Uma princesa GG 2

55. Vai ficar tudo bem

_ Philip isso é loucura, nenhum piloto em sã consciência, aceitaria voar em meio a um temporal como esse. Espere até amanhã, quando o céu estiver limpo.

_ Eu não posso esperar mais Elena, Amélia já deve estar na América nesse momento e minha família corre perigo. - Falo, enquanto termino de fechar minha mala.

_ Sua família precisa de você vivo. O que está tentando fazer é suicídio. - Elena tenta me convencer da loucura que estou prestes a fazer, mas minha mente está focada em voltar para casa o mais rápido possível e se tiver sorte, conseguirei fazer isso antes que amanheça.

_ Elena...- Paro o que estou fazendo e me viro para olhar dentro dos seus olhos, para que ela entenda de uma vez, que não existe uma maneira de me convencer a ficar - Eu tenho que ir.

_ Você é um idiota, cabeça dura e vai acabar morto por isso. - Ela esbraveja alto e quando penso que ira embora, Elena me surpreende com um abraço apertado. - Por favor, se cuida.

_ Não se preocupe, eu vou ficar bem. - Falo retribuindo o abraço e só solto-a, quando escuto batidas na porta. - Pode entrar.

_ Majestade, o carro chegou. - Henry fala, entrando no quarto.

_ Eu já estou indo. - Falo pegando minha mala, saindo do quarto e sendo seguido por Henry e Elena.- Sua malas estão prontas? - Pergunto para Henry e vejo Elena bufar ao nosso lado.

_ Nina as arrumou desde o dia que a rainha nos deu a permissão para ir com o senhor. - Ele fala sorrindo e eu faço o mesmo.

_ Isso é muito injusto, além de péssimo irmão e suicida, você ainda vai levar meus melhores funcionários para a América. - Elena fala com falsa indignação e isso me faz gargalhar.

_ O que posso fazer se sou o preferido de todos, irmãzinha. - Implicou mais com ela e a vejo fazer uma careta infantil.

_ Pensando bem, seu avião cair no mar não me parece mais tão ruim.

_ Não fale isso nem de brincadeira Elena. - Nós ouvimos a voz da nossa mãe e nos viramos em sua direção a tempo de ver Lili e ela se aproximarem com expressões nada felizes. - Seu irmão pode ser um inconsequente sem juízo que está testando meu frágil coração, mas ele não merece um fim como esse. Nós já temos nossos inimigos para desejar nosso mal e eles não precisam de ajuda.

As palavras da nossa mãe foram como um tapa de luva em nós dois e por um segundo, eu voltei a me sentir o mesmo menino inconsequente de anos atrás.

_ Desculpa mãe.- Eu e Elena falamos juntos, como a muito tempo não fazíamos e recebemos um sorriso terno dela em troca.

_ Está tudo bem. - Ela fala estendendo os braços e nós a abraçamos, como duas crianças sedentas por carinho, o que é esquisito e reconfortante ao mesmo tempo.

_ Majestades. - A voz de James faz com que nos afastemos. - A chuva parou meu príncipe, e se pretendem voar ainda hoje, eu recomendo irem agora.

_ Obrigado pela recomendação James. - Falo para o senhor pálido a minha frente e observo enquanto ele faz uma breve reverência e vai embora, sumindo nas sombras. - Sinistro... .- Falo baixo e olho para Elena, que parece pensar o mesmo que eu. - Henry, vá buscar sua esposa. Diga que já vamos partir.- Falo para o rapaz ao meu lado e ele também sai apressado, mas ao contrário de James, nós podemos vê-lo virar o corredor, antes de sumir do nosso campo de visão. - Agora eu tenho realmente que ir.- Olho para as mulheres da minha vida e as abraço novamente.