Ouvir a voz dela, mesmo que me insultando, era melhor que música para os meus ouvidos. Sorri agradecendo a tudo que vinha a minha mente. Até ao inventor do x-burguer eu agradeci.
Ajudei Diana a sair de dentro da fonte e se sentar na beirada. Não sei se era o brilho da fonte mas... ela estava linda. Os olhos castanhos brilhando a luz prateada do luar refletindo a água, o sorriso largo estampado em seu rosto... eu poderia ficar aqui por horas dizendo o quanto ela estava linda e ainda não seria o suficiente.— Como se sente? – Segurei a mão dela.
— Viva!
— Isso é bom, ótimo na verdade. – Sorri.
— Onde... que lugar é esse? – Diana passou os olhos ao redor e logo depois os repousou seu olhar para mim. – Ai meu Deus! Não me diga que...
— É, bem-vinda ao Céu.
— Meu Deus, é lindo!
— Digo a ele que gostou. Vamos, precisamos ir.
Me levantei do chão e ajudei Diana a se levantar da beirada da fonte. Quando me virei para a multidão de anjos, Miguel estava a frente dela com a espada de montaria em punho. Coloquei Diana para trás de mim e desembainhei Mortalha.
— Você sabe as regras General. Sem humanos em território celeste.
— Cara, eu matei dois Arcanjos com o intervalo de um dia entre um e outro. Não estou a fim de matar mais um, mas posso fazer uma excessão para você.
— Insolente...
— Seu merda...
— Tudo bem já chega os dois. – Disse uma voz familiar mas não tirei os olhos de Miguel. – Abaixem as armas. Miguel...
Miguel respirou fundo e revirou os olhos como se já tivesse recebido essa ordem milhares de vezes. Logo em seguida guardou a espada.
— Lucas...
Relutante, embainhei Mortalha com os olhos ainda faiscando de ódio.
— Você sabe as regras, não sabe?
— Sim, pai, eu sei mas...
— Pai? – Sussurrou Diana tentando enxergar o que estava acontecendo mas seus 1,63 metros de altura e minhas asas a impediram.
— Então porque você não as segue?
— Pai eu...
— Foi imprudente da sua parte e você sabe. Leve Diana de volta para a Terra. Conversaremos depois. O resto de vocês volte para seus postos e afazeres.
— Pai eu só a trouxe aqui porque precisava...
— Não quero explicações agora, Lucas. Pelo menos uma vez na vida, faça o que eu estou mandando. Vá!
Deus apontou para um ponto no chão feito de nuvens e um buraco com uma luz azul brilhando nas bordas surgiu, dando vislumbre de São Francisco.
Assenti para meu pai acatando sua ordem e me virei para Diana lhe dando visão ao que estava acontecendo. Ela arregalou os olhos quando viu Deus e então olhou para mim e franziu as sobrancelhas.— Vocês não se parecem.
— Amém!
— Lucas, o que...
— Precisamos ir. Te explico depois, prometo.
Tomei Diana nos braços mais uma vez e pulei no pequeno portal – aos gritinhos abafados de Diana – recentemente aberto no chão.
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Anjo Meu
Fantasy🔹TRILOGIA ANJO MEU - LIVRO I🔹 "[...] ela estava concentradíssima em limpar meu ferimento. Seus olhos castanhos escuros estavam focados e sua expressão mesmo séria, não conseguia esconder a garota alegre e divertida que ela era; seus lábios, os qua...