50. Primeiro dia

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Olho para minha amiga, chorando ao lado do homem que ama, e um aperto no peito me faz querer Philip ao meu lado. Não sei o que seria de mim se algo assim acontecesse com ele.

_ Amber... - Chamo mais uma vez por ela e seu olhar triste de encontro aos meus olhos só aumenta minha agonia. Eu só queria poder ajuda-la, mas não a nada que possa fazer por eles e isso é quase uma tortura para mim.

Vejo ela andar até onde estou com a dor estampada em seus olhos e assim que ela sai do quarto, eu a abraço de lado.

_ Ele vai ficar bem. Só precisa de tempo para se recuperar, a final ele é o filho de Odin. Seu Thor não vai ser vencido por um acidente de carro. - Faço graça, enquanto a levo de volta ao seu quarto e recebo um pequeno sorriso em resposta. - Ele não desistiria de você. Não depois de todo esforço que teve para te conquistar.

_ Você é uma ótima amiga, Amy. - Ela fala, enquanto eu a ajudo a se sentar de volta na cama hospitalar.

_ Eu tenho meus momentos. - Sorrio para ela. - Agora eu vou sair pra procurar seu médico e ver se nós podemos ir para casa. A comida daqui é horrível e você está necessitando de um pote generoso de sorvete.

_ Você é a melhor. - Ela fala rindo abertamente antes que eu saia do quarto e isso aquece meu coração.

Ando pelos corredores procurando por Conrad e o encontro na área externa do refeitório, falando irritado ao telefone. Eu não deveria escutar sua conversa, mas ele não percebeu minha presença e eu sou curiosa de mais para simplesmente ir embora. Não é como se eu estivesse me escondendo ou algo assim.

_ Como assim ainda não saíram? - Ele fala tentando conter o ódio para não gritar. - Não estou nem ai para o que ela disse. Eu pago a merda do salário de vocês para que obedeçam as minhas ordens, NÃO PARA QUE SE DEIXEM MANDAR POR UMA MULHER QUE, DEFINITIVAMENTE NÃO ESTÁ EM SEU JUÍZO PERFEITO. - Ele grita e eu me assusto com a agressividade que saia de sua voz. - Eu juro que se não devesse minha vida a ela, eu deixaria que fosse presa novamente e quem sabe dessa vez eles não a execut.... - Ele se vira em minha direção e assim que me vê, se assusta. - Eu tenho quer ir agora. Me mantenha informado.

Assisto, enquanto ele guarda o celular e suas feições, antes assustadas, parecem terrivelmente calmas agora.

_ Ametista.... - Ele fala com um largo sorriso, que mesmo tentando ao máximo, é um sorriso forçado. - Está ai a muito tempo.

_ Eu acabei de chegar. - Minto com tanta naturalidade que me assusto. - Estava te procurando para perguntar se a Amber já pode ir para casa.

_ Eu estava indo para lá agora mesmo, por que não vamos juntos e eu te explico tudo no caminho. - Ele fala com naturalidade e mansidão, como se não estivesse prestes a esfolar alguém a minutos atrás.

_ Vá na frente doutor. - Dou espaço para que ele siga em minha frente e enquanto andamos e ele fala, minha mente viaja em possibilidades.

Talvez o bom e confiável doutor, não seja nem tão bom, nem tão confiável assim.

👑👑👑

Espero até que Amber se despeça de Escott e aproveito esse tempo para chamar um táxi para nós. Luna foi para casa dela, parece que ela tinha coisas a resolver com meu irmão que não podem ser adiadas e eu deixei Alfred a disposição de Rosa hoje. Ela sairá com as crianças para comprar roupas novas e brinquedos, afinal eles não podem continuar vestindo camisas do Philip e brincando com bolas de meia para sempre.

Uma princesa GG 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora