Capítulo Dois:

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Música: Fábio Jr - Pareço um menino.

Joseph chegou à mansão Vásquez antes do horário do jantar, foi apenas o tempo de passar em seu apartamento para tomar banho e trocar de roupa, não via a hora de encontrar Luna, estava ansioso, mesmo sabendo que ela era apaixonada por ele, mesmo assim, as vezes lhe batia um medo de que ela não aceitasse seu pedido, por ele ser mais velho, de repente ela poderia acha-lo maçante, pouco divertido, vai saber, já que esperara tanto tempo para tomar a decisão de se declarar, Theo tinha razão, ela poderia encontrar alguém da idade dela.

Chacoalhando a cabeça ele espantou para longe esses pensamentos funestos que lhe machucavam o coração, lhe doía imaginá-la com outro, não poderia permitir, Luna seria sua, ele amava aquela garota espevitada como nunca amara nenhuma outra, nem mesmo Elena no começo do namoro, quando ainda estava todo encantado pela beleza dela, lhe despertara um sentimento tão puro e intenso.

Estacionou seu carro ao lado dos carros da família e se encaminhou para a entrada, conhecia aquele caminho como a palma de sua mão, afinal, desde que conhecera Theo vinha para a casa da família do amigo. Theo fizera questão, até mesmo convidou suas irmãs, mas Natalie e Lilian se sentiram constrangidas e nunca aceitaram até que Natalie aceitou a proposta de trabalhar com Theo.

Joseph se preocupava com Natalie as vezes, ele sentia que sua irmã guardava um segredo que a machucava, por várias vezes tentou descobrir o que seria, mas ela se fechava em copas, chegou a perguntar a Lilian, mas a irmã caçula tinha a mesma impressão, porém, não sabia de nada, conversara até mesmo com Murilo que lhe revelara que ela havia lhe dito que existia um motivo para que ela tivesse demorado a acreditar em seu amor e que um dia ela lhe contaria, mas até agora, nada, ela não se abria com ninguém. Joseph achava que poderia ser algo relacionado com seu antigo emprego, coisa que Lilian concordava.

Ele entrou na casa e encontrou todos reunidos na sala, como sempre, esperando dar a hora do jantar. Com certeza conversavam sobre o novo motivo de preocupação da família, a fuga de Hidalgo da prisão. Isso seria um grande problema.
–Boa noite pessoal! — Ele cumprimentou-os.
–Boa noite Joseph, sente-se com a gente, meu filho. — Convidou Esperanza.
–É que antes eu precisava conversar com a Luna, abuela. — Ele revelou.
Luna ergueu os olhos surpresos para ele, sem entender o que Joseph poderia querer com ela.
–Comigo? Quer falar comigo? — Ela perguntou ainda sem acreditar.
–Sim Luna, poderia me acompanhar lá fora um instante?
–C-claro! — gaguejou! Ela se levantou sob os olhares divertidos de seus irmãos, com certeza eles sabiam alguma coisa e não lhe contaram, olhando para seu pai, percebeu que ele também escondia um certo sorriso, caramba! O que poderia ser? O que Joseph teria de tão urgente e importante para falar com ela que não podia ser falado na frente de seus familiares?

Ela passou por ele que aspirou o perfume delicado dela, caramba, porque demorou tanto para resolver se declarar? Agora entendia o amor sem metidas que Theo sentia por Jade. O amor verdadeiro era algo completamente diferente das paixões fugazes, de desejos que poderiam ser aplacados em uma noite apenas.

Luna se encaminhou para o banco perto da fonte, lá era mais afastado, eles teriam uma certa privacidade para conversar o que quer que fosse.

–Então Joseph, diga o que quer falar tão urgente comigo? Não consigo imaginar o que possa ser de tão importante que não poderia ser dito na frente de minha família.
–Você não imagina mesmo?
–Sinceramente não! Não tenho a menor ideia, sei lá, às vezes eu acho que você corre de mim, que se afasta, não sei, não entendo!
–Não é isso Luna, eu só quis te preservar!
–Me preservar de quê? Posso saber?
–Na verdade eu sei que você tem sentimentos por mim, ou tinha, sei lá! Por isso eu preferi me manter um pouco afastado, mesmo descobrindo que meus sentimentos por você estavam mudando, preferi me manter afastado por causa da sua idade, eu não quis te deixar ansiosa, te dar esperanças, mas agora, eu não posso mais, não dá mais para esperar, hoje eu conversei com seu pai e ele me deu carta branca para te pedir em namoro, se é que ainda vai querer namorar com um cara bem mais velho que você.
–Porque Joseph?
–Como assim, porque?
–Porque está me pedindo em namoro? Só porque sabe que eu amo você? Sim, é verdade, eu te amo desde meus catorze anos, não é segredo para ninguém, nunca fiz questão de esconder meus sentimentos. Mas o que quero saber, o que te levou a mudar de ideia?
–Desde minha formatura que eu descobri que também amo você, desde que dançamos juntos, não consigo tirá-la da minha cabeça, a sensação de tê-la em meus braços foi única, não quero mais esperar, quero que aceite ser minha namorada, não quero correr o risco de perdê-la para um garoto da sua idade.
–Está falando sério? Você me ama mesmo? — Luna não se aguentava em si de alegria, seria mesmo possível que seus sonhos estavam se tornando realidade?
–Sim Lu, estou falando muito sério, eu conversei muito com seus irmãos, principalmente com Theo que depois que conheceu Jade está bem mais centrado, ele me aconselhou a deixar de lado meu medo e tomar uma atitude, por isso eu fui falar com Lorenzo hoje lá na empresa, ele já sabia o que eu queria falar e me disse que tudo o que deseja é que sua princesinha seja feliz. Então, o que me diz? Aceita, minha menina? Aceita ser minha namorada?
–Ah, Joseph, claro que eu aceito, é tudo o que mais sonhei desde que o conheci, você não imagina como eu sofria quando você vinha para cá e trazia aquela enjoada da Elena, eu a detestava, percebia que ela não o amava e me perguntava o que você fazia ao lado dela. Eu aceito, aceito e aceito, aceito seu amor e aceito ser sua namorada! — Ela, como não podia deixar de ser, espevitada como era, pulou no pescoço dele que a recebeu com carinho, erguendo-a nos braços, rindo com o desprendimento dela. Enlaçando-o pelo pescoço, ela o beijou com todo seu amor. Joseph correspondeu ao beijo com o mesmo sentimento de amor, de posse, de ternura. Agora ele se sentia completo, sua menina o faria o homem mais feliz do mundo.

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