72. Os Vilões

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Olho atentamente para o homem ao longe e não posso acreditar no que estou vendo. Ele deveria estar morto, assim como todos os outros, mas se ele está aqui, isso que dizer que ela também está.

Levanto do banco, já tirando meus sapatos e começando a segui-lo de longe, é quando percebo que ele não está sozinho. Há uma mulher com ele, mas eu só consigo discernir quem é até que ambos passam em frente a luz e isso me faz parar por um segundo.

_ Elizabeth... - Sussurro baixo quando vejo o homem praticamente arrastar minha sogra por entre um caminho que conheço bem e praticamente tenho que me jogar em meio as arvores, para não ser vista quando ele se vira.

Começo a andar pelo meio da pequena mata, ainda os seguindo, mas não preciso nem olhar sua direção. Eu sei para onde estão indo e quando chego posso vê-la, com seu sorriso diabólico e frio de sempre, mas seu olhar parece mais louco do que nunca.

_ Olha só o que o que meu cãozinho me trouxe.- Ela ri dissimulada e eu vejo minha sogra olhando para ela com ódio. - Sentiu saudades? - Amélia aperta as bochechas de Elizabeth e eu posso ver suas longas unhas perfurando a pele da minha sogra. - Sabe.... de tudo que eu já fiz em minha vida, eu só tenho um único arrependimento. - Ela segura a garganta de Elizabeth e começa a apertar. - Eu não te matei quando tive chance. - Ela solta e eu vejo minha sogra cair ao chão, se curvando para frente e tossindo. - Eu queria que você sofresse e ainda quero. A diferença e que você não sairá viva dessa vez. Está tudo pronto Jason? - Ela pergunta sem olhar para o homem.

_ Tudo como ordenou. - Ele fala tranquilamente e eu particularmente não consigo entender como alguém pode ser tão frio quanto esses dois. - Assim que der o sinal, tudo irá pelos aires. - Escutar suas palavras me fazem tremer e quase entrego minha localização.

A ideia de que todos estão em perigo me preocupa, meu filhos estão lá, minha família, mas tenho que ter foco ou tudo estará perdido.

_ Não sejamos precipitados, meu caro, ainda faltam algumas horas para o grande momento e até lá, eu tenho outros planos para a minha amiga de infância. - Ela ri mostrando todos os dentes e eu me arrepio mais uma vez. - Leve-na para dentro.

Jason vai até Elizabeth, pegando-a como um saco de batata e a jogando sobre seus ombros, como se não pesasse nada. Liz se debate, enquanto está sendo carregada para dentro do chalé de vidro e eu tenho que andar um pouco mais, para poder ver o que acontecerá a seguir.

De onde estou, eu posso ver tudo o que acontece lá dentro, mas não posso ouvir e nem preciso. Vejo Jason joga-la ao chão e em seguida ele está rasgando seu vestido, enquanto ela tenta se desvencilhar de suas mãos. Ando mais para perto, ainda em meio as sombras e sei que se não fizer algo agora, não terá mais jeito. Fiquei presa a Amélia o suficiente para saber o que ela pretende fazer, mas não permitirei que isso aconteça.

Corro para o outro lado do chalé. E quebro alguns galhos no caminho, chamando a a atenção deles. Faço mais algumas vezes, até ver o homem grande e assustador sair ao deque de madeira e olhar para todos os lados. Saio do meio das sombras, para que me veja e quando o faz, sei que tenho que começar a correr, porque ele vem atrás de mim.

Ele tem uma arma, eu à vi, mas sei que não vai atirar. Isso chamaria a tenção dos guardas e estragaria tudo o que aquela louca planejou.

Entro em meio aos arbustos altos, sabendo que ele não está muito longe, mas agora ele está no meu território e para seu azar, eu adoro labirintos.

Corro pelo caminho que decorei quando estive aqui pela primeira vez e sorrio vitoriosa, quando vejo a fonte dos cavaleiros.

A estrutura com o formato da rosa dos ventos visto de cima, com uma donzela de porcelana deita ao centro e quatro armaduras de ouro completas, uma em cada ponta da "rosa", ainda me encantam e como estou com alguns minutos de vantagem, eu me permito apenas observar.

Uma princesa GG 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora