Capítulo Catorze:

174 25 6
                                    

Música: FireHouse - I Live My Life For You.

***

Durante o jantar, Theo revelou a esposa que provavelmente precisaria viajar a negócios, coisa que ele não gostava, por ter que ficar longe da família.
–Amor, eu preciso lhe dizer uma coisa. — ele comentou.
–Pode dizer. — ela pediu.
–Provavelmente eu tenha que viajar para os Estados Unidos, ainda não sei quando, principalmente com essa história com a Natalie, mas, como você sabe estamos tentando comprar a montadora dos dois irmãos, está uma briga entre eles, porque um quer vender e o outro não, o irmão entrou em contato conosco para oferecer, já que nenhum deles sabe como manter o negócio, era uma montadora rendosa com o pai deles, agora que ele morreu, ambos estão perdidos. — ele explicou.
–Entendo, a EVA quer expandir os negócios além da Europa, sei disso. Tem previsão de quando será essa viagem?
–Ainda não, Natalie tem que entrar em contato com o senhor que a ajudou, ver se ele aceita continuar a testemunhar a favor dela, se for o caso, Murilo irá para Londres busca-lo, Enrique, Joseph, Natalie e Lola irão comigo. Murilo está muito preocupado com Natalie.
–Imagino! Amor, conheço-os bem sei que planejam alguma coisa, estou errada? — Theo ficou parado, olhando-a, aos poucos um meio sorriso foi iluminando seu rosto, o que deu a ela a resposta que precisava.
–Amor, sabe o que acontece? Acho que temos um pequeno instinto de lobo, que nos impulsiona a defender quem amamos. — ele se defendeu.
–Sei! Theo, é sério, não quero vê-lo envolvido mais que o necessário nessa história, assim como Natalie não quer que Murilo faça nada que possa prejudica-lo. Se vocês intervirem poderão estragar tudo, deixem nas mãos da justiça, por favor meu amor, me prometa! — O que dizer? Quando ela lhe pedia algo com tanta suavidade na voz, com aquele olhar, como lhe negar? Até porque de certa maneira ela tinha razão, seu irmão queria dar uma lição no desgraçado, ele tentava achar um meio de ajudar a descobrir o endereço, o lugar onde o chantagista aproveitador de mulheres se escondia, porém, sabia que eles procurariam sarna para se coçar.
Suspirou se encostando na cadeira, olhando-a, contemplou pela milésima vez a mulher que amava e que nunca poderia negar nada.
–Theo, estou esperando pela resposta. — ela exigiu.
–Tudo bem amor, na verdade, acho que está certa. — Ele saiu pela tangente, não chegou a prometer, mas concordou com ela.
–Onde está Lelê? — ele quis saber mudando de assunto.
–Está com a Francesca, vai dormir com a tia hoje. — ela explicou.
Jade teve a sensação de que ele saíra pela tangente, mas, mais tarde o faria prometer de verdade.
–Então, quer dizer que hoje à noite, a casa é só nossa? — ele insistiu.
–Sim, além dos nossos filhos, que já estão dormindo. — ela concordou.
–Hum, muito bom saber. Mas, sabe o que eu queria? Que tocasse para mim, faz tempo que não a ouço tocar, acho muito sexy quando está sentada ao piano tocando. — ele continuou.
–Ok, prometo que mais tarde eu toco. — prometeu sorrindo.
Depois que terminaram o jantar, Jade ajeitou as coisas na cozinha, não gostava de deixar nada sujo para Angie no outro dia, Theo entre beijos e carícias a ajudou secando e guardando a louça usada. Depois de limpa a cozinha, eles se encaminharam para a sala, Jade sentou-se ao piano e deixou que seus dedos escorregassem pelas teclas em uma escala pentatônica, até que a suave melodia de Dawn of A New Century – Secret Garden, encheu a sala, uma linda canção feita especialmente para relaxar, sentado no sofá, Theo fechou os olhos deixando que o som entrasse em sua mente.
Ela ainda tocou outras canções, com a mesma emoção e sentimento que colocou na primeira, levantando-se do sofá onde estava sentado, Theo se aproximou da esposa e colocou-se às suas costas, quando ela tocou as últimas notas da canção, girou o banquinho e ergueu-a em seus braços, inclinou-se e tocou com os lábios o ombro que o vestido dela deixara desnudo, um delicado toque com a língua e uma leve mordiscada, um forte e quente arrepio percorreu-lhe o corpo todo.

Sentando novamente no sofá com ela em seu colo, deixou que sua boca deslizasse pela pele exposta do pescoço, até alcançar os lábios dela de forma lenta e instigando seus sentidos, de maneira que sempre a arrebatava, a boca dela movia-se de encontro a dele, acompanhando o comando lento, vagaroso.
–Seu corpo sempre me fascinou, sua pele, macia, cheirosa, delicada. — cada palavra era pontuada por beijos, cada vez mais lascivo que o anterior.
As mãos másculas seguiram pelo corpo feminino, até encontrarem o laço que prendia o vestido, soltando-o.

Totalmente NossosOnde histórias criam vida. Descubra agora