Totalmente Nossos

Capítulo Quarenta e Seis:

Música: Tim McGraw e Faith Hill - It's Your Love.

***

Theo ajudou Jade a se vestir, pegou as bolsas com as coisas dela e dos bebês e desceu as escadas. Olívia e Murilo estavam chegando nesse momento.

-Mama, a senhora pode avisar a Angie para mim? Jade acabou vomitando no quarto, preciso que ela ajeite as coisas para mim. Vou subir para descer com ela.

-Pode deixar que eu cuido das coisas aqui, mas, Theo! – ela chamou.

Ele virou-se para a mãe, esperando o que ela falaria.

-Estamos com muito problemas, sei que está preocupado com Jade, mas está tudo bem com a gestação dela, ela está saudável, vai dar tudo certo, não se desespere tanto que ver você assim, agitado, nervoso, isso faz com que ela fique insegura, com medo.

-Eu sei disso, mama, mas não consigo me sentir diferente, a experiência anterior me deixou traumatizado.

-Eu sei disso, meu filho, mas tenta se controlar. Ela vai estar assistida por vários profissionais. Logo os bebês estarão com vocês.

-Vou tentar, eu juro! – com essas palavras ele subiu novamente, de dois em dois degraus.

-Theo, a dor está intensa e os intervalos mais curtos, por favor, vamos rápido.

-Vamos, minha pequena, já deixei as coisas lá embaixo, o Murilo está levando para o carro. Mama vai pedir para Angie limpar onde você vomitou.

-Eu só quero ir logo para o hospital, não me lembrava de ter sentido tanta dor da outra vez.

Theo a pegou nos braços, ela sempre achava estar muito pesada para que ele a carregasse, mas Theo havia aumentado as séries de exercício, estava mais musculoso, mais forte e claro que sempre aguentaria com sua esposa.

Ao chegarem fora, Murilo já estava com o carro ligado, em frente à casa, Olívia estava junto, sentada na frente, Theo entrou com Jade atrás.

-Já falei com Carmen, ela ia notificar ao dr. Rodriguez, estarão nos esperando.

-Obrigado, mama, nem lembrei de ligar para Carmen. Murilo, mano, anda rápido, por favor!

-Pode deixar, mano.

Jade gemia devido a dor, não queria demonstrar tanta dor, para não apavorar Theo, mas estavam realmente intensas.

Ao chegarem no hospital, estava realmente tudo pronto para recebe-la, Carmen estava junto com a maca no estacionamento, apesar de saber que estava tudo bem com sua paciente, ela temia que tudo acontecesse como da primeira vez, o que ajudava era que estavam no hospital. Havia encontrado com Soares mais cedo quando chegava para o plantão e ele lhe contara sobre Lilian, era assustador tudo isso e esperava que as coisas se ajeitassem.

-Então, chegou a hora, minha paciente favorita, vamos trazer ao mundo esses bebês?

-Carmen, sei bem que todas as suas pacientes são favoritas, você não me engana.

-Bem esperta você, mas, sempre tentamos elevar a moral de nossas parturientes.

-As contrações estão menos espaçadas, a dor está intensa.

-Imagino, mas vamos leva-la para o centro obstétrico, já está tudo pronto para a cesariana, o anestesista está a postos, juntamente com a equipe do Rodriguez.

-Obrigado por Carmen! – agradeceu Theo.

Entraram e a encaminharam direto para o centro obstétrico, colocaram-na na maca, retiraram sua roupa, deixando-a nua, coberta apenas com um lençol. Theo foi trocar de roupa e fez tudo automaticamente, voltou para o local que a enfermeira havia lhe mostrado e entrou. Jade já estava sendo preparada.

-Jade, precisamos que você sente na beira da maca e se abaixe o máximo que conseguir, em posição de meia-lua, pode ser?

A jovem fez o que lhe mandavam, Theo segurava sua mão e a ajudava como podia, ela voltou a deitar novamente, um lençol foi colocado escondendo do casal seu abdome, a médica pressionou o bisturi em sua barriga e perguntou:

-Está sentindo alguma coisa?

-Não, não sinto nada. Até a dor diminuiu.

-Perfeito, vamos lá então, vamos conhecer esses bebês. Já escolheram nomes?

-Não, ainda não, vamos saber primeiro o sexo, conhecer a carinha deles para escolher. – respondeu Theo.

Enquanto com uma mão segurava uma das mãos da esposa, a outra acariciava seus cabelos.

-Já, já estaremos com nossos bebês, meu amor! – ele disse, emocionado.

Ela o olhou com amor, as lágrimas descendo por seus olhos, a emoção os dominava. A monitorização dos sinais vitais revelavam apenas uma leve alteração em seus batimentos cardíacos, claro que devido a emoção do momento, a pressão estava normal.

-Está tudo indo muito bem, Jade, parabéns! – disse o dr. Rodriguez.

Theo suspirava aliviado!

-Pronto, aqui vamos nós, seu primeiro filho está em minhas mãos e é um grande menino! – revelou Carmen.

O casal chorava, o bebê chorava fortemente. Carmen colocou o pequeno em cima dos seios de Jade que o abraçou com cuidado.

-Oi, meu amor, sou a sua mama! – ela disse com voz embargada.

-E eu, sou o seu papa, meu amor! – acrescentou Theo! –Ele é lindo, minha pequena!

Carmen tirou o segundo bebê.

-Aqui está o segundo menino, também é grande!

Imitando como fez com o primeiro, Carmen também o colocou no seio da mãe.

-Theo, eles são lindos!

-Sim, meu amor, eles são lindos e perfeitos! Obrigado por mais essa felicidade! Amo você!

-Eu também te amo! E eu que tenho que agradecer, por estar sempre ao meu lado. Quero chamá-los de Daniel, o mais velho e Juan, o que me diz?

-Eu gosto, você decide, meu amor!

Ele realmente estava aliviado por tudo estar dando certo, por não ter acontecido novamente o que mais temia, não teria suportado passar por tudo aquilo de novo. Agora precisavam contar para ela sobre Lilian, sabia que a esposa iria sofrer pela amiga e pelo cunhado também.

-Agora vamos levar os bebês para que seja realizado os primeiros cuidados, as primeiras vacinas e preparar a mamãe, levaremos Jade para o quarto e só então os levaremos para que eles possam ser amamentados.

-Amor, vou me trocar e te espero no quarto. Eu te amo e mais uma vez, obrigado!

Alguns minutos depois, Jade estava no quarto com o marido, a sogra e o cunhado, esperava que trouxessem os bebês.

-Vou telefonar para casa para avisar que está tudo bem, que os bebês e Jade estão bem, também preciso avisar Lorenzo, ele já está nervoso demais e ficou mais preocupado ao saber que Jade havia entrado em trabalho de parto.

-É, está tudo bem com meu sogro? – Jade indagou, ela sabia que alguma coisa não estava certa, que algo muito grave acontecia, mas que estavam escondendo dela, mas sabia que lhe contariam assim que tivessem certeza de que ela estaria bem.

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