Capítulo Trinta e Cinco:

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Música: Laura Pausini - Viveme.

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Yago se apavorou, sim, deveria mesmo ter chegado a hora de seus filhos nascerem, estava perto do dia programado para a cesariana, Carmen achava aconselhável devido a idade de Hope e o fato de serem três bebês, até hoje ele não conseguia entender como cabiam dentro dela.
Levantou-se tonto, caiu duas vezes ao tentar vestir a calça.

—Amor! O que o Theo disse? Porque você está tão nervoso? É só xixi amor, me ajude a levantar e a trocar as roupas de cama.
—Loirinha, presta atenção! Você não está sentindo mais nada? Nenhuma dor ou desconforto? — ela pensou um pouco tentando entender o que ele queria dizer.
—Um pequeno desconforto nas costas, diferente das dores que geralmente sinto, uma pressão abaixo na barriga, como se algo empurrasse minha bexiga, nada mais, porque está me perguntando?
—Porque não é xixi, sua bolsa estourou.
—Amor, deixa de ser bobo, é xixi sim, não está na hora dos bebês nascerem e eu não sinto contrações, está tudo bem comi... Ai! agora sim... Meu Deus! Que dor desgraçada...

Ela mal tinha acabado de falar e as contrações iniciaram, dores insuportáveis tomaram conta de seu corpo, com as duas mãos sobre o ventre, Hope deitou-se novamente em posição fetal, lágrimas rolaram de seus olhos. Yago se assustou ainda mais ao ver a esposa sofrer tanto, não sabia o que fazer para ajudá-la, não tinha o que fazer, a não ser leva-la o mais rápido para o hospital. Saiu para o corredor e bateu na porta de sua mãe. Yolanda abriu a porta vestindo o roupão, Juarez veio logo atrás.

—Yago, meu filho, o que está acontecendo? — Yolanda questionou. — ele não precisou responder o grito de dor de Hope fez com que eles se apressassem para seu quarto.

—Me ajude, mamãe, Hope entrou em trabalho de parto e não sei o que fazer, a bolsa já estourou.
—Meu Deus! Vamos leva-la ao hospital. Vista-se direito, meu filho, pegue a bolsa dela e dos bebês, enquanto eu me visto, Juarez, chame os outros para ajudar.

Enquanto Yolanda voltava para seu quarto para vestir-se, Yago vestiu uma camiseta por cima da calça de moletom e calçou os tênis, foi até a mesinha e pegou sua carteira e o celular, as bolsas estavam arrumadas dentro do closet, aproveitou e pegou um vestido limpo para Hope.

—Amor, consegue ficar sentada? Preciso te ajudar a vestir.
—Acho, acho que sim, agora as dores deram uma trégua. — ele aproximou-se da cama e a ajudou a sentar, com cuidado, retirou a camisola molhada, Hope não usava calcinha e se recusou a vestir uma, alegando que iria chegar no hospital e teria que tirar tudo. Depois de tudo pronto, Yago a ajudou a descer as escadas, tiveram que esperar mais uma contração passar, estavam em maior intensidade agora e em intervalos mais curtos.

Ao chegarem na sala, Theo estava os esperando junto com todos os outros.

—Jean vai dirigindo comigo, Theo, Jade pode precisar de você. — Disse, agradecendo ao primo.
—Sim, só vim mesmo saber como estavam, Jade ficou preocupada.
—Está tudo bem, primo, tranquilize-a, por favor, diga que assim que puder eu entro em contato.
—Sim, avise-nos quando os bebês nascerem, sabe que Jade não irá dormir até ter notícias. Boa sorte Hope, vai dar tudo certo. — disse, depositando um beijo na testa da jovem.
—Obrigada Theo! Diga para Jade que estou bem, na medida do possível.

Jean pegou as bolsas das mãos do primo e o ajudou a apoiar Hope, Enrique se encaminhou para seu carro com Lilian os outros membros da família em seus respectivos carros, Esperanza e Ramon foram junto com Lorenzo e Olívia, ficando apenas Theo e Jade, devido a gestação dela e aos gêmeos e Murilo e Natalie, que também logo traria seu bebê ao mundo.

Yolanda havia telefonado para Carmen e avisado que a nora havia entrado em trabalho de parto, esperava que desse tempo de realizar a cesariana, mas desconfiava que seria parto normal mesmo, sentia pena da menina, tão novinha e já passando por tudo isso, sem os pais que não davam a mínima para a filha, pensou que quando os bebês nascessem iria ligar para a tia dela nos Estados Unidos para dar a notícia, os únicos que se preocupavam com Hope, quem sabe não os convidaria para virem conhecer as crianças. Hope ficaria feliz com visita dos tios e da prima.

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