Capítulo XXIII

4.1K 500 105
                                    

***Thales

Era fim de tarde, a semana havia passado rápido. A sexta-feira estava tranquila.
Eu estava sentado na varanda da frente de casa observando o jardim, minha mãe chegou, estacionou o carro e saiu do mesmo trancando a porta em seguida e colocando as chaves dentro da bolsa.
Ela subiu os degraus e se aproximou do sofá onde eu me encontrava:

- Boa tarde, meu filho... Como foi o dia?

- Oi, mamãe! Chegou cedo, aconteceu alguma coisa? - Falei levantando para abraçá-la.

- Não é nada demais, mas a mamãe precisa conversar com você, meu anjo.

- Algum problema? - Perguntei preocupado enquanto voltava a me sentar e ela se acomodava ao meu lado.

- Bem... - Começou ela expressando preocupação em seu rosto. - Eu recebi uma ligação do doutor Albert hoje...

Eu agora começava a ficar ainda mais preocupado. Doutor Albert era o chefe de minha mãe. Dono de uma grande rede de clínicas ao redor do mundo. Se ele ligou para ela e ela estava preocupada, algo havia acontecido. Ele só a ligava em casos de extrema necessidade, pois confiava muito em sua capacidade profissional. Minha mãe era sua funcionária de confiança.

- Você tá me assustando, mãe... Fala o que foi que aconteceu. - Pedi.

- Ele quer que eu volte à cidade para resolver uns assuntos. Ele me disse que vai fazer uma viagem para fora do país e precisa que eu fique lá na sede para tomar conta das coisas, disse que eu sou a única em que ele confia o suficiente para isso.

- Que legal mãe. E quando precisa ir?

- Ele pediu que eu vá o mais rápido possível, se possível amanhã.

- Nossa! - Surpreendi-me. - Mas mãe, e eu? Eu vou também?

- Esse é o ponto, Thales. Você vai ter que ficar. Não pode perder às aulas. Mas estou muito preocupada em te deixar sozinho. Não sei o que fazer.

- Mãe... Eu já sou bem grandinho, acho que vou conseguir me virar sozinho por um tempo. - Tranquilizei-a.

- Não sei, meu filho... Mas por via das dúvidas eu prefiro que não fique totalmente sozinho.

- O que pretende? - Perguntei curioso.

- Eu vou conseguir viajar um pouco mais tranquila se souber que você não está sozinho. Quero que chame a Beatriz ou algum de seus amigos pra passar esse período aqui em casa com você.

- Bem... - Cocei o queixo. - Isso não vai ser problema. Eles não saem daqui mesmo. Acho que nenhum deles se importaria de ficar aqui por esse tempo.

- Então ligue para quem você achar que pode ficar com você e me diga pra eu poder preparar o quarto de hóspedes. - Disse ela se levantando. - Vou começar a arrumar as malas e ver se consigo alguma passagem para amanhã. Vá no meu quarto assim que conseguir falar com algum de seus amigos.

- Tudo bem, mãe... Mas quanto tempo a vai ficar fora? Preciso saber, provavelmente eles irão perguntar, afinal, eles têm suas próprias vidas.

- No mínimo uma semana. - Respondeu ela abrindo a porta.

- Okay... Vou ver o que consigo fazer.

Minha mãe em seguida entrou.
Peguei o celular no bolso da calça e abri o aplicativo de mensagens, em seguida entrei no grupo que tinha o nome de Os Improváveis:

O Belo e O Fera [Livro 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora