Chapter sixty four- Gerard Way

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"Esse é Korse."

Ela disse, nos mostrando a foto de um homem careca em roupas antiquadas.

"Ele é um andróide assassino. Um dos principais pets da BLind, e o orgulho deles por ser tão perfeito e inteligente."

Kobra franze a testa.

"Ele é um andróide ou um ciborgue?"

Ghoul dá de ombros e pergunta:

"Existe diferença?"

"Claro. Andróides são completamente feitos de peças artificiais, inteiramente criados. Ciborgues são implantações robóticas em humanos, seja para o bem da sobrevivência ou para a ganância."

Meu irmão explica, e eu pego a fotografia do tal Korse.

"Ele parece... sei lá. Gay."

Murmuro, mais como um pensamento que me escapou do que qualquer coisa.

"Na mosca. Ele foi reprogramado recentemente, e o motivo disso foi: ele se apaixonou por um cara."

Levanto uma sobrancelha. Missile suspira.

"Andróides são robôs, Poison. Eles não... sentem coisas. Não têm sentimentos. Eles foram criados para seguir ordens. E, no momento em que A Senhora descobriu o que estava acontecendo... ela matou o namorado dele e o reprogramou."

Ela guarda a foto de volta no bolso interno da jaqueta.

"Mas a minha teoria é: ele ainda se lembra. Digo... pelo o que eu pude saber, a mulher matou o rapaz bem na frente dele... eu acho que nenhuma reprogramação poderia apagar isso do sistema de Korse."

Cinsidero por um momento.

"Está falando de Eva Lee, certo?"

"A própria. Por algum motivo, ela gosta de se chamar de 'Senhora'. Talvez para demonstrar sua superioridade sobre os outros, ou talvez para se manter no anonimato caso seu projeto dê errado."

"Mas nós descobrimos seu no..."

"Eva Lee é um pseudônimo. Ninguém é idiota o suficiente para usar seu nome real para comprar um terreno desses, principalmente alguém com os planos dela em mente."

Balanço a cabeça. Ela tinha razão.

"Okay, então o que nós fazemos?"

Ghoul pergunta. Missile dá de ombros.

"Por enquanto, vamos apenas voltar aos Estados Unidos. Depois, eu vou me encontrar com seu presidente, lhe documentar tudo o que sei, e então, juntos, vamos destruir a BLind."

Ela fala, exatamente como uma adulta. As sobrancelhas de nós quatro estavam levantadas.

"Isso parece bom. Mas eu acho que agora nós devemos dormir."

Kobra fala, e todos nós concordamos. Alguns minutos depois, todos estávamos aconchegados em nossos sacos de dormir, cada um virado para um lado.

Mas não eu. Eu ainda olhava o fogo, minha expressão neutra. Não pude trazer meus remédios, disseram que isso iria deixar meu sono pesado demais, e se alguém viesse e tentasse nos matar enquanto dormíamos, eu estaria totalmente à mercê do assassino.

Eu não era o único, no entanto. Um olhar rápido me indicou que a garota de cabelos encaracolados do outro lado da fogueira também estava tão desperta quanto eu, observando as chamas da mesma maneira, perdida em pensamentos.

"Missile?"

Eu sussurro. Ela levanta o olhar e fixa os olhos azuis em mim.

"Não consegue dormir?"

Never Coming Home | FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora