel veio na minha direção.

— Não, só está inconsciente. Ela tentou se matar para acabar com os planos de Lúcifer.

— Deixe-me curá-la.

— Não. – Murmurou Diana. – Se Lucas não conseguir matá-lo, não quero que ele me pegue viva.

— Ei, não fale. Descanse. – Tentei.

— Até Lucas voltar, não quero ser curada. É... a minha vontade.

E assim Diana desmaiou mais uma vez. A deixei sob os cuidados de Gabriel e sai a procura de Lúcifer, prometendo a mim mesmo e a Diana que voltaria para salvá-la.

Anjo MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora