Uma princesa GG 2

47. Família

_ Vai ficar tudo bem. - Sinto mãos pequenas em meu cabelo, seguidas de um abraço de braços curtos.

_ Voxe ta dodói?

A voz infantil da minha filha aquece meu coração e eu finalmente tenho forças pra me levantar. Não literalmente, é claro, porque minha barriga enorme me impede de sair do chão sozinha, mas pelo menos posso me sentar e olhar para os meus filhos, que me observam preocupados.

_ Agora eu estou melhor. Obrigado a vocês dois, por cuidarem de mim. - Puxo eles para um abraço e nós três ficamos sentados no chão, um ao lado do outro. - Onde está o Phil?

_ Foi atender o celular. - Samuel fala se escorando em meu ombro, enquanto Isa deita a cabeça em minha barriga redonda. - Você tá legal de verdade? - Ele pergunta preocupado.

_ Estou sim, é só que, as vezes é bom chorar. Isso nos impede de fazer grandes besteiras e nos faz mais humanos.

_ Ai estão vocês. - Philip nos encontra e a felicidade que emanava dele, se esvai rapidamente ao perceber que eu estava chorando. - O que foi que aquele homem fez com você. - Sua voz contem ódio mal contido e mais uma vez, eu sinto meu coração se aquecer por saber que ele não tem motivos pra ter raiva do senhor Red, mas está disposto a brigar por mim.

_ Ele não disse nada. - Falo com sinceridade e o chamo com as duas mãos em nossa direção. - São só os hormônios brincando com meu emocional.

_ Amy o que é omonio? - Isa pergunta me olhando questionadora e eu vejo Philip sorrir, enquanto se senta a nossa frete, no chão também.

_ É um negocinho bem pequenininho que fica dentro do corpo e quando você fica grávida esse negocinho mexe com as emoções das mulheres. - Tento explicar da forma mais simples que consigo, mas sei que ela não entendeu absolutamente nada, mas ainda assim solta um grande "ahhhh" como se tivesse entendido tudo o que eu disse.

_ Por que estamos sentados no chão e não no sofá? - Philip nos pergunta e isso me faz ter uma crise de riso ao me lembrar de minha situação constrangedora.

_ Estou....encalhada....aqui.... - Falo entre as gargalhadas e vejo as crianças rirem também, mas Philip apenas me olha com os olhos cerrados, se levantando do chão e estendendo os braços em minha direção. Seguro suas mãos, ainda rindo, e em um segundo eu já estou em pé, envolvida por seus braços, enquanto ele trás a felicidade de volta para a minha vida.

_ Eu falei com o advogado. Ele conseguiu.

Solto Philip e olho para as crianças, em uma mistura de choro com riso e o olhar de confusão de Samuel é cômico.

_ Por que você está chorando agora? - Ele pergunta confuso, enquanto se levanta do chão com Isa ao seu lado.

_ Voxe é bobo San, ela sa dixe, são os omonimus. Né, tia Amy? - Ela fala convicta e é impossível não gargalhar.

_ São hormônios Isa. - Explico. - Mas não é por isso que estou chorando. Essas lágrimas são de felicidade.

_ Crianças, nós temos uma notícia para vocês. - Philip fala ao meu lado. - Eu conversei com uma amigo advogado sobre o caso de vocês e ele conseguiu que um juiz liberasse a guarda provisória de vocês para nós.

_ O que isso quer dizer? - Samuel pergunta confuso e meio em choque.

_ Acho melhor nos sentarmos. - Falo, quando percebo a palidez do meu menino.