67. Angústias e Surpresas

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Olho para o teto do nosso quarto, tentando me mexer o mínimo possível para não acordar Philip, assim como tenho feito ao longo de todas as noites desse um mês, quatro dias e algumas horas. O motivo?... Eu não sei explicar, é como se minha mente não estivesse descanso e na escuridão, ficasse me pregando peças.

_ Amor, você tem que dormir.- Escuto a voz de Philip na escuridão e abaixo meu rosto para olha-lo com o queixo apoiado entre meus seios, enquanto me observa ainda sonolento.

_ Eu não consigo. - Falo olhando para ele, mesmo em meio a escuridão.

_ Mas você precisa, já faz mais de um mês que você mal cochila e a Rosa me contou que nem mesmo de dia você descansa, isso não é saudável. - Ele fala saindo de cima do meu corpo e o vazio que eu sinto sem ele me apavora.

Abraço seu corpo até que aquela sensação de medo passe e ele fica em silêncio, enquanto alisa minhas costa com uma das mãos e meu cabelo com a outra.

_ Eu vou dormir, assim que puder tê-los aqui com a gente.... Seguros. - Falo essa última parte mais baixa, mas sei que ele ouviu e sinto um beijo em minha cabeça, antes de ele levante meu rosto para olha-lo.

_ Eles estão seguros lá meu amor, temos seguranças 24 horas por dia vigiando eles, além de toda equipe do hospital. Não há com o que se preocupar, nosso filhos estão bem. - Ele fala com segurança e eu realmente queria acreditar nisso, mas algo em meu coração me diz que não estamos seguros, não enquanto Amélia estiver a solta. Não enquanto ela estiver....viva.

Volto a deitar minha cabeça em seu peito em silêncio e deixo que seu carinho tente levar minha consciência para que eu descanse, mas quando os primeiros raios solares entram no quarto pela sacada, eu paro de tentar.

Escuto meu celular tocar e me solto vagarosamente de Philip para atendê-lo, o que não da muito certo, porque ele me aperta ainda mais em seus braços, colocando meu corpo em cima do seu.

_ O meu celular está tocando.- Falo para ele, porque sei que está acordado.

_ Deixa tocar. - Ele fala, me apertando mais em seus braços.

_ Mas pode ser importante. - Tento argumentar.

_ Eu duvido. - Ele fala me dando um beijo no pescoço, que arrepiou até minha alma.

_ Isso é tão injustoooo. - Falo assim que o celular para de tocar pela segunda vez e ele continua me torturando com seus lábios.

_ Definitivamente sim. - Ele fala me apertando em seu corpo de novo e eu já sinto seu "amiguinho" muito do acordado, entre minhas pernas.

O celular de Philip começa a tocar e eu me esfrego em seu corpo, tirando sua concentração o suficiente para poder pegar o aparelho que está perto de mim e atendo, antes que ele possa me impedir

**ligação on**

_ Ametista falando. - Fala assim que atendo a ligação de um número desconhecido e o som de um choro de bebê faz com que eu perca uma batida em meu coração. - Alô.... Quem está falando? - Tento manter minha voz neutra, mas falho miseravelmente e Philip, percebendo meu desespero, pega o telefone da minha mão.

_ Alô, olha se isso for um tipo de....- Ele começa a falar raivoso e eu vejo seu rosto ficar pálido e suas feições se fecharem assim como suas mãos. - Se tocar em um fio de cabelo deles, eu juro que tem mato, está me ouvindo, eu te mato.

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