Capítulo 28

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Eu estava atracada num pão quentinho e o devorava com vontade, não tinha percebido o quanto estava com fome até dar de cara com toda a comida que Victor havia pedido, nem me dei ao trabalho de colocar uma roupa, me sentei à mesa ainda enrolada na toalha.

- Eu gosto de te ver comer. – Victor falou depois de algum tempo me observando e logo em seguida puxou meus pés para o colo. – Você não tem frescura.

Eu o olhei sem graça, o pão ainda encaixado em minha boca.

- É um elogio! – Ele falou sorrindo.

- Hum. – Eu respondi mastigando o pão. Ainda sem graça.

- Boba! – Victor implicou e voltou sua atenção aos meus pés, começando a massageá-los. – Também gosto dos seus pés. – Ele declarou concentrando-se na massagem.

- Eles são enormes! – Falei com a boca ainda cheia.

- Se eles fossem menores você viveria caindo. – Victor riu da própria fala.

- Mas pagaria a metade do preço pelos sapatos. – Me contorci um pouco ao falar, já que Victor passava devagar a mão pela sola do meu pé, me fazendo cócegas.

- Quando você for rica e famosa não precisará mais se preocupar com isso. – Victor subiu um pouco as mãos, massageando agora minha panturrilha. O movimento me causou um arrepio, mas eu ainda estava focada na comida.

- Eu não quero ser rica e famosa. – Falei enfiando um pão de queijo inteiro na boca.

- Não? – Victor colocou a cabeça de lado, confuso. – Eu achei que todo artista sonhava com isso, fama e sucesso.

- Sucesso sim. – Eu ponderei. – Fama, tenho minhas dúvidas. Não gosto muito de exposição, me sinto invadida.

Victor ergueu a sobrancelha, colocou minhas pernas no chão novamente, levantou da cadeira e se aproximou.

- Você sabe que uma coisa vem naturalmente com a outra, né? – Victor baixou o corpo passando uma mão pelas minhas costas e a outra por baixo dos meus joelhos, me erguendo em seu colo.

- Sei. – Respondi rindo e me esticando para pegar um pão de queijo.

Victor me jogou na cama e eu deixei escapar o pão de queijo de minhas mãos com o susto, tentei alcança-lo, mas ele o empurrou pra longe.

- Ei, meu pão de queijo! – Reclamei tentando novamente alcança-lo.

- Depois. – Victor declarou com uma voz grave enquanto tirava a camiseta.

Claro que eu desisti do pão de queijo. A visão dele sem camisa e de box preta era muito mais atraente do que o pobre pão de queijo que voara da minha mão. Meus olhos percorriam o peito nu dele, era simplesmente magnífico aquela mistura de pelos, eu poderia me perder ali por horas.

Victor me olhava de uma forma intensa e tamborilava os dedos no queixo.

- O que? – Falei rindo

- Então você se sente invadida? – Victor inclinou o corpo e abriu a toalha expondo minha nudez. – Entendi. – Voltou a ficar de pé e se livrou rapidamente da box, seu desejo já se avolumava e eu não me convite e passei a língua nos lábios, excitada.

- Se for dessa invasão que estamos falando... – Me ergui um pouco. Só o bastante para segurar sua mão e puxá-lo para cama. – Aí eu gosto. Gosto muito!

- Entendi. – Victor falou junto a minha orelha e um arrepio incontrolável percorreu meu corpo.

A facilidade com que ele me levava meu querer de zero a cem me enlouquecia. Um gesto, um sussurro, um toque mais ousado e eu já estava pronta pra ele. Mas Victor não era apressado e eu já tinha aprendido isso.

Seus lábios percorreram toda a extensão do meu pescoço até encontrar minha boca. Ao invés de me beijar, mordiscava meus lábios e se afastava rindo quando eu tentava aprofundar o beijo.

- Me beija! – Eu reclamei entre gemidos.

- Eu to te beijando. – Ele respondeu ainda brincando com meus lábios.

- Não, você tá me torturando. – Eu reclamei e encaixei minha mão em seus cachos, puxando-o contra a minha boca, não lhe dando opção.

Um gemido forte escapou dos lábios dele e ele se entregou ao beijo. As mãos dele começaram a se movimentar com mais intensidade, ora brincavam com meus seios, ora apertavam minhas nádegas forçando meu quadril contra seu desejo já completamente desperto.

- Você me apressa demais! – Victor reclamou partindo o beijo e me olhando com os olhos em chama.

- Eu to com pressa! – Ergui os quadris e afastei minhas pernas deixando claro o que eu queria.

- Alana! – Victor desceu uma das mãos entre nós e a encaixou em meu centro já úmido.

- Por favor, Victor! – Eu implorei movimentando meu desejo contra a mão ousada dele. – Eu quero você agora. – Minha voz era pura excitação.

Quando Victor finalmente me invadiu com seu desejo eu gemi de forma inebriada, era maravilhoso ter ele por completo.

Eu forçava meu quadril contra o dele tentando acelerar seus movimentos, buscando com pressa nossa satisfação. Mas Victor mantinha o movimento dos quadris em um longo vai e vem ritmado, como se executasse uma canção perfeitamente compassada.

- Mais rápido! – Implorei me agarrando aos ombros largos mas de nada adiantou, Victor manteve o ritmo.

Eu estava enlouquecendo de ansiedade, os movimentos dele me deixavam a beira do abismo ao mesmo tempo em que não me deixavam me jogar por completo. Era preciso apelar e eu o fiz sem o menor constrangimento. Esperei ele afastar o corpo e, antes que ele voltasse a me tomar inteira, movimentei meu quadril de forma circular, rebolando contra os quadris dele. Victor enterrou o rosto em meu ombro, o corpo dele cada vez mais tenso.

- Caralho, Alana! – Ele reclamou segurando meus cabelos e me beijando com sofreguidão.

- Com força, Victor! – Pedi entre os beijos.

- Alana! – Ele claramente estava fazendo um esforço para manter o controle, mas eu não o queria controlado, não agora.

- Que merda, Victor, me fode com força! – Eu não precisei pedir de novo, Victor se afastou rapidamente e virou meu corpo em só um movimento, puxou meus quadris para cima e, antes que eu me percebesse, já estava novamente dentro de mim.

Seus movimentos agora era rápidos e fortes, uma de suas mãos segurava meus seios apertando-os e a outra encaixara-se em meu desejo, tocando meu ponto mais sensível.

- Victor, eu... – Minha voz falhava tamanho o prazer que ele me ofertava.

- Goza pra mim, moça, goza em mim. – A voz dele sussurrando rouca e sensual no meu ouvido foi um caminho sem volta.

Meu corpo tremeu e meu prazer explodiu forte, me arrancando gritos e gemidos roucos e levando Victor comigo. Ambos desabamos na cama, completamente exaustos.

- O que foi isso? – Victor perguntou com um sorriso satisfeito alguns minutos depois, quando recuperou o fôlego. Seu corpo ainda por cima do meu.

- Saudade eu acho! – Respondi sem jeito.

- Eu gosto dessa saudade! – Victor respondeu rolando por lado e me puxando pra perto dele. 

Amanhecer em CançãoOnde histórias criam vida. Descubra agora