Lia
Abro a porta do carro atrás de mim e caio no banco de trás com Tyler sobre mim, ainda beijando minha boca, ainda esfregando o corpo no meu, e abro as pernas ao redor dele esfregando nossos sexos no desejo mais instintivo que existe. Eu adoro a boca de Tyler e mordo levemente seus lábios quando ele afasta o rosto do meu para ajoelhar-se e tirar o casaco e as blusas. Eu me sento e enfio o rosto em seu abdômen, mordendo seu corpo e correndo minha língua nos perfeitos músculos de sua barriga.
Ele tira minhas blusas e me desfaço das botas de neve e das calças antes de deitar novamente no banco para que ele beije meu corpo. Tyler se afunda com a língua em mim, elevando meus quadris com as mãos na minha bunda, me agarrando como se eu pudesse fugir a qualquer momento. Me contorço sentindo-o umedecer meu corpo com sua saliva enquanto eu mesma o umedeço com minha excitação tão crua e pungente.
Chamo seu nome num murmúrio. Puta que pariu que falta eu senti de vê-lo fazer exatamente o que ele faz agora, que é percorrer a extensão de sua ereção com a mão pelo menos duas vezes antes de se guiar pra dentro de mim. Gemo alto e ele estoca gostoso, me mostrando a pulsação latejante de seu pau ao expirar o ar em alívio. É a mesma sensação de alimentar um vício. Eu não ligo pro cheiro de bebida em seu hálito e agarro sua cabeça pra grudar sua boca na minha denovo.
Tyler me come com uma saudade aguda, apreciando meu corpo em cada toque, percorrendo meu colo, rosto e pescoço com a boca, arfando comigo enquanto o aperto com as pernas. Ele me segura firme e se senta comigo no colo, soltando meu cabelo para que caia em sua face conforme o beijo.
O aperto em mim com braços e pernas, subindo e descendo, apertando os olhos em um prazer que me consome a razão. Nosso ritmo não é lento ou carinhoso, é uma surra violenta em nossos juízos, numa briga para ver quem está mais errado, quem está mais desesperado pelo outro, quem cede ao orgulho primeiro admitindo que nos precisamos mais do que qualquer um de nós queria.
É, a verdade nem sempre é bonita, MESMO. E não adianta racionalizar o que não pode ser explicado com a lógica. Eu sei que não podia, nem deveria e estou fazendo a maior merda da minha vida quando gozo em Tyler e reivindico seu corpo no meu como um direito.
Contra tudo que eu deveria estar fazendo agora eu ainda me sinto dormente em êxtase quando sussurro.
– Eu amo você. – parece que a proximidade não basta, como se eu quisesse morar dentro de Tyler. Esse é o tanto que o quero. Irremediavelmente.
Tyler abraça minhas costas e mordisca meu ombro num orgasmo que o tira ainda mais de órbita do que o álcool.
– Eu amo você, Lia. – ele responde assertivamente.
Entro no quarto de hotel com todas as lembranças de nós dois ali. Não podia ser mais certo, já que estamos os dois perdidos novamente. Pela segunda vez na noite eu arranco as roupas e deixo Tyler se aprorpiar de mim. É com suas mãos me segurando firme pelo quadril enquanto ele me fode com força que eu esqueço o resto do mundo e finjo que não estou enfrentando as piores coisas da minha vida. É na boca dele que eu sussurro qualquer devassidão sabendo que ele me quer, mesmo eu sendo a pessoa mais inapropriada que ele conhece.
Acordo antes do dia amanhecer e Tyler dorme pesadamente, sem nenhum indício que vai despertar. Visto minhas roupas silenciosamente e dou um beijo em sua testa antes de sair do quarto para encarar o frio. Não tenho ideia do que será das ideias de "nós" que tivemos quando nos deixamos levar pelo sexo insano, mas sei que não posso conversar com Tyler sobre nada remotamente pessoal.
Eu termino de subir escondida as escadas de incêndio do meu prédio logo pela manhã. Erin está se trocando para ir trabalhar e me olha com um sorriso pela primeira vez desde a audiência do dia anterior.
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Safeword
RomanceQuando o detetive Tyler McKenzie é chamado para investigar um homicídio parecia que nada poderia ficar pior em sua vida. Como ele mesmo vai descobrir, as aparências enganam, e as coisa sempre podem piorar. Ele entra no submundo do sexo em Chicago, a...