Uma princesa GG 2

31. Ceia de Natal

A ceia foi regada de boa conversa e excelente comida, mas mesmo em meio a toda felicidade que estou sentido, um sentimento de angústia e tristeza não me abandona ao lembrar de um rosto que não está presente e que com toda a certeza, ficaria muito feliz se estivesse aqui.

_ Também sinto falta dela. - Luna me abraça de lado, enquanto contemplamos o fogo na lareira queimar a madeira e aquecer nossas almas.

_ Ela ficaria feliz se soubesse que suas duas filhas do coração, estão noivas e felizes. - Falo melancólica.

_ Ficaria sim.

_ Eu já aguentei tempo de mais, quero abrir meus presentes. - Lily grita impaciente e todos nosso rimos, liberando a entrega dos presentes.

Levanto para pegar os meus presentes que estão escondidos no closet, mas assim que me levanto, uma tontura me faz voltar a sentar e em seguida, aquela conhecida pontada no pé da barriga faz com que eu me curve de dor.

Fecho os olhos e tento respirar fundo como o doutor Miguel me ensinou e aos poucos a dor vai diminuindo, mas não se vai totalmente. Quando abro os olhos doze pares de olhos me observam preocupados.

_ Podem respirar agora. Eu estou bem. - Falo para acalma-los, mas essa dor, mesmo que pequena, está me deixando preocupada.

_ Tem certeza de que está bem? - Philip me pergunta se abaixando em minha frente e olhando dentro dos meus olhos. - Acho melhor você ir descansar, foram emoções de mais por um dia.

_ Eu estou bem Phil, foi só uma pontada, mas já passou. Vamos abrir os presentes. - Mudo de assunto para que ele não perceba que estou mentindo, mas sei que não sou convincente o suficiente e ele passará o resto da noite me observando. - Você pode buscar meus presentes lá no quarto por favor, estão dentro do closet.

_ Eu já volto. - Ele fala se levantando e indo em direção ao corredor e eu aproveito para voltar a respirar fundo, enquanto todos estão distraídos abrindo seus presentes.

Vai ficar tudo bem.....vai ficar tudo bem.... Vai ficar tudo bem.....

👑👑👑

Philip

Me despeço de Amber e Escott, que para variar estão brigando e em seguida vejo Amy abraçar o irmão e Luna, que também estão de partida. Estou preocupado com ela, nada me tira da cabeça que ela está me escondendo alguma coisa, mas decido deixar por isso mesmo, ao menos por agora.

_ Filho eu vou colocar essa garotinha na cama e vou me deitar, porque apesar de parecer nova, eu sou uma senhora cansada e preciso das minhas oito horas de sono para me sentir bem amanhã. - Minha mãe me dá um beijo na bochecha e eu ainda posso ouvir os protestos sonolentos de Lily, antes que as duas desapareçam no corredor que as levará aos seus respectivos quartos.

Fico feliz em saber que Liliana está sendo tão bem cuidada por minha mãe, porque apesar de não demonstrar, Lily foi quem mais sofreu em meio a toda essas mentiras e mudanças. Ela só tem onze anos e ter o pai morto, presenciar uma invasão, e saber que a mãe e o irmão estão presos, não é algo fácil de se lidar, mesmo para um adulto.

_ Ela tem sido bem forte, com tudo. - Elena fala olhando para o mesmo lugar que eu. - E nossa mãe encontrou nela, uma forma de recuperar o tempo que perdeu conosco.

_ Elas tem uma a outra para ajudar a lidar com seus traumas e isso é bom. - Falo me virando para ela, que sorri de lado.

_ Acho melhor você levar a dona teimosia para dormir, ela não me parece muito bem. - Elena olha para trás de mim e eu sei exatamente de quem ela está falando.

_ Boa noite Ely. -  Falo lhe dando um beijo no rosto e indo em direção a minha mulher, que está ajudando Rosa a tirar os pratos da mesa. - Você não tem jeito mesmo. - Falo em seu ouvido, a fazendo dar um pulinho de susto. - Vai descansar, eu termino isso aqui.

_ Eu ainda não estou cansada. - Ela fala sorrindo, mas eu posso ver em seus olhos que não é verdade.

_ Rosa, deixa isso para amanhã e vai descansar você também, já está tarde. - Falo com a Rosa, que está bocejando ao meu lado enquanto recolhe os pratos.

_ Você tem razão menino, amanhã eu cuido disso. Boa noite crianças. - Ela fala indo em direção a porta.

_ Boa noite Rosa e não precisa se preocupar em chegar cedo, duvido que alguém acorde para o café da manhã. - Amy fala como a dona da casa e eu sorrio para uma realidade não tão distante.

_ Boa noite Rosa. - Falo, antes que ela feche a porta e em seguida eu pego minha mulher nos braços e a levo para o quarto, mesmo contra a sua vontade.

Eu nos levo direto para o banheiro e encosto a porta com o pé antes de coloca-la sentada ao lado da banheira e ligar a água morna.

Tiro minha camisa, meus sapatos, meias e minha calça, ficando apenas de cueca, enquanto ela me observada mordendo os lábios.

_ Nem pense nisso mocinha. - Falo bem perto do seu ouvido, enquanto desligo a água e a vejo arfar. - Hoje nós só vamos tomar um banho e ir para a cama. Vamos ter muito tempo para fazer isso que você está pensando.

_ Eu n-não e-estou pensando em nada. - Ela gagueja um pouco e eu sorrio. - Você é o pervertido da nossa relação, não eu.

_ Nesse caso, levante os braços. - Falo e ela obedece sem pestanejar, eu puxo seu vestido para fora do seu corpo, a deixando apenas de calcinha, sutiã e sapatos. Linda.

Me ajoelhou a sua frente e coloco um se seus pés em minha coxa, enquanto abro a fivela de seu sapato tirando-o e fazendo a mesma coisa com o outro, depois eu me levanto e a ajudo a tirar sua roupa íntima antes que ela entre na banheira. Nunca tive tanto alto controle na vida e talvez não tenha futuramente, mas hoje eu só quero cuidar dela e ter certeza de que está tudo bem.

Seus olhos estão fechados e ela parece relaxada quando eu finalmente tiro minha cueca, entro na banheira e me sentando atrás dela. Ametista se encosta em meu peito e eu posso sentir seu cheio tão característico de torta de maça com canela, enquanto ela suspira tranquila.

Passo a mão por sua cintura a apoiando em seu ventre redondo e posso sentir os movimentos que nossos filhos fazem na barriga da mãe.

_ Vai ficar tudo bem agora, não é? - Ela me pergunta colocando a mão sobre a minha.

_ Vai ficar tudo bem.