42. Mocinhos e Vilões

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Saio de perto de Afonso andando rápido e apesar de saber que não ficarei com raiva para sempre, agora tudo que quero é poder respirar ar fresco e pensar em tudo o que descobri.

Saio do elevador na garagem, tentando evitar os fotógrafos e já estou quase na área externa quando sinto alguém tocar o meu braço. Olho assustada, mas assim que vejo aquele sorriso largo e marcante, eu respiro aliviada.

_ Pensei que a festa fosse lá em cima? - Conrad fala com humor.

_ Eu não sou muito adepta a festas. - Falo com um meio sorriso. - Mas o que faz aqui, não sabia que era um fã de jóias? - Mudo de assunto, enquanto continuo andando e ele me segue.

_ Eu vim representar o hospital. Os donos da Cristal doaram todo o dinheiro dessa coleção para a área de câncer. - Ele fala, enquanto se senta ao meu lado em uma mureta baixa, na área descoberta da garagem.

Fico surpresa e ao mesmo tempo, muito feliz, por ter certeza que Philip tem parte nessa iniciativa. Quem diria que o homem arrogante e prepotente que conheci a sete meses em meu café, pudesse se tornar alguém tão diferente e altruísta.

_ Finalmente te achei. - Vejo Philip vir correndo em minha direção e eu me levanto dando alguns passo até ele. Assim que ele para em minha frente, eu o abraço desajeitada pela barriga. Sei que ele não está nem um pouco feliz por me ver com Conrad, mas me conhece bem o suficiente para saber que brigar comigo não resolve nada. - A Luna me contou o que aconteceu. Como você está? - Ele pergunta, ainda sem me soltar e eu posso sentir um beijo terno em meu cabelo.

_ Cansada, magoada, mas vou ficar bem. - Falo a ele com sinceridade.

_ Você quer ir para casa? - Ele me pergunta calmante.

_ Quero. Mas você é o anfitrião dessa noite e não é justo você ter que sair no meio apenas porque eu briguei com meu irmão. Você tem feito tanto por mim, já passou da hora de retribuir.

_ Você ainda não entende, não é?! - Ele me afasta um pouco e eu posso ver seu sorriso que tanto aquece meu coração. - Nada é mais importante para mim do que você e a melhor forma de retribuir é estando ao meu lado e me permitindo te fazer feliz. Então se o que te fará feliz é ir para casa, eu te levarei. Simples assim.

Eu não consigo conter o sorriso depois dessa declaração.

O que foi que eu fiz para merecer esse homem?

Eu não faço ideia, mas obrigado universo e obrigado Deus, por me permitir viver esses momentos. Depois de todo o sofrimento que passei, viver momentos como esse é reconfortante e me fazem pensar, que talvez uma órfã largada na vida, pode sim ter um final feliz.

Beijo Philip apaixonadamente e enquanto o beijo se prolonga, eu me esqueço complemente do mundo a minha volta, ou dos problemas que insistem em rondar minha mente. Tudo que consigo pensar é no tamanho do amor que sinto por esse homem, que apesar de imperfeito, me faz tão feliz.

_Você já me faz a mulher mais feliz do mundo e é por isso que vamos ficar e aproveitar a noite. Vou deixar meus problemas familiares para amanhã. - Falo assim que nos afastamos.

_ Tem certeza? - Ele pergunta levemente desconfiado.

_ Vamos logo, antes que a Amber invente uma tortura dolorosa e longa para você por abandona-la lá em cima sozinha.- Falo com humor.

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