Após uma grande desilusão com o Principe de sua vida, Ametista retorna para casa, onde uma series de desventuras a espera....
O que esperar do futuro, quando o mundo resolve cair sobre sua cabeça e o que fazer quando o homem a quem você jurou nunca...
A noite caótica e fria naquele lugar, não se diferenciava em nada das outras, mas algo não era o mesmo.
Dentro da cela mais distante e escura de todas, a rainha deposta sorria sabendo que aqueles seriam seus últimos minutos no que poderia ser classificado como o inferno na terra. Seu corpo dolorido pelas longas noites sem dormir, e dias que pareciam durar uma eternidade não lhe fariam nenhuma falta, mas quando tudo se findasse o silêncio que até então era seu único amigo deixaria de lhe fazer companhia dando lugar ao caus.
Fora dos muros, longe do barulho da cidade uma luz era tudo o que se via além da escuridão. Homem armados e sem escrúpulos, esperavam pela ordem que viria do outro lado do mundo. Era chegado o momento de agir e munidos de coragem e armamento pesado eles marchavam em maio a floresta que cercava o lado mais afastado do Palácio.
Um único tiro foi o suficiente para atrair a atenção dos guardas que cercavam aquela área os levando para uma armadilha e antes que pudessem prever o que aconteceria, uma explosão foi ouvida, longe o suficiente para acordar os criados, mas não tanto para afetar a família real que dormia serenamente em suas camas.
Os guardas estavam mortos, seus corpos espalhados por toda parte e em meio ao caus estava ela, com o mesmo sorriso contido de sempre, apenas contemplado os primeiro raios de sol dispontarem no horizonte. Um novo começo.
_ Seu sobrinho nos ordenou que a levassemos até o heliporto em segurança, a senhora sairá do país em algumas horas. - Um dos homem, mas velho que os outros, fala com ela lhe tirando de seu momento de contemplação.
_ Quem é você? - Ela pergunta testando sua voz que a muito tempo não era usada.
_ Jason.
_ Jason, meu sobrinho deveria saber que não sou o tipo de mulher que recebe ordens. Vamos para Willbrook, temos mais alguém para libertar.
***Hospital Psiquiátrico Willbrook***
O jovem que antes era perturbado com seus próprias fantasmas de inveja e cobiça, dormia tranquilamente em sua cama agora sem mais sedativos. Apenas seus próprias pensamentos e sonhos o velavam e isso sem sobra de duvidas era motivo de alegria.
Os primeiros raios solares já adentravam a janela sem cortinas e o som leve de batidas na porta o despertaram sem muito esforço. Seus olhos se abriram no exato momento que o motivo de todos os seus sorriso adentrou o quarto em seu costumeiro uniforme de bichinho e sorriso acolhedor, lhe trazendo conforto para mais um dia naquele estranho e ao mesmo tempo reconfortante lugar.
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_ E como estamos hoje? - Ela pergunta, se sentando ao lando dele na cama e lhe entregando o copinho com seus comprimidos matinais e uma garrafa com água.
_ Minha cabeça dói, mas gosto de acordar lhe vendo sorrir de manhã. - Ele fala com um amplo sorriso que encabula a moça a deixando vermelha.
É impossível negar a beleza daquele rapaz, mas a historia que o levara até ali também era inegável e apesar de estar se interessando por aquele paciente que tanto a intrigava, a moça sabia que não deveria cruzar a fronteira, pois uma atitude assim poderia lhe custar sua carreira ou algo mais.
_ A dor de cabeça vai passar, você está se adaptando a ficar sem os sedativos e isso tem algumas consequências. - Ela fala de maneira profissional, mas sorri discretamente para ele. - O Dr.Jones virá ve-lo mais tarde. Você melhorou bastante, talvez ele libere sua saída desse quarto.
A confiança na voz da moça despertava nele uma esperança que não lhe pertencia, não depois de tudo que fez a sua própria família....
_ Você é uma boa moça Ailyn, mas o doutor Jones sabe que não posso sair desse quarto. Não é seguro para mim lá fora, nem para os outros. - Ele fala cabisbaixo, mas ao sentir a mao da moça sobre a sua, um calor estranho em seu coração o aqueceu.
_ É uma pena. Tenho certeza que o jardim gostaria da sua companhia e eu também. - A última parte sai baixa mas ele consegue ouvir, o que lhe traz um largo sorriso para o rosto. - Tenho que ir agora, mas virei trazer seu café da manhã daqui a pouco.
Ela se levanta para sair mas ele segura sua mão fazendo com que ela lhe olhe nos olhos.
_ Obrigado. - Ele fala sinceramente.
_ Pelo quê?
_ Por me tratar como uma pessoa normal. - Ele fala com um sorriso tímido dançando em seus lábios.
_ Por que eu te trataria diferente. Você parece bem normal pra mim. - Ela sorri e em seguida vai embora, o deixando para trás com um largo sorriso e aquele sensação de aquecer o coração.
_ Será que estou ficando ainda mais louco.
👑👑👑
****no castelo****
A rainha andava de um lado para o outro tentando controlar seu estado de nervos após a noticia que recebeu. O homem ferido a sua frente aguardava sua próxima ordem e se fosse em outros tempo este já teria sua cabeça arrancada após trazer noticias tão ruins.
_ Guardas! - Ela grita e em poucos segundos dois soldados já estão em sua frente. - Levem o soldado Sposito para a enfermaria por favor. - Sua voz era contida, mas ao mesmo tempo cortante o suficiente para que os três saíssem da sala o mais rápido possível.
Agora sozinha com seus pensamentos, a rainha se via em desespero e só havia uma coisa a fazer.
_ James...- Ela chama pelo mordomo que logo se materializa ao seu lado como um fantasma surgindo das sombras.
_ Majestade. - James faz sua reverencia habitual.
_ Me liguei com meu irmão, por favor. Acho que precisaremos dos serviços da ERFE mais uma vez.
