Bônus - Passado

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Todo o reino estava de luto pela morte do rei. O silêncio que se estabeleceu no palácio era maçante e ninguém ousava dizer palavra alguma sobre os eventos dos últimos dias.

Na ala leste, em seus aposentos, onde somente ela poderia estar, uma mulher sorri para seu plano perfeito. Tudo corria conforme o planejado e em pouco tempo ela teria tudo que sempre sonhou. Finamente sua vingança começa a ganhar forma e um por um, os peões seguem seu curso.

Saber tudo que ela passou para chegar onde chegou, todos as humilhações, todos os sacrifícios, todos os obstáculos, só lhe dão ainda mais certeza de que está onde deveria estar, tendo tudo que ela sempre mereceu e que lhe foi privado.

Em pensar que tudo poderia ter sido mais fácil, se ela simplesmente tivesse dado ouvidos a sua mãe quando teve chance.

**Hoslo 1982....**

Amélia se olhava no espelho, contemplando o esplendor que lhe foi concedido com muito esforço e trabalho duro. As horas gastas em seus cabelo e maquiagem para estar totalmente perfeita e resplandecente como naquele momento, valeriam cada minuto quando o príncipe a visse. Tudo que ela tinha que fazer era ser perfeita.

 Tudo que ela tinha que fazer era ser perfeita

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_ Você está encantadora minha querida. - Ela olha para mãe através do espelho e sorri vitoriosa por receber um elogio da mulher que, para ela, era um exemplo de beleza e poder.

_ Obrigado Duquesa.- Amélia se levanta e faz uma breve reverência.

_ Seu carro a espera e como prometido, seu pai conseguirá a oportunidade necessária para que você fique a sós com o príncipe, então aproveite e não estrague tudo. Lembre-se que o que está em jogo é tudo o que nós sempre sonhamos. - Diz a duquesa se aproximando da filha.

_ Não vou desapontar.

_ Senhorita.- A voz delicada e serena de Elizabeth soa pelo quarto como um cântico suave e as duas mulheres olham para ela. - O duque me pediu para chama-las.

_ Você está pronta?- Amélia pergunta para sua dama de companhia e única amiga.

_ Sim duquesa.

_ Então podemos ir. - Ela se dirige a porta vendo sua amiga ir em sua frente, mas antes que possa segui-la, sua mãe lhe segura o braço, fazendo com que ela pare.

_ Você não deveria leva-la. - Disse a Duquesa olhando a bela moça de pele clara, cabelos escuros como a noite e olhos tão enigmáticos, que não se pode saber se são castanhos ou verdes.

 - Disse a Duquesa olhando a bela moça de pele clara, cabelos escuros como a noite e olhos tão enigmáticos, que não se pode saber se são castanhos ou verdes

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_ Elizabeth é minha dama de companhia, não vejo nada de mais na companhia dela também nesse evento. Nós sempre estamos juntas. - Amélia fala com a mãe, sem entender o por que de tanto alvoroço com algo que para ela, é tão comum.

_ Não se pode negar a beleza de Elizabeth, mesmo com as roupas mais simples ela ainda reluz aonde passa e leva-la para o palácio não me parece a melhor opção.

_ Não seja tola mamãe, Elizabeth jamais seria uma ameaça para nosso planos. Ela é apenas uma dama.

****** Hoje em dia******

Apenas uma dama....

As palavras dela se repetiam em sua mente como uma forma de punição por não ter percebido o óbvio enquanto era tempo.

Ela se lembrava claramente de cada dança ao qual foi privada para que sua dama dançasse com o príncipe. Lembra-se do momento que viu os dois pombinhos desaparecerem em meio a multidão, se lembra de cada palavra e promessa proferida por ele em meio ao jardim para aquela que deveria ser sua amiga e que naquele momento a traía descaradamente, lembrava da humilhação que sofreu ao ver o príncipe pedir a mão de sua dama em frente a sua casa, para que todos vissem e zombassem dela.

Eles mereceram.... - Sua consciência lhe dizia. - Receberam o que lhe era devido e agora você tem tudo.

Batidas na porta a trazem de volta de seus pensamentos e com um único "entre" ela soube que seus planos estavam ameaçados.

_ Esse homem disse que tinha algo de extrema urgência para lhe dizer minha rainha. - O guarda lhe fala.

_ Deixe-nos. - Ela lhe responde e assim que o guarda se vai, ela foca toda sua atenção para o homem a sua frente.- O que faz aqui?

_ É assim que recebe seu próprio irmão.- O homem fala a ela, com um sorriso debochado.

_ Figa logo o que quer e volte para o inferno de onde você saiu. - Suas palavras eram frias.

_ Eu trago uma mensagem de Hoslo.- Ele fala enquanto anda pelo quarto observando tudo que a mulher a sua frente foi capaz de conquistar, enquanto sua própria família vive de migalhas.

_ Pois então diga.

_ Ela acordou.

Uma princesa GG 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora