Uma princesa GG 2

59. Tortura

( escute a musica a partir daqui - Send my Love -Adele)

Não sei quantas horas se passaram desde o momento em que Conrad foi embora, tudo que sei, é que não consegui pregar os olhos, nem um segundo, desde então. Estou exalta tanto física, quanto emocionalmente e saber que a cada minuto que passa, pode seu meu último, não ajuda em nada.

Escuto a porta do meu cárcere ser aberta e o perfume enjoativo que impregna minhas narinas, seguido do som irritante de saltos batendo no piso, são apenas um presságio da presença do ser mais desprezível que conheço.

_ Amélia. - Falo o nome dela, me sentando na cama para olhá-la nos olhos. - Eu diria que é bom vê-la de novo, mas acho que nós já passamos dessa fase.

_ Olá cozinheira. - Ela fala com um pequeno sorriso de deboche, enquanto me olha friamente, como sempre. - Pelo visto sua "sinceridade" continua a mesma.

_ Alguns hábitos nunca mudam. Eu continuo a mesma faladeira compulsiva, que não mede as palavras e você continua a mesma maníaca, psicopata, com espirito de grandeza e compulsão por controle, que eu tanto amo odiar.

_ Serão dias divertidos. - Ela fala com um sorriso sinistro em seu rosto e um calafrio, que eu tento esconder a todo custo, passa por minha espinha.

_ Isso quer dizer que eu continuarei viva, enquanto você da tempo para Philip me encontrar e matar cada um de vocês. Achei que você tivesse aprendido com o que aconteceu com a minha sogra, mas pelo visto minha mãe estava certa quando disse que depois de uma certa idade, nós perdemos a capacidade de aprender com nossos erros.

_ Você se engana minha querida. Eu aprendi sim com meus erros, mas o que eu tenho em mente para você é muito maior do que apenas uma morte rápida. Não, aquele ingrato do Philip acabou com tudo que eu lutei por anos para conseguir e eu farei com que vocês sofram muito, antes de realmente me pagar o que devem. A começar agora.- Ela sorri diabólicamente para mim, antes de fazer um sinal com a mão para o homem parado na porta nos observando.

Observo com cautela, enquanto aquela parede de músculos segue até a parede perto da cama e assim que vejo o que ele está prestes a fazer, sei que não será algo bom.

O homem puxa as correntes com toda a força e eu ganho um solavanco que me faz levantar, ele continua puxando e eu sou obrigada a ir até onde ele se encontra, enquanto meus braços são puxados para cima. Estou crente de que o objetivo é me esticar até minha coluna sair do lugar, mas essa idéia se vai quando o vejo travar as corrente e andar para mais perto de mim, o que faz com que eu me grude ainda mais a parede.

Espero pelo pior, assim que escuto a parte de trás do meu vestido ser rasgada e apesar de saber que estou indefesa e provavelmente serei estuprada, eu não derramo uma só lágrima, não peço socorro, não imploro por misericórdia. Não, eu apenas espero até que algo fino como couro ou tecido atinja minhas costas, me fazendo arfar de dor.

_ 24 semanas, esse foi o tempo que fiquei presa. - Escuto a voz de Amélia ao longe, mas a dor que estou sentindo com cada nova pancada me impede de focar no que ela diz. - Esse também será o número de chicotadas que você receberá. Espero que aprenda com seus erros e comece a repensar suas palavas. Pensando bem, eu acho que você deveria começar a contar. - Escuto sua risada e em seguida sinto o chicote me atingir pela quarta vez, fazendo com que meu corpo se curve em dor. - Não estou ouvindo, CONTE! - Ela grita e eu recebo mais uma chicotada.