Capítulo XLVIII

2.6K 271 184
                                    

***Thales

Os dias foram se passando um pouco mais depressa do que eu desejava... Gabriel e os outros membros do Clã Dos Vampiros já haviam se mudado para a nova sede, eu já estava muito inquieto com aquela situação toda. Me sentia um prisioneiro dentro de minha própria casa.

Nos dias corridos, não tínhamos muito o que fazer. Apenas conversávamos, assistíamos TV, uma vez ou outra bebíamos para nos distrair de tudo e não enlouquecer...

***

Era manhã de sábado, eu acabava de despertar de uma noite de sono bastante tranquila.
Miguel, como sempre, estava deitado ao meu lado e me abraçava com ternura. Através das frestas das cortinas eu podia notar que o dia lá fora não estava tão claro.

- Dormiu bem, baixinho? - Perguntou Miguel sussurrando.

- Eu sempre durmo muito bem quando você está do meu lado. - Respondi bem baixinho.

- Que bom. - Ele agora alongava os braços acima da cabeça se espreguiçando de uma forma muito sexy.

- Ah, Miguel...

- O quê? - Ele congelou seus movimentos e me olhou de lado.

- Nada. - Respondi sentindo meu rosto corar.

- Fala! - Insistiu.

- Não é nada demais, só ia falar uma bobagem. - Sorri. Com certeza eu estava com cara de bobo apaixonado.

- Ei, baixinho... - Começou ele se virando para o lado e me olhando profundamente nos olhos. Em seguida segurou o meu queixo e deu um selinho rápido. - Bobagem ou não, tudo que venha de você importa muito pra mim... Gosto de saber qualquer detalhe que passe nessa sua cabecinha linda.

Eu me senti o garoto mais apaixonado da face da terra. Meu rosto estava quente. Com certeza eu estava vermelho diante àquelas palavras de Miguel. Eu respirei fundo e disse:

- Eu só ia dizer que... Qualquer mínimo gesto seu me deixa encantado. Qualquer movimento que você faz, pra mim é uma provocação, me tira dos eixos... Eu nunca pensei que alguém algum dia pudesse ter tamanho efeito sobre mim.

- Nossa!... - Ele me pareceu ficar sem palavras. - Você é inacreditável, sabia? Às vezes eu não sei nem o que dizer. Sou péssimo em dizer coisas assim, você sabe.

- Mas você não precisa dizer com palavras o que seu corpo e suas ações já dizem por si só. - Expliquei. - Eu sei que você gosta muito de mim. E não precisa você dizer com palavras... Eu vejo.

Miguel apenas sorriu de lado e me deu mais um selinho gelado. Como eu amava aqueles lábios desprovidos de calor.

- Vamos nos levantar... Acho que já ficamos tempo demais na cama. - Disse ele rindo enquanto saía de debaixo do edredom.

- Não tem nada pra gente fazer mesmo, estamos prisioneiros! Por que não ficamos mais um pouco na cama? Tá tão gostoso aqui com você! - Sugeri.

- A gente precisa dar atenção aos nossos amigos também, você não acha? - Perguntou ele caminhando até à porta do banheiro.

- É... Você tem razão. Bia deve estar preparando o café da manhã. É melhor eu ajudá-la. - Concordei me sentando na cama e apoiando as costas na cabeceira.

- Isso aí! - Ele sorriu. - Quer tomar banho primeiro?

- Não... Você pode ir. Eu vou fazer a cama e abrir as cortinas antes.

O Belo e O Fera [Livro 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora