***Thales
O homem que havia chamado a atenção de todos a alguns instantes atrás, agora descia elegantemente as escadas.
Ele era negro, estava super bem vestido com um terno preto, usava brincos descolados e um anel em um dos dedos da mão esquerda. A postura dele chamava a atenção de todos os meus amigos.
Quando ele enfim chegou onde estávamos, ele cumprimentou professora Lourdes com um delicado beijo na mão e em seguida se acomodou em uma poltrona ao lado cruzando as pernas.
- Meninos... - Professora Lourdes começou a falar. - Esse é o diretor geral do Conselho Dos Clãs: Doutor Albert.
Eu estava totalmente paralisado. Não conseguia pensar direito, várias hipóteses me passavam pela cabeça, porém, nenhuma fazia qualquer sentido. Agora eu estava ainda mais confuso e perturbado.
- Thales! Thales! - Beatriz tentava me trazer de volta a realidade. - O que foi?!
Mas eu não conseguia sequer abrir a boca para tentar pronunciar qualquer palavra. Doutor Albert continuava me olhando esperando qualquer reação minha que não fosse a descrença.
- Fala alguma coisa, Thales! - Agora era Rafael quem me chamava em um tom mais alto.
- Vocês... Vocês não entendem. - Gaguejei.
- Não entendemos o quê? - Rafael insistia em me arrancar mais palavras.
- Esse homem... - Engoli em seco. - É o chefe da minha mãe!!!
Todos os meus amigos me encaravam como se eu tivesse acabado de dizer o maior dos absurdos.
- Mas como!? - Beatriz perguntou incrédula.
- É isso que eu também quero saber. - Respondi olhando para Doutor Albert que sorria simpáticamente.
- Então... O senhor vai explicar o que é tudo isso?! - Susy quis saber.
- Calma, minha jovem... Deixe o menino Thales se recuperar primeiro. - Brincou o Doutor.
- Eu só quero respostas. - Fui direto ao ponto. - Que palhaçada é essa?!
- Não há palhaçada alguma pequeno Thales. - Ele começou a explicar. - Eu sou o diretor geral do Conselho Dos Clãs, ou seja, sou um dos magos mais poderosos do mundo... E sou responsável por manter a ordem no mundo mágico. Tenho o dever de impedir que qualquer ameaça a nossa existência se cumpra.
- Como eu nunca percebi nada? Que burro que eu sou!
- Você não é burro. - Continuou ele. - Você apenas estava de fora, e uma vez de fora, você jamais conseguiria perceber qualquer indício do mundo mágico, mesmo que estivesse a sua frente. Humanos comuns não conseguem perceber nada até que tenha contato mais íntimo com alguma criatura mágica.
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O Belo e O Fera [Livro 1]
Teen FictionA vida é assim, uma caixinha de surpresas. Mas nessas reviravoltas, altos e baixos de um mundo cruel, misterioso e frio será que existe esperança? Será que o bem realmente sempre prevalece no final das contas? Embarque na história de Thales e venh...