Capítulo 54

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Lia

Levanto do emaranhado de pernas ainda extasiada pela noite regada a rum e música alta. Greg se vira e admiro seu corpo nu sentada ao seu lado. Adormecido, ele corre a mão pela bunda perfeitamente deliciosa de Rafaella e ela nem se move. Tyler ressona tranquilamente, suponho que pelo efeito do Kraken e meu sorriso é espontâneo. Erin abre os olhos com os cabelos loiros espalhados pelo rosto e me observa em silêncio. Ela escapa do braço do pirata que envolve sua cintura e coloca a primeira peça de roupa que acha no chão, indo comigo até a janela do quarto de Gregory Brass, o gigante com a maior cama de Chicago.

Acendo um cigarro assim que ela para do meu lado, acariciando meu cabelo. A beijo e abraço, sabendo que vou sentir falta dela cruelmente quando for para São Francisco.

– Não se acostume, meu amor. Eu vou assim que conseguir um emprego na Califórnia. – ela lê meus pensamentos, ciente de que viver perto de Giorgio é o que eu mais quero no momento.

– Eu espero por você. A vida toda se for preciso. – digo sorrindo ao apreciar a brisa fresca que bate no meu corpo.

– Não vai demorar tanto assim.

– E Vic? – a encaro e ela sorri.

– Ele está bem disposto a fazer um Safeword na Costa Oeste. Quem sabe encontramos mais gente depravada daquele lado do país. – o humor da loira continua inabalável.

– Acho provável que tenhamos excedido todos os níveis da depravação depois de hoje. – olho para a cama me lembrando do misto de cinco gemidos que ecoou pelo quarto um pouco mais cedo.

Meus músculos se contraem com o gosto de Greg na minha boca ao mesmo tempo que eu rebolava ritmadamente na boca de Rafaella. Na outra extremidade da morena latina, Erin de quatro a deliciava com sua língua e dedos, a fodendo excepcionalmente bem enquanto Tyler apertava firmemente sua cintura para devorar seu corpo gostoso. A fila mais excitante na qual já estive, ouvindo a voz de Greg repetir "Que boca maravilhosa, putinha.", pensando "Que boca maravilhosa, Lella.".

Pra algumas pessoas pode ser recriminável que façamos de nossos corpos instrumentos de prazer em grupo. Eu ligo pouco para o que achem de mim e faço questão de transformar a palavra "depravação" em adjetivo em vez de ofensa. Meu bando depravado é o melhor do mundo.

– Um recorde a ser batido nunca me assustou, meu amor. – Erin ri e me beija na bochecha e suspira cansada.

– Volte a descansar. – minha sensação é terrivelmente deliciosa e satisfeita.

Alguns recordes não poderiam ser melhores de serem quebrados, e ela é a parceira ideal pra isso. Pela primeira vez em muito tempo eu não duvido da minha sorte.

Pela manhã ficamos apenas eu e Greg na casa e sou acordada com um café da manhã horroroso que ele mesmo preparou quando acha que já dormi demais. Sento na cama rindo das torradas queimadas.

– Pelo jeito você não aprendeu muito desde quando começou a cozinhar. – pelo menos o suco de laranja está quase bom.

Greg ri espalhando o corpo na cama.

– Mal agradecida. – ele pega minha mão e morde levemente meus dedos.

– Venha com a gente pra São Francisco. – peço denovo. Meu coração se aperta antecipadamente. Eu já pedi a Greg tantas vezes que espero vencê-lo pelo cansaço.

– Você sabe que eu não posso, magrela. – Greg nega novamente enquanto mastigo as partes menos pretas do pão.

– Eu sou louca por você, gigante. – acaricio o cabelo dele e ele beija meu braço até se levantar me colocando nos ombros.

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⏰ Última atualização: Mar 22, 2019 ⏰

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