Capítulo Quarenta:

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Música: 

Enrique e Lilian:

As luzes de Sevilha entravam pela janela aberta da suíte de Enrique e Lilian, o cheiro era agradável, diferente. Enrique acordou e foi até a janela, lá fora, apesar de algum movimento nas ruas, o silêncio reinava. Era como se estivesse em outro mundo, realmente a escolha da esposa foi muito feliz, fazia três dias que estavam na cidade e já conheciam todos os pontos turísticos.

As luzes iluminavam a silhueta da esposa na cama, com o braço embaixo do travesseiro, o rosto virado para o lado em que ele estivera deitado, os cabelos escondiam os seios nus, Lilian era a imagem da tentação, ele sentiu-se acordar novamente, caramba, haviam se amado há pouco mais de duas horas e ele já a desejava intensamente. Sua mente viajou para quando a conheceu, na época a criticava pela maneira que ela se vestia, viviam implicando um com o outro, sorriu ao lembrar de certa vez em que quis fazer piada da saia e blusa que ela vestia.

"-Vai sair assim? Está parecendo uma matrona, desse jeito não irá conseguir um namorado.

-Se todos os homens forem como você, não quero um namorado, quem sabe eu não preferia namorar uma mulher? Afinal, você não sabe nada sobre mim. Além do mais, eu me visto para mim, não para agradar aos outros, principalmente a você."

No entanto, quando a encontrou na formatura de Theo e Joseph e ela vestia um vestido azul, que evidenciava o corpo que ficava constantemente escondido por conta das roupas largas que ela usava, quase perdeu o fôlego. Lilian tinha um rosto lindo e descobria que ela tinha um corpo espetacular também. Quando se deu conta de seus pensamentos em relação a ela, preferiu abafar o que estava começando a se entranhar em seu coração e saiu com diversas mulheres, não queria dar o braço a torcer de que estava apaixonado por ela e correu o risco de perde-la, sentiu seu coração doer com esse pensamento. Não era de ficar dizendo a todo momento, ou todos os dias o quanto a amava, as vezes achava que pecava nesse ponto, via Theo e Murilo serem românticos com suas cunhadas e pensava que Lilian poderia desejar que ele também fosse.

O que o travava? A amava e amava muito, todos os homens da sua família não tinham vergonha de expor seus sentimentos por suas companheiras, porque ele não era igual? Não era de presenteá-la como eles eram, nem ao menos flores ele lhe trazia. Lilian merecia mais, merecia que ele se doasse mais a ela, a esse amor que sentia. Prometeu a si mesmo, naquele momento que faria com que ela nunca tivesse dúvidas de que a amava mais que tudo.

Afastou-se da janela e se aproximou da cama, sentou-se na beirada, ao lado dela, abaixou-se e depositou sua cabeça em cima da barriga dela, o cheiro de sua pele penetrou suas narinas, seu coração disparou, sua respiração acelerou, a queria novamente, a desejava, sempre e sempre, porque era tão tapado que não demonstrava tanto quanto ela merecia? Seus lábios depositaram um beijo na pele desnuda dela, não se contentou apenas com um, logo depositava vários beijos e pequenas lambidas, percebeu que a penujem clarinha que cobria o ventre dela, se arrepiava com a carícia.

-Enrique!

-Oi, meu amor!

-Faz tempo que acordou?

-Alguns minutos. Queria que soubesse o quanto a amo! – revelou!

Lilian se surpreendeu, Enrique não era de declarações e romantismos, mas o amava assim mesmo e era feliz ao lado do esposo.

-Então, continua, não para. – ela pediu.

-Não vou parar, quero você, novamente, agora!

A urgência na voz dele a excitou, ela se remexeu na cama, se ajeitando melhor para que ele continuasse com o que fazia em seu corpo. Logo sentia a boca dele em sua intimidade, ele aspirava o cheiro de fêmea dela, porque mesmo ele havia se privado tanto tempo desse prazer? Sua língua lhe dava o prazer que ela ardentemente procurava, delicada e lentamente ele a sugava e lambia, ela sentia a queimação do prazer se construindo em seu ventre. Ele sentiu ela se contrair e o gosto de seu orgasmo em sua boca, amava a maneira como ela se entregava, nem a mulher mais experiente que tivera conseguiu o alucinar assim.

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