Capítulo Quatro:

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Música: Nicole - A Little Peace.

Yago estava com uma grande dúvida, ele estava realmente interessado em Amanda, que havia sido a fisioterapeuta de Jade. Ela o fascinava de uma maneira diferente, talvez por ser mais velha, mas, como sempre, na hora de conquistar uma garota que lhe chamava a atenção, ele meio que travava. Quando foi para ele conquistar Melissa, sua primeira namorada, Jade lhe deu a maior força, ele se sentiu confiante na época, mas Amanda era uma mulher feita, mais madura, alguns anos mais velha que ele.

Não sabia como fazer para conquista-la, imaginava que ela não se interessaria por um cara mais jovem, mesmo Jean tendo dito que ela lhe olhava diferente. Na verdade, o interesse dela fosse pelo primo mais velho, mas a amizade com Jade a travara, fizera com que recolhesse a atração por Theo.

Mas, já sabia o que fazer, teria uma conversa séria com o primo e com Jade, com certeza eles o ajudariam a tomar a melhor decisão, sem contar que o primo tinha um vasto currículo, sabia muito bem como seduzir uma mulher, poderia lhe dar altos toques.

No entanto tinha que esperar Theo chegar do escritório, porém, Jade estava em casa. Coitada, os dois tiveram uma boa briga por que a prima insistia em trabalhar e o primo era contra, mas como sempre o primo acabava fazendo a vontade da esposa. Yago sorriu ao lembrar, era engraçado ver Theo esbravejar, esbravejar e acabar concordando com ela.

Aproximou-se da casa dos primos e percebeu certa movimentação no andar de cima, ficou preocupado.
-Jade! Jade! Sou eu, Yago!
-Yago, suba aqui! — Ela pediu!
-Que bom que está aqui, eu ia pedir para Lelê ir lá na mansão chamar alguém, eu tentei falar com o Theo mas seu celular está desligado e a Natalie me disse que ele havia saído com o Murilo para uma reunião com um cliente, ela disse que tentaria falar com eles.
-O que está acontecendo? Você me parece muito nervosa!
-Esmeralda está ardendo de febre, ela está muito estranha eu já a mediquei, mas a temperatura não cede! Não sei mais o que fazer estava me preparando para leva-la ao hospital, por isso queria o Theo aqui comigo, mas será que você não poderia me acompanhar? A Lelê tem que cuidar do Alejandro.
-Oh, claro que sim! — prontamente ele se disponibilizou em ajudar!
Jade terminou de arrumar Esmeralda e notou um brilho intenso em seus olhinhos verdes, abatidos, percebia que ela chorava quando mexia seu pescoço. Arrumou-se e deu um beijo em Alejandro partindo em seguida com o primo.

A medida que colocava a mão sobre os bracinhos de Esmeralda, sentia a pele ferver.
-Meu Deus ela é tão novinha estou aflita!
-Fique tranquila Jade, deve ser coisa de criança, essas doenças infantis! — Os dois chegaram ao hospital rapidamente, Yago dirigia com cuidado, porém apressado.

Adentraram ao local e Jade sentiu um aperto estranho no peito, um incomodo na verdade. Esmeralda havia dormido e estava tão quietinha que quem olhasse diria não estar doente.
Foram até a recepção onde fizeram a ficha e aguardavam a passagem na triagem. Jade tentava inutilmente falar com Theo pelo celular, assim como Yago também fazia.
-Esmeralda Thompson Vásquez. — a enfermeira chamou e por um momento Jade se sentiu aliviada.
Pesou a pequena bebezinha, verificou sua pulsação, mas quando o termômetro apitou, a enfermeira arregalou os olhos olhando a elevada temperatura.
-Mãe, a senhora já a medicou?
-Sim, antes mesmo de vir para cá.
-A quanto tempo?
-Umas duas horas. — A enfermeira franziu o cenho, já era para ter cessado ou pelo menos diminuído os 39,9°C. Jade a olhou interrogativa e muito preocupada estava totalmente afoita.
-Ela vai ficar bem não é mesmo? Por que a temperatura não cede?
-Fique calma mãe, devido ela ser ainda muito novinha vou levar a ficha dela diretamente para a doutora examiná-la o mais rápido possível, me acompanhe por favor!
Assim que entraram na sala da médica, uma senhora baixinha de jaleco branco com os olhos puxados as recebeu, o incomodo se alojou definitivamente no corpo de Jade.
-O que tem a princesinha? — perguntou a médica!
Jade contou tudo o que estava acontecendo, que Esmeralda estava ardendo em febre, que reclamava de dor com choro, ao movimentar o pescoço, uma febre altíssima que não estava cessando com remédio.
-Poderia ser alguma infecção Doutora?
-O exame clínico dela está bom, tirando o fato dela chorar ao movimentar o pescoço. Mas irei pedir esses exames e assim que prontos os traga para que eu o analise. Ela é muito pequena para ter inflamações de garganta, não é o ouvido então precisamos averiguar mais a fundo, por enquanto a deixe somente de fralda e uma camisetinha mais leve. — Jade agradeceu e pegou a pequenina ainda com os olhos brilhantes em seu colo. Ela estava com fome e mamou toda a mamadeira que a mãe lhe ofereceu, o que foi ótimo, pois haviam pedido exames de urina, sangue e fezes e a mamadeira contribuiu para que eles fossem realizados.
Esmeralda chorou tanto para fazer os exames que era de cortar qualquer coração, Jade estava devastada por segurar a pobre bebê nos braços para realização da coleta de sangue. Principalmente porque não achavam a tão frágil veia para retirar o sangue.

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